sexta-feira, 20 de abril de 2007

ONU dá prêmio ambiental a Marina e Al Gore e pede mais ação

Reuters
Por Koh Gui Qing, com reportagem adicional de Neil Chatterjee

CIDADE DE CINGAPURA (Reuters) - A Organização das Nações Unidas (ONU) concedeu na quinta-feira à ministra Maria Silva, a Al Gore, ex-vice-presidente dos EUA, e a Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), prêmios ambientais.

A entidade, no mesmo dia, fez um apelo defendendo a adoção de medidas mais amplas para brecar o aquecimento global.

Apenas dois dos sete ganhadores do prêmio compareceram à cerimônia realizada na Cidade de Cingapura para receber os troféus fabricados com metais reciclados.

A ministra do Meio Ambiente foi representada pelo embaixador brasileiro em Cingapura, informou a assessoria do ministério.

Gore, um contumaz defensor do meio ambiente que estreou nas telas com o documentário "Uma Verdade Inconveniente", um filme de 2006 que trata das mudanças climáticas, foi representado pela atriz e também ativista Darryl Hannah.

"Os líderes mundiais, especialmente nos EUA, demoraram excessivamente para perceber esse fato e responder a ele. Mas eu tenho esperança", afirmou Gore, em um discurso lido por Hannah, na cerimônia.

Rogge, elogiado por ter contribuído para impor normas de conservação ambiental aos Jogos Olímpicos, tampouco compareceu ao evento, mas disse à audiência, por meio de uma gravação de vídeo, que Pequim, onde acontecem as Olimpíadas de 2008, viu-se instada a "elevar acentuadamente" os padrões de proteção ao meio ambiente.

"Precisamos fazer muito mais. Devemos isso aos esportes e às gerações futuras", afirmou.

Achim Steiner, chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, criticou alguns governos por, aparentemente, ignorarem as consequências do aquecimento global.

"Algumas vezes, fico intrigado com a dimensão da falta de compreensão. E alguns poderiam até considerar que certos líderes alimentam sua ignorância em relação ao que sabemos hoje", afirmou Steiner a repórteres, antes da cerimônia, sem identificar individualmente nenhum governo.

Os outros vencedores do prêmio foram o ministro do Meio Ambiente da Argélia, um príncipe da Jordânia, Viveka Bohn, da Suécia, por dirigir as negociações sobre os padrões mundiais de segurança para produtos químicos, e Elisea Gillera Gozun, das Filipinas, por ajudar a implantar em seu país multas por excesso de poluição.

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