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O Ministério de Minas e Energia vai propor nas próximas semanas a construção de quatro a oito usinas nucleares no Brasil, além de Angra 3. A sugestão é aumentar a participação da energia atômica no abastecimento dos atuais 2,3% para 9,3% em 2030, ano limite das políticas de longo prazo do setor. A proposta consta do Plano Decenal de Atendimento de Energia, que será apresentado na reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no final do mês.
O secretário de Desenvolvimento e Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Maurício Zimmermann, defendeu que a energia nuclear e disse que há matéria-prima abundante no País. Com potencial de jazidas de urânio que equivalem a 55,633 bilhões de barris de petróleo, o Brasil possui a terceira maior reserva do mundo. O secretário pondera, porém, que o plano terá de passar pelo crivo dos demais ministérios e da sociedade.
"Quando se fala em energia nuclear, fala-se em uma opção com que o País tem que trabalhar para frente. No nosso planejamento energético de longo prazo, mesmo você tendo um cenário de colocação de 4 mil megawatts de hidrelétrica por ano até 2030, ainda assim eu vou ter a necessidade de construção de seis a oito plantas nucleares. Mas teremos de discutir o assunto amplamente com a sociedade", disse o secretário, que participou ontem de evento no BNDES.
Pelo plano revisado, cada usina nuclear orçada em cerca de US$ 2 bilhões terá capacidade de gerar um mil megawatts (MW). O custo de geração é menor que o de geração hidráulica e mais ainda do que a térmica, que depende de gás. O custo médio de uma usina nuclear é de cerca de R$ 150 o megawatt-hora, enquanto ao de uma usina térmica a gás chega a R$ 170 o megawatt-hora. A solar tem custo altíssimo de R$ 1,7 mil cada megawatt-hora. "Esta não é uma decisão apenas do setor elétrico. Ela é mais complexa. Na verdade, isto implica em uma decisão de País. E é claro que quando esta decisão vier a ocorrer é porque a opção pela ampliação da oferta nuclear já terá sido tomada".
Zimmermann disse que se a licença para o projeto do Rio Madeira, em Rondônia, não sair em um mês, o governo deverá apresentar soluções de curto prazo para substituir a geração da usina. Há duas semanas, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, sugeriu que o atraso na obtenção de licenciamento ambiental estaria levando o ministério a pensar em térmicas e energia nuclear. Na reunião do CNPE, Rondeau defenderá Angra 3.
Fonte: Gazeta Mercantil
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Um comentário:
"PQP" me perdoe pela exaltacao da minha emocao, mas manda esse alemao volta pra casinha e vir tentar implantar essa usina nuclear aqui e nao vir com essa conversa pra cima de nós.
Lá vem novamente um alemao com uma super idéia de vender a usina mais cara do mundo pro Brasil e empurrar mais uma das sucatas deles pra nós...
Saí pra lá Jacaré!!!
Desculpa novamente, perdi a paciencia depois desta. O triste e inaceitavel será se a idéia for realmente pra frente. Daí concordo com meu colega, que nessa hora a industria Fotovoltaica perde em coragem para dizer: Nos damos conta do recado :(
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