Valor Econômico
O setor de soja - principal produto de exportação do Brasil para a União Européia, que movimentou em torno de US$ 5 bilhões em 2006 - vai precisar trabalhar mais estreitamente com Bruxelas para evitar barreiras no futuro.
A comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, manifestou preocupação com crescente número de transgênicos aprovados pelos países que vendem ao bloco.
"Esse problema está no meu radar", avisou a comissária em discurso a produtores de grãos. "Esperamos não ter de bloquear a soja importada de nossos principais fornecedores - EUA, Argentina e Brasil -, mas não podemos contar apenas com esperança".
Ela disse que, enquanto a proibição pode ser difícil no caso dos EUA, a Argentina e o Brasil deveriam trabalhar com a Europa na questão dos transgênicos, "porque compramos grande parte de suas exportações de soja - 40% da Argentina e mais de 50% do Brasil".
Bruxelas já enviou missões ao Brasil e à Argentina para examinar a situação dos transgênicos e planeja fazer uma inspeção nos EUA. A UE manteve posição restritiva sobre transgênicos até 2006 e ainda não há consenso entre os países sobre o uso. O milho é autorizado, e a Espanha já cultiva o grão.
Uma das alternativas nas discussões com Brasil e Argentina é autorizar a importação de grãos com determinadas características. Diplomatas brasileiros observam que os transgênicos são patenteados, respeitam as normas internacionais, o país tem legislação abrangente e está disposto a dialogar sobre o tema com a UE.
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