Reunião em Bangcoc terá propostas para tentar frear o aquecimento global.
Representantes querem identificar medidas que podem ser adotadas.
Fonte: EFE / Portal G1
Especialistas em climatologia e meio ambiente e representantes de governo de 150 países começaram nesta segunda-feira (30) a debater, em Bangcoc (Tailândia), propostas destinadas a reduzir as emissões de dióxido de carbono para tentar frear o aquecimento global.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), criado em 1988 pelas Nações Unidas, promoverá reuniões até a sexta-feira (4), quando deverá divulgar meios que podem ser usados para reduzir os efeitos prejudiciais causados pelo aumento das temperaturas.
O objetivo do documento é identificar a tecnologia e as medidas que estão ao alcance da comunidade internacional para conseguir a diminuição das emissões de gases em 26 bilhões de toneladas até 2030, o que, acredita-se, freará o aumento da temperatura.
Essa estratégia levará a economia mundial a fazer, nas próximas duas décadas, um investimento de bilhões de dólares, que, segundo os analistas, será compensado pela economia em matéria de saúde pública devido à redução do nível de poluição atmosférica.
"O aquecimento global se transformou em um sério tema de discussão que requer uma postura comum", disse o subsecretário do Ministério do Meio Ambiente tailandês, Chartree Chueyprasit, no discurso de abertura da reunião.
Os analistas, que prevêem um encontro com polêmicas e conflitos, apresentarão as propostas sobre o uso de energias alternativas, algumas já utilizadas, como a nuclear, e outras nem tanto, como a do armazenamento subterrâneo do dióxido de carbono.
Alterações
A minuta do relatório, que será modificado para incluir as recomendações apresentadas durante os debates, sustenta que devem ser introduzidas medidas nos setores energético, de transporte, de obras públicas, de agricultura e na exploração de recursos florestais, indústria e gestão do lixo.
"Que ação e quando adotá-la é o que deverá ser decidido pelos governos", afirmou o presidente do IPCC, Rajendrat Pachauri.
O relatório, que será o terceiro que o IPCC adota por consenso neste ano, servirá, junto com os dois anteriores, como base para futuras negociações multilaterais realizadas com o objetivo de adotar um novo tratado de regulamento da emissão de gases, que substituirá o protocolo de Kyoto.
Conflito
A publicação do segundo relatório do IPCC foi adiada depois que alguns especialistas se retiraram da reunião em Bruxelas por considerar que o texto final apresentava alguma interferência política.
Na reunião de Bruxelas, o grupo alertou que ao longo deste século a temperatura subirá entre 1,1 e 6,4 graus celsius, uma previsão alarmante, enquanto os cientistas acreditam que um aumento acima dos 2 graus celsius levará ao desaparecimento de aproximadamente 30% das espécies.
O IPCC afirma em um dos parágrafos da minuta do terceiro relatório que "é tecnicamente e economicamente viável estabilizar as concentrações na atmosfera de gases do efeito estufa, levando em conta que existem incentivos para continuar desenvolvendo e aplicando diversas tecnologias para encontrar uma solução".
As conclusões obtidas pelos especialistas em Bangcoc serão novamente discutidas na reunião do IPCC realizada de 12 a 16 de novembro, em Valência, Espanha.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário