sexta-feira, 26 de outubro de 2007
A esperança dos biocombustíveis vira fumaça
Fonte: IPS, 24/10/2007
por Stephen Leahy
Toronto - Novos estudos revelam que os milhares de milhões de dólares investidos nos Estados Unidos e na Europa para promover os biocombustíveis são uma forma de subsidiar corporações agroindustriais, em lugar de uma resposta efetiva contra o aquecimento global.
Não só a maioria dos métodos para produzir combustíveis destilando certos vegetais pouco ajudam a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, responsáveis pela mudança climática, segundo a maioria dos cientistas, como colher as matérias-primas necessárias requer grande quantidade de água, além de fomentar o uso de pesticidas e provocar desmatamento em países tropicais, dizem esses relatórios.
O auge dos biocombustíveis, impulsionado por milhares de milhões de dólares em subsídios governamentais, provocará aumento entre 30% e 40% até 2020 no preço dos alimentos, segundo o não-governamental Instituto de Pesquisa de Políticas Alimentares, com sede em Washington. O milho, a cana-de-açúcar, a soja e a palma são os principais cultivos dos quais se extrai etanol ou biodiesel. “Resumidamente, usar comida para produzir combustíveis é uma idéia estúpida”, disse à IPS Ronald Steenblik, diretor de pesquisas do Global Subsidies Initiative, do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, com sede em Genebra. “É outra forma de subsidiar as grandes corporações agroindustriais e constitui uma manobra para desviar a atenção do problema real, que é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa”, acrescentou.
Dois novos estudos, dos quais Steenblik é co-autor, destacam que produzir combustível a partir do milho, da soja ou da cana-de-açúcar é incrivelmente caro. Sua análise diz que o apoio governamental atingiu em 2006 US$ 11 bilhões ao ano para os países que integram a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne entre seus membros todos os países industriais. Mais de 90% desses subsídios corresponderam aos Estados Unidos e à União Européia, e, segundo o informe, provavelmente chegarão este ano aos US$ 13 bilhões ou US$ 15 bilhões. “Aumentam na medida em que a indústria se expande”, disse Steenblik.
Leia artigo completo
por Stephen Leahy
Toronto - Novos estudos revelam que os milhares de milhões de dólares investidos nos Estados Unidos e na Europa para promover os biocombustíveis são uma forma de subsidiar corporações agroindustriais, em lugar de uma resposta efetiva contra o aquecimento global.
Não só a maioria dos métodos para produzir combustíveis destilando certos vegetais pouco ajudam a reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, responsáveis pela mudança climática, segundo a maioria dos cientistas, como colher as matérias-primas necessárias requer grande quantidade de água, além de fomentar o uso de pesticidas e provocar desmatamento em países tropicais, dizem esses relatórios.
O auge dos biocombustíveis, impulsionado por milhares de milhões de dólares em subsídios governamentais, provocará aumento entre 30% e 40% até 2020 no preço dos alimentos, segundo o não-governamental Instituto de Pesquisa de Políticas Alimentares, com sede em Washington. O milho, a cana-de-açúcar, a soja e a palma são os principais cultivos dos quais se extrai etanol ou biodiesel. “Resumidamente, usar comida para produzir combustíveis é uma idéia estúpida”, disse à IPS Ronald Steenblik, diretor de pesquisas do Global Subsidies Initiative, do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, com sede em Genebra. “É outra forma de subsidiar as grandes corporações agroindustriais e constitui uma manobra para desviar a atenção do problema real, que é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa”, acrescentou.
Dois novos estudos, dos quais Steenblik é co-autor, destacam que produzir combustível a partir do milho, da soja ou da cana-de-açúcar é incrivelmente caro. Sua análise diz que o apoio governamental atingiu em 2006 US$ 11 bilhões ao ano para os países que integram a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne entre seus membros todos os países industriais. Mais de 90% desses subsídios corresponderam aos Estados Unidos e à União Européia, e, segundo o informe, provavelmente chegarão este ano aos US$ 13 bilhões ou US$ 15 bilhões. “Aumentam na medida em que a indústria se expande”, disse Steenblik.
Leia artigo completo
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Casa Branca censura relatório sobre efeito estufa e saúde
Parágrafo que citava o aquecimento global como risco para a saúde pública foi removido do texto
Estadao.com.br, com informações da Associated Press - 24 de outubro de 2007
WASHINGTON - A Casa Branca editou de modo significativo um testemunho para o Senado, preparado por uma importante autoridade federal de saúde pública, tratando dos efeitos do aquecimento global sobre a saúde. Foram apagados trechos que mencionavam doenças que poderiam florescer num ambiente mais quente, mostram documentos obtidos pela agência de notícias Associated Press.
A Casa Branca nega ter "diluído" o testemunho da médica Julie Gerberding, diretora dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apresentado na terça-feira, 23, ao Comitê de Obras Públicas e Meio Ambiente do Senado.
Mas um esboço do testemunho, apresentado ao governo para revisão, mostra que seis páginas de detalhes a respeito de doenças e outros problemas sanitários que poderão ganhar corpo se a Terra se aquecer não foram entregues aos senadores.
O esboço declarava que "a evidência científica apóia a visão de que o clima terrestre está mudando", e que muitos grupos dedicam-se a tratar do problema. "A despeito da atividade intensa, os efeitos da mudança climática sobre a saúde pública permanecem largamente ignorados. Os CDC consideram a mudança climática uma preocupação importante de saúde pública". Este parágrafo não consta do texto liberado pela Casa Branca.
Um porta-voz da Casa Branca disse que o esboço foi submetido a um processo de revisão por agências federais, e que o Gabinete de Política de Ciência e Tecnologia não acreditou que a ciência descrita no testemunho refletisse a do relatório do painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC), da ONU.
Um funcionário do CDC disse que, embora seja comum um testemunho ser alterado pela revisão governamental, as mudanças, nesse caso em particular, foram feitas com "mão pesada".
Estadao.com.br, com informações da Associated Press - 24 de outubro de 2007
WASHINGTON - A Casa Branca editou de modo significativo um testemunho para o Senado, preparado por uma importante autoridade federal de saúde pública, tratando dos efeitos do aquecimento global sobre a saúde. Foram apagados trechos que mencionavam doenças que poderiam florescer num ambiente mais quente, mostram documentos obtidos pela agência de notícias Associated Press.
A Casa Branca nega ter "diluído" o testemunho da médica Julie Gerberding, diretora dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apresentado na terça-feira, 23, ao Comitê de Obras Públicas e Meio Ambiente do Senado.
Mas um esboço do testemunho, apresentado ao governo para revisão, mostra que seis páginas de detalhes a respeito de doenças e outros problemas sanitários que poderão ganhar corpo se a Terra se aquecer não foram entregues aos senadores.
O esboço declarava que "a evidência científica apóia a visão de que o clima terrestre está mudando", e que muitos grupos dedicam-se a tratar do problema. "A despeito da atividade intensa, os efeitos da mudança climática sobre a saúde pública permanecem largamente ignorados. Os CDC consideram a mudança climática uma preocupação importante de saúde pública". Este parágrafo não consta do texto liberado pela Casa Branca.
Um porta-voz da Casa Branca disse que o esboço foi submetido a um processo de revisão por agências federais, e que o Gabinete de Política de Ciência e Tecnologia não acreditou que a ciência descrita no testemunho refletisse a do relatório do painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC), da ONU.
Um funcionário do CDC disse que, embora seja comum um testemunho ser alterado pela revisão governamental, as mudanças, nesse caso em particular, foram feitas com "mão pesada".
Cientistas propõem abandonar Kyoto e investir em pesquisa
Modelo adotado no protocolo contra o aquecimento global não funciona, afirma artigo na revista Nature
Agência CT, Efe, Agência Estado - 24/10/2007 - 08:05
Londres - Os analistas britânicos afirmam que é hora de esquecer o Protocolo de Kyoto, que "fracassou como instrumento para reduzir as emissões" de CO2, e pensar em fortes investimentos públicos no desenvolvimento de tecnologias limpas.
