Folha Online
Os servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ignoraram a liminar obtida pelo governo e decidiram manter a greve iniciada na segunda-feira contra a divisão das atividades do órgão com o recém-criado Instituto Chico Mendes. Para pressionar a categoria a cumprir a liminar --que determina o retorno ao trabalho de 50% do pessoal--, o Ibama enviou uma correspondência para a Asibama (Associação Nacional dos Servidores do Ibama) comunicando o descumprimento do percentual mínimo de funcionários em atividade.
Em nota, o Ibama e Instituto Chico Mendes informam que o envio da carta é a primeira etapa das providências que serão adotadas para fazer cumprir a liminar. "Constatou-se o não cumprimento da decisão judicial que determina o retorno ao trabalho de 50% dos servidores em greve. Como etapa inicial das providências legais a serem adotadas, a direção da Asibama será oficiada administrativamente", diz a nota.
O presidente da Asibama, Jonas Corrêa, disse que a carta não intimidou a categoria, que manterá a paralisação. "O governo tem que nos informar quantos funcionários existem em cada setor para podermos saber se o percentual [fixado na liminar] é cumprido."
No entanto, ele informou que o departamento jurídico da Asibama vai recorrer da liminar. "Vamos protocolar ainda hoje um agravo de instrumento contra a decisão."
Segundo Corrêa, a greve atinge 25 Estados e o Distrito Federal. Estão de fora a Paraíba e o Amazonas --esse último, segundo ele, retoma a paralisação na segunda-feira.
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