segunda-feira, 21 de maio de 2007

Decomposição rápida

Agência FAPESP
Por Yuri Vasconcelos


Um plástico biodegradável que se decompõe no solo em apenas 45 dias foi criado por pesquisadores brasileiros e franceses a partir de embalagens pós-consumo de PET, um polímero fabricado a partir da resina poli(tereftalato de etileno).

O segredo para o desenvolvimento do novo polímero foi utilizar em sua síntese um outro tipo de plástico, no caso um poliéster alifático (um tipo de polímero com cadeias abertas de moléculas), para acelerar o processo de degradação.

Por causa de sua estrutura molecular, composta por anéis aromáticos – formados por seis átomos de carbono e seis átomos de hidrôgenio em uma disposição especial de ligações simples e duplas que se alternam –, o PET é considerado um polímero não biodegradável, o que significa que, em condições ambientais de pH, pressão e temperatura, ele não se decompõe na natureza. Já os poliésteres alifáticos são facilmente consumidos pelos microorganismos presentes no solo.

“Ao misturar os dois, conseguimos formular um produto altamente biodegradável”, conta a química e co-autora do trabalho Ana Paula Testa Pezzin, do Laboratório de Biotecnologia da Universidade da Região de Joinville (Univille), de Santa Catarina – as outras instituições envolvidas no estudo são a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a Universidade Pierre e Marie Curie, de Paris.

Diversos produtos poderão ser fabricados a partir do novo plástico biodegradável, dependendo de suas propriedades (resistência mecânica, térmica, porosidade etc.), que variam conforme o teor de PET e de poliéster alifático utilizado em sua preparação.

Clique aqui para ler o texto completo na edição 135 de Pesquisa FAPESP.

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