Em um artigo na revista Nature, Gwyn Prins, da London School of Economics, e Steve Rayner, do Instituto James Martin, de Oxford, defendem, entre outras coisas, aumentar o orçamento público de países ricos destinado a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que permitam maiores economias energéticas.
"Parece razoável esperar que as principais economias do mundo dediquem tanto dinheiro a esse desafio quanto gastam atualmente em pesquisa militar: no caso dos Estados Unidos, cerca de US$ 80 bilhões ao ano", afirmam os dois cientistas.
Nesse sentido, eles afirmam que, enquanto a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) prevê a duplicação da demanda mundial de energia em relação à atual dentro de 25 anos, desde 1980 houve uma redução de 40% dos orçamentos públicos destinados a pesquisa e desenvolvimento nesse campo, no mundo todo.
Segundo Prins e Rayner, o setor de pesquisa e desenvolvimento é uma causa que convém a todo o espectro político: em 1992, o então candidato à vice-presidência dos Estados Unidos Al Gore propôs uma "iniciativa ambiental estratégica como parte de sua visão de um Plano Marshall global".
O conservador American Entreprise Institute, de Washington, também apóia a pesquisa básica sobre tecnologias limpas.
Em seu comentário, os especialistas analisam o que classificaram de fracasso de Kyoto e dizem que o tratado foi construído exatamente como três outros anteriores, relativos à destruição da camada de ozônio na estratosfera, à chuva ácida devido às emissões de óxidos de enxofre à redução dos arsenais nucleares.
Os artífices do Protocolo de Kyoto pensaram que "a melhor maneira de atacar a mudança climática seria controlar as emissões globais, ou seja, tratando as toneladas de dióxido de carbono como se fossem armas nucleares que deveriam ser reduzidas estabelecendo metas e calendários mutuamente verificáveis".
Esse enfoque funcionou nos outros três casos porque, embora fossem problemas difíceis, "eram relativamente simples em comparação com a mudança climática", dizem Prins e Rayner, segundo os quais o tratado depende da "criação de um mercado global de CO2 pelo qual os países podem comprar e vender as emissões atribuídas".
"Sem um aumento significativo dos programas de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas financiados com fundos públicos e mudanças nas políticas de inovação (tecnológica), haverá muito tempo antes de a inovação responder" a esse estímulo.
Se a mudança climática é uma ameaça grave para o futuro do planeta, é hora de "interromper o ciclo", dizem os dois analistas.
Os especialistas denunciam ainda que o Protocolo de Kioto tem várias lacunas que permitiram que muitos "se beneficiassem com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo praticamente sem atingir o nível de emissões" exigido e criticam a idéia central do tratado, de que a redução das emissões é um problema que exige o consenso entre mais de 170 países.
"Alinhar todos os países do mundo pode soar idealista - contra uma ameaça comum é preciso dar uma resposta universal -, mas quanto mais partes houver em uma negociação mais baixo é o denominador comum para se chegar a um acordo, o que ocorreu em Kyoto", dizem.
Deve-se reconhecer, segundo eles, que menos de 20 países são responsáveis por aproximadamente 80% das emissões d carbono do mundo, e, enquanto a política de redução de emissões está em suas primeiras fases, "os outros 150 países são apenas um obstáculo".
Agência CT, Efe, Agência Estado - 24/10/2007 - 08:05
Londres - Os analistas britânicos afirmam que é hora de esquecer o Protocolo de Kyoto, que "fracassou como instrumento para reduzir as emissões" de CO2, e pensar em fortes investimentos públicos no desenvolvimento de tecnologias limpas.
Em um artigo na revista Nature, Gwyn Prins, da London School of Economics, e Steve Rayner, do Instituto James Martin, de Oxford, defendem, entre outras coisas, aumentar o orçamento público de países ricos destinado a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que permitam maiores economias energéticas.
