segunda-feira, 22 de outubro de 2007

EDP quer diversificar investimentos no Brasil

A empresa tem um plano de R$ 2,2 bilhões para novos investimentos até 2010 na geração de energia no Brasil.
Hidrelétricas, termelétricas a carvão e eólicas interessam à EDP no Brasil.

Portugal Digital - Brasil/Portugal - 21/10/2007 - 17:30


Brasília – O presidente da Energias de Portugal (EDP), controladora da Energias do Brasil, António Mexia, afirmou em entrevista divulgada na edição deste domingo, 21, do jornal "O Globo", que o alvo da empresa no Brasil para novos investimentos até 2010 é a geração de energia, com um plano de R$ 2,2 bilhões. "Estudamos construir mais de 20 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que somariam cerca de 540 megawatts. E também queremos investir em usinas térmicas a carvão, porque ficam prontas mais rápido, em cerca de três anos", afirmou Mexia, acrescentando o interesse de investir em energia eólica.

"Já somos o quarto maior player de energia eólica do mundo. Sem dúvidas, o Brasil oferece condições físicas muito boas, mas não posso dizer o mesmo em relação ao marco regulatório", enfatizou.

Em entrevista ao Portugal Digital, o presidente da Energias do Brasil, Martins da Costa, também se referiu ao potencial do Brasil, mas lembrou que os problemas e as dificuldades para novos investimentos no setor elétrico persistem. Martins da Costa divide as funções no Brasil com o comando da norte-americana Horizon Wind Energy, que inaugurou recentemente o parque eólico "Prairie Star", no estado de Minnesota. A aquisição da Horizon Wind Energy custou à EDP US$ 2,7 bilhões.

A opinião dos executivos é a mesma quanto a investir no Brasil. "O Brasil é um país que conta hoje com estabilidade econômica e bom capital humano. O problema está nas mudanças nas regras do jogo. Mas, sem dúvida, vale a pena investir no país", disse António Mexia.

Energias do Brasil aumenta distribuição de janeiro a setembro

O volume total de energia distribuída pela Energias do Brasil cresceu 3,8% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2006 e 3,6% no terceiro trimestre frente a idêntico período de 2006, principalmente como reflexo do crescimento de volume nas classes residencial, comercial e clientes livres.

A Energias do Brasil revelou, em seu relatório de desempenho operacional do terceiro trimestre que o volume distribuído na classe residencial cresceu 4,4% nos nove meses e 3,4% no trimestre, "devido ao aumento no número de clientes nas áreas de concessão".

De janeiro a setembro, por seu lado, o volume na classe comercial aumentou 6,4%, crescendo 4,5% no terceiro trimestre, o que, de acordo com a Energias do Brasil, reflete "as boas condições econômicas nas regiões da Bandeirante e Escelsa e a recuperação gradual do agronegócio na Enersul".

O segmento industrial, ajustado pela migração de clientes finais para o mercado livre, também contribuiu para o crescimento do volume distribuído. Nos nove meses, o volume aumentou 6,4% e no trimestre cresceu 6,5%, com destaque para as indústrias nas regiões
da Bandeirante e Escelsa e a recuperação da economia na área da Enersul.

No total da energia distribuída a Bandeirante teve um aumento de 3,6% nos primeiros nove meses do ano, a Escelsa registrou um crescimento de 4,1% e a Enersul apresentou uma subida de 4,4%.

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