por Irene Lôbo, Agência Brasil
7/6/2007
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar amanhã (8) da cúpula do G 8, grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia, em Heiligendamm, Alemanha. E vai pedir que prestem atenção ao biocombustível, fonte energética menos poluente que o petróleo e que combinam avanços tecnológicos com geração de empregos. Foi o que o presidente afirmou hoje, em Berlim.
“Queremos convencer o mundo de que os biocombustíveis são a solução para a despoluição do planeta e para a geração de emprego e distribuição de renda”, afirmou Lula durante entrevista.
Ele disse que não abre mão de discutir com os países desenvolvidos a responsabilidade deles de ajudar a despoluir o planeta. E negou que grande parte da Amazônia esteja sendo utilizada para plantação de cana-de-açúcar. “A Amazônia tem 360 milhões de hectares, de matas, e nós temos 381 outros milhões de hectares totalmente preparados para a agricultura. De tudo isso que eu estou falando de terra, apenas 6% é de cana-de-açúcar”, informou.
O presidente também falou da Rodada de Doha, onde se discute livre comércio no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC). Segundo ele, outro recado que será dado aos países desenvolvidos é que sem o fim dos subsídios dados a seus agricultores, os países em desenvolvimento não vão conseguir exportar produtos agrícolas.
“Eu falo da chance que nós temos que dar aos outros países, que não conseguem vender o seu algodão nos Estados Unidos, que não conseguem vender o açúcar na Europa, países que muitas vezes têm, no algodão ou no açúcar, o único produto de exportação. Então para nós está claro: o mundo rico precisa abrir mão dos subsídios e ao mesmo tempo precisa flexibilizar a entrada dos produtos agrícolas dos países mais pobres”.
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