quinta-feira, 17 de maio de 2007

Cidades querem agir contra o aquecimento global

CarbonoBrasil
Por Sabrina Domingos


Prefeitos das maiores cidades do mundo reúnem-se esta semana para discutir maneiras de agir localmente contra as contra as mudanças climáticas. O objetivo dos representantes de 32 cidades do mundo é liderar as ações e mostrar para os governos nacionais a força das cidades no combate aquecimento global. O encontro iniciou na segunda-feira e segue até quinta em Nova York.

“Como as cidades produzem ¾ das emissões de carbono, nós precisamos agir”, diz Ken Livingstone, prefeito de Londres e líder do C40 – grupo criado em 2006 com 40 grandes metrópoles do mundo engajadas nas ações climáticas. Livingstone, que considera o aquecimento global a maior ameaça para o futuro da humanidade, diz que a idéia da reunião é criar uma uma massa crítica que ponha o mundo no caminho de evitar uma catástrofe climática. “Nós viemos para tomar ações decisivas para reduzir nossas próprias emissões de carbono”.

Os prefeitos pretendem mostrar aos governos nacionais que são os verdadeiros agentes nessa batalha contra as mudanças climáticas. "Não vamos mais ficar sentados esperando que eles tomem a liderança. As cidades consomem 75% da energia e produzem 80% dos gases-estufa, portanto podem fazer a diferença de fato nessa luta", afirma Michael Bloomberg, prefeito de Nova York.

Para provar seu empenho, Bloomberg apresentou no último mês um pacote de medidas para tornar a cidade mais “verde”. Pela proposta, haverá um parque a dez minutos de cada residência e um milhão de novas árvores serão plantadas para fazer sombra nas ruas e filtrar o dióxido de carbono (CO2). Os motoristas também terão de pagar uma taxa extra para trafegar pelas áreas congestionadas de Manhattam. A idéia é incentivar a população a usar mais o transporte coletivo – mais ônibus e metrôs estarão circulando pela cidade.

O objetivo do prefeito de Nova York é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) em 30% até 2030. Ele deseja que a cidade tenha o ar mais limpo, a água mais pura e as melhores práticas de uso da terra. O programa, considerado ambicioso, conta com 127 iniciativas isoladas e vai além das ramificações locais, pois Nova York é responsável por 1% do total de emissões de GEE dos Estados Unidos.

Os prefeitos acreditam que possuem duas tarefas principais daqui para frente. Uma delas é reunir estratégias das cidades, que possuem diferentes estágios de desenvolvimento. A outra é mudar hábitos da população. Bloomberg acredita que esta não será uma tarefa tão difícil quanto parece, pois “todos querem um futuro melhor. É papel das prefeituras explicar e informar, propor medidas eficientes e executá-las”, conclui.

2 comentários:

Vini Manfio disse...

talvez seja tarde para lutar contra o aquecimento global....


http://blogdomaluco.blogspot.com/

Tobias Amorim disse...

Se é tarde para lutar contra o aquecimento global, pelo menos podemos lutar por um mundo menos poluido e com uma maior concervacao da natureza e dos nossos recursos, principalmente agua, terra e ar.

Quanto a idéia de aplicar as mudancas diretamente nas cidades, é uma boa idéia do prefeito de NY, pois é uma das cidades que tem bastante a perder com as mudancas climaticas...
Hj mesmo estive pensando, como forma de valorizar o uso do transporte público, na introducao de um imposto que seria responsável por pagar o transporte publico e o mesmo entao seria oferecido sem custo adicional. Ou seja, nao seria mais necessário cobrador e bilhetes. Assim, quando voce estivesse caminhando pela cidade e visse um onibus passando, poderia simplesmente "pegar uma caroninha" mesmo que seja por um ponto sem se preocupar em "desembolsar" mais. A segunda vantagem seria, para os que nao costumam usar transporte publico, pelo fato de já terem pago pelo servico, mesmo que nao usem, seria uma justificativa para usa-lo, para assim "reduzir o prejuizo".