"Parece razoável esperar que as principais economias do mundo dediquem tanto dinheiro a esse desafio quanto gastam atualmente em pesquisa militar: no caso dos Estados Unidos, cerca de US$ 80 bilhões ao ano", afirmam os dois cientistas.
Nesse sentido, eles afirmam que, enquanto a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) prevê a duplicação da demanda mundial de energia em relação à atual dentro de 25 anos, desde 1980 houve uma redução de 40% dos orçamentos públicos destinados a pesquisa e desenvolvimento nesse campo, no mundo todo.
Segundo Prins e Rayner, o setor de pesquisa e desenvolvimento é uma causa que convém a todo o espectro político: em 1992, o então candidato à vice-presidência dos Estados Unidos Al Gore propôs uma "iniciativa ambiental estratégica como parte de sua visão de um Plano Marshall global".
O conservador American Entreprise Institute, de Washington, também apóia a pesquisa básica sobre tecnologias limpas.
Em seu comentário, os especialistas analisam o que classificaram de fracasso de Kyoto e dizem que o tratado foi construído exatamente como três outros anteriores, relativos à destruição da camada de ozônio na estratosfera, à chuva ácida devido às emissões de óxidos de enxofre à redução dos arsenais nucleares.
Os artífices do Protocolo de Kyoto pensaram que "a melhor maneira de atacar a mudança climática seria controlar as emissões globais, ou seja, tratando as toneladas de dióxido de carbono como se fossem armas nucleares que deveriam ser reduzidas estabelecendo metas e calendários mutuamente verificáveis".
Esse enfoque funcionou nos outros três casos porque, embora fossem problemas difíceis, "eram relativamente simples em comparação com a mudança climática", dizem Prins e Rayner, segundo os quais o tratado depende da "criação de um mercado global de CO2 pelo qual os países podem comprar e vender as emissões atribuídas".
"Sem um aumento significativo dos programas de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas financiados com fundos públicos e mudanças nas políticas de inovação (tecnológica), haverá muito tempo antes de a inovação responder" a esse estímulo.
Se a mudança climática é uma ameaça grave para o futuro do planeta, é hora de "interromper o ciclo", dizem os dois analistas.
Os especialistas denunciam ainda que o Protocolo de Kioto tem várias lacunas que permitiram que muitos "se beneficiassem com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo praticamente sem atingir o nível de emissões" exigido e criticam a idéia central do tratado, de que a redução das emissões é um problema que exige o consenso entre mais de 170 países.
"Alinhar todos os países do mundo pode soar idealista - contra uma ameaça comum é preciso dar uma resposta universal -, mas quanto mais partes houver em uma negociação mais baixo é o denominador comum para se chegar a um acordo, o que ocorreu em Kyoto", dizem.
Deve-se reconhecer, segundo eles, que menos de 20 países são responsáveis por aproximadamente 80% das emissões d carbono do mundo, e, enquanto a política de redução de emissões está em suas primeiras fases, "os outros 150 países são apenas um obstáculo".
Desafio Solar - Corrida mundial de veículos movidos a energia solar

Equipe holandesa lidera e larga mais de uma hora na frente do segundo colocado
Portal Terra, 24 de outubro de 2007, 13h05 Atualizada às 12h55
com informações da Agência Reuters
O time holandês, com seu carro Nuon, foi o primeiro veículo do Desafio Solar a chegar à cidade de Alice Springs na tarde de ontem. Os holandeses sairão com mais de uma hora de vantagem à frente do segundo colocado, de acordo com o site de notícias australiano ABC News.
Organizadores disseram que existem pelo menos 20 carros que ainda não chegaram a Alice Springs, cidade no meio do caminha entre Darwin e Adelaide.
Chris Selwood, diretor do evento, diz que existem várias equipes com problemas. "Ao contrário de enviá-los para casa, colocamos os carros em trailers e os levamos para o próximo paradouro", disse.
Veja fotos da corrida e da classificação aqui.
==
Austrália promove corrida de carros movidos a energia solar
Folha Online, 22/10/2007 - 13h27
da Ansa, em Sydney
Começou no domingo (21) em Darwin, no norte da Austrália, o 20º World Solar Challenge, corrida de veículos movidos a energia solar. Participam da prova 37 carros solares e 19 outros veículos de 20 países.
