sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Espelho do Google barateia energia solar

Fonte: Info Online, com informações da Reuters, 11/09/2009

Bill Weihl, chefe de energias limpas do Google: executivo espera desenvolver tecnologia viável que possa ser exibida aos demais departamentos da empresa dentro de dois meses.

SÃO FRANCISCO - O Google está decepcionado com a falta de ideias avançadas no setor de tecnologia ecológica nas quais seja possível investir.

Porém o gigante está trabalhando para desenvolver espelhos que poderiam reduzir o custo de construção de usinas de energia solar em 25% ou mais.

"Estamos estudando materiais muito incomuns para espelhos, tanto para a superfície reflexiva quanto para o substrato sobre o qual o espelho é montado," disse Bill Weihl, líder dos projetos de energia ecológica do Google, no Reuters Global Climate and Alternative Energy Summit, que aconteceu nesta semana em São Francisco.

O Google anunciou no final de 2007 que nos próximos anos investiria em empresas e pesquisas no ramo de produção de energia renovável e a preço acessível.

Os engenheiros da empresa estão concentrados na tecnologia térmica solar, pela qual a energia do sol é utilizada para aquecer uma substância que gera vapor capaz de acionar uma turbina. Os espelhos concentram os raios do sol na substância a aquecer.

Weihl disse que o Google está reduzindo o custo de produção dos heliostatos, os campos de espelhos que precisam acompanhar o movimento do sol, a pelo menos a metade, "mas idealmente a um terço ou um quarto."

"Tipicamente o que vemos é de 2,50 a 4 dólares (por watt) em custos de capital", explicou Weihl, "Com isso, uma instalação de 250 watts custaria entre 600 milhões e um bilhão de dólares. É muito dinheiro."

Isso equivaleria a preços de entre 12 e 18 centavos de dólar por quilowatt/hora.

O Google espera desenvolver tecnologia viável que possa ser exibida aos demais departamentos da empresa dentro de dois meses. Os testes precisarão ser acelerados para demonstrar o impacto de décadas de uso sobre os espelhos em condições desérticas.

"Ainda não chegamos lá", afirmou, "Mas tenho esperança de desenvolver espelhos mais baratos do que os usados pelas companhias que operam nesse mercado."

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