terça-feira, 24 de abril de 2007

Em defesa do etanol

Biodiesel Br

No texto ‘A transnacionalização do ecobesteirol‘ publicado domingo (15.04) na Folha de São Paulo, Rogério Cezar de Cerqueira Leite, físico e professor emérito da Unicamp, rebate alguns pontos defendidos pelos opositores do etanol:

Monocultura da cana
Com exceção do cultivo de hortaliças, não há em todo mundo cultura de importância econômica e social que não seja monocultura. Contrariamente ao que afirmam ecologistas de plantão, a humanidade pereceria sem ela.

Balanço energético
Segundo ecologistas a energia consumida para produzir uma unidade de álcool seria maior que aquela contida nessa mesma quantidade. Isso é quase verdade para o etanol americano fermentado do milho, em que apenas 20% a mais do que aquela energia fóssil despendida são ganhos. No caso da cana brasileira, entretanto, a cada unidade de combustível fóssil despendida com a produção de álcool, 8 e meia unidades de combustível fóssil (gasolina) deixarão de ser queimados.

Degradação do Solo
O plantio da cana degradaria o solo. Ora, as terras mais férteis do globo são aquelas cultivadas há séculos. Os poucos exemplos de degradação de solos por exploração agrícola se devem a abusos devido à ignorância ou à ganância.

Fome
A cultura de cana-de-açúcar expulsaria as culturas de alimentos e, como conseqüência, haveria fome nas classes menos privilegiadas. Ora, historicamente o que causou fome ou miséria quase que nunca foi preço ou escassez de alimentos, mas desemprego e baixos salários. Apenas 3 milhões de hectares são usados para produzir etanol e a área disponível no Brasil hoje é de 300 milhões de hectares (excluindo a área com atividade agrícola, toda área ocupada por floresta ou ambientalmente sensível). Se aumentarmos o plantio de cana, teremos mais emprego e renda e conseqüentemente menos fome.

Um comentário:

Alexandre disse...

Será que é mesmo tão bom assim?...

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