A única regra imposta aos competidores é o uso exclusivo de energia solar. Em categorias separadas, competirão carros movidos a álcool e energia elétrica.
O organizador da corrida, Chris Selwood, afirma que o evento acontece em meio ao desafio de substituir os combustíveis fósseis, em uma discussão cada vez mais atual.
Para completar a prova as equipes deverão equilibrar velocidade e resistência, controle do uso da energia e planificação estratégica, acrescentou Selwood
Os veículos percorrerão a reta mais longa do mundo, 3.000 quilômetros em áreas desérticas, com temperaturas que podem superar os 50ºC.
Adversidades
Os pilotos foram advertidos de que poderão enfrentar violentos ventos no deserto, altas temperaturas, enquanto correm em velocidades de até 100 km por hora durante três ou quatro dias até a linha de chegada.
As equipes de corrida deverão acampar todas as noites nos locais em que estiverem.
A Austrália terá oito veículos participando da corrida, seguida por seis veículos do Canadá, quatro dos Estados Unidos e três do Japão.
Não há participantes brasileiros, mas equipes de Venezuela e Chile representam a América do Sul.
O carro holandês Nuon Solar, que já venceu a competição três vezes, detém o recorde de 29 horas e 11 minutos.
Leia mais
* Companhias suíças planejam construir 1º submarino solar do mundo
* Livro apresenta 1001 maneiras de salvar o planeta
* Manual ensina como aliar os negócios às questões ambientais
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Osmose será utilizada para geração de energia limpa
Osmose será utilizada para geração de energia limpa
site Inovação Tecnológica, 16/10/2007
As ondas, as marés, a luz do Sol e o vento são todos fenômenos facilmente observáveis e que estão na crista da onda quando o assunto são fontes alternativas de energia. Mas existe uma outra fonte nesta mesma categoria que pode ser aproveitada e que não pode ser percebida a olho nu - quando um rio despeja suas águas no oceano, há uma liberação gigantesca de energia, que tem todo o potencial para ser aproveitada para geração de eletricidade.
Energia da osmose
Para verificar a existência dessa energia - chamada de energia da osmose - basta colocar uma membrana capaz de reter íons de sal entre dois reservatórios, o primeiro contendo água doce e o segundo água do mar. Será imediatamente gerado um fluxo de água em direção à água salgada.
Se o compartimento que contém a água do mar estiver selado, a pressão no seu interior irá aumentar gradativamente até um máximo teórico de 26 bars, o equivalente a uma coluna de água de 270 metros de altura. Essa pressão pode ser então utilizada para a geração de eletricidade de forma ambientalmente correta.
Osmose retardada pela pressão
Na prática, o processo exige um controle rígido na pressão, em um processo chamado osmose retardada pela pressão. As pesquisas atuais indicam que é possível trabalhar-se com até metade da pressão teórica, que poderia então ser transformada em eletricidade.
Com base nessas pesquisas, que já consumiram 10 anos de trabalho, a empresa norueguesa Statkraft anunciou que irá começar a construir a primeira usina do mundo que irá gerar energia elétrica a partir da osmose. Segundo a empresa, quando a tecnologia estiver totalmente aprimorada, poderá ser utilizado um potencial de geração de eletricidade a partir da osmose que atinge 1.600 TWh em todo o mundo.
Usina piloto
"Nós levamos a tarefa de gerar energia limpa muito a sério, e a energia osmótica é uma tecnologia muito promissora na qual nós somos líderes mundiais. Ela é limpa, não emite poluentes e pode se tornar competitiva dentro de alguns poucos anos," afirmou o presidente da empresa, Bård Mikkelsen.
A usina piloto deverá gerar entre 2 e 4 kW de energia e deverá estar pronta até o final de 2008. Segundo Mikkelsen, esse protótipo funcionará como uma espécie de laboratório, no qual a empresa poderá aperfeiçoar a tecnologia e preparar-se