Associação das Empresas de Energia Renovável defende criação de atrativos para que a unidade seja instalada em um Estado nordestino, como a Bahia, Pernambuco e Ceará, que têm reservas do produto
Fonte: Jornal do Commercio, 14.09.2007 - conforme reproduzido no Portal da Transparência
A Associação Brasileira das Empresas de Energia Renovável (Abeer) deseja incluir no projeto de lei do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que vai tratar sobre a energia renovável, atrativos que permitam captar uma indústria de refino de silício para o Nordeste. A implantação de uma unidade deste tipo demandaria um investimento que varia entre US$ 7 bilhões e US$ 10 bilhões e atrairia outras empresas para a Região, que podem usar o mineral refinado para fazer placas fotovoltaicas – usadas para fabricar energia elétrica a partir dos raios solares –, celulares, processadores de computador, componentes da indústria eletroeletrônica e peças para equipamentos usados nas usinas de geração eólica.
“Existe uma grande empresa interessada em implantar uma nova unidade de refino e está em aberto o local que vai receber o empreendimento”, afirmou o presidente da Abeer, Fernando Cunha. Só existem cinco empresas que detêm a tecnologia de refino do silício no mundo. O Nordeste tem reservas do mineral no Semi-Árido de vários Estados, incluindo Bahia, Pernambuco e Ceará. Já existem minas sendo exploradas por uma multinacional na Bahia.
A intenção da entidade é que o projeto de lei seja finalizado até o final deste mês. “A nossa expectativa é que a lei estimule toda a cadeia produtiva gerada em torno do silício, chegando até aos usuários que usam a energia gerada por fontes renováveis”, comentou Cunha, acrescentando que depois da aprovação da lei a entidade vai entrar em contato com a empresa que vai abrir uma nova unidade e convidar os seus diretores para visitar o Nordeste.
“Com a aprovação da lei, também vamos entrar em contato com os governadores para ver quais os Estados que têm interesse em atrair este tipo de empresa”, disse Cunha. Segundo ele, cada Estado poderia ficar com uma parte da cadeia, que inclui a exploração da mina, o refino do mineral e a implantação de empresas que vão usar o silício refinado para fazer produtos acabados.
EVENTO
Hoje, o assunto será debatido no 1° Seminário Interdisciplinar de Políticas de Energia Solar, em João Pessoa, na Paraíba. O evento também deve contar com a participação de um representante do Ministério das Minas e Energia e do deputado Paulo Teixeira.
“Cerca de 90% de todo o material que é consumido no Vale do Silício, nos Estados Unidos, sai das minas brasileiras”, informou Cunha. O Vale do Silício é uma região que fabrica produtos de informática. O Brasil tem a maior reserva de silício do mundo.
Segundo informações da Abeer, o Brasil exporta o silício bruto a aproximadamente US$ 60 por tonelada e importa, em média, a US$ 600 mil por tonelada em forma de processadores de computador, celulares e placas fotovoltaicas.
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7 comentários:
Até que enfim algo inteligente... Alguém parou para fazer as contas que o negócio que realizamos é negócio da china... Vender materia prima a preco de banana e comprar bananada a preco de ouro.
O que me entristesse é darem incentivos somente a empresas extrangeiras ao invez de fortalecer ou oferecer incentivos para as empresas nacionais que já atuam no setor ou que gostariam de ser mais ativas.
Pois é, Tobias... Deveria mesmo haver uma preocupação no investimento em tecnologia nacional para o refino do silício. Ou pelo menos para partes do processo.
Acredito que o incentivo ao refino no Brasil, mesmo por empresas estrangeiras, já é um bom primeiro passo. Mas seria bom que levasse a iniciativas para o desenvolvimento de pesquisas na área em nosso país.
Abraço!
a Dow Corning, empresa extrangeira que comprou a Companhia Brasileira de Carbureto de Cálcio – CBCC e agora vende silicio metalurgico purificado para o mercado de energia solar... E o lucro dessa jogada agora vai pro USA ao invez de ficar no Brasil...
http://www.edn.com/index.asp?layout=article&articleid=CA6368321
http://www.cabangu.com.br/cidade/informacoes/index.php?id=22
Obrigado pela indicação das informações, Tobias!
A lucro do mercado do refino do silício, tanto para a indústria solar, quanto para a eletrônica tende a crescer bastante nos próximos anos.
Chega a ser inacreditável que o governo federal invista quase nada em incentivos para desenvolvimento de tecnologia na área.
A IDÉIA DA USINA DE SILÍCIO - GASTANDO 10 BILHÕES É ÓTIMA - COLOCARÁ O BRASIL ENTRE OS PAÍSES MAIS RICOS DO MUNDO EM BREVE -
10 BILHÕES É QUE A CÃMARA E O SENADO GASTAM EM CINCO ANOS - POIS SE FECHAR A CASA DOS HORRORES - TEREMOS A CADA CINCO ANOS UMA UNSINA QUE GERARIA 10 MILHÕES DE MEPREGOS ENTRE DIRETOS E INDIRETOS - JA PENSARAM CRIAR A SILICIOBRAS? É CLARO QUE VÃO ROUBAR - MAS DEUS TEM MAIS PARA DAR QUE O DIABO (js) PARA ROUBAR.
EU GOSTRIA MUITO DE O NOSSO GOVERNO PARAR DE TER ESTES TIPOS DE PROJETOS NO PAPEL,VAMOS FAZER ESTES PROJETOS SEGUIR EM FRENTE PORQUE ESSE PAPEL NÃO PODEMOS VER E NADA PODEMOS FAZER SO ESPERAR? COM O BRAZIL TÃO ABENÇOADO POR DEUS ESTAMOS ENTERGANDOS PARA OUTROS PAIZES VENDEMOS O OURO A PREÇO DE BANANA E COMPRAMOS A BANANA A PREÇO DE OURO ASSIM FALOU MINISTRO JOBIM E VERDADE ESPERO QUE AS PESSOA POSSAM E BENEFICIO QUE ISSO TRAZ,EU QUERIA ESTAR LÁ PRA VER SE NÃO SAIA DO PAPEL.
Bahia ganha primeiro estádio solar da América Latina
http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/nordeste/noticia/2012/04/10/bahia-ganha-primeiro-estadio-solar-da-america-latina-336857.php
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