Fonte: Blog Planeta Sustentável, 31/08/2009
A produção de biocombustível a partir de algas marinhas é uma tendência que está ganhando cada vez mais força nos EUA. O processo tem sido considerado, por muitos pesquisadores, uma das alternativas de energia limpa mais promissoras para o futuro. Isso porque o combustível de algas não afeta a agricultura – pois é cultivado em áreas sem utilidade para a lavoura de alimentos – e, ainda, rende 30 vezes mais do que outras matérias-primas utilizadas na produção de biocombustível.
Mas as empresas que investem nessa nova tecnologia andam enfrentando um outro problema ambiental: o desperdício de energia elétrica durante a produção do biocombustível. Segundo a LiveFuels – uma das empresas norte-americanas que trabalham com a tecnologia –, para colher as algas e transformá-las em óleo são necessários equipamentos que consomem muita eletricidade.
A fim de esverdear a produção, a LiveFuels resolveu apostar em uma nova forma de fazer biocombustível com algas, mas a ideia não parece ter sido muito brilhante: a empresa anunciou recentemente que usará peixes para fazer a colheita das algas. Depois de se alimentarem, os animais serão capturados e, após fazerem a digestão e transformarem as algas em óleo, os peixes serão abatidos, para que a empresa extraia o biocombustível.
A ideia diminui os gastos com energia e as emissões de carbono, mas também desequilibra o ecossistema marítimo e, por isso mesmo, escandalizou os ambientalistas, que afirmam que a empresa está “trocando seis por meia dúzia”. Mas o porta-voz da LiveFuels não concorda e, quando questionado, disse apenas que “essas associações de proteção aos animais deveriam opor-se à piscicultura convencional, já que ela é bem mais prejudicial ao meio ambiente”.
Dá para acreditar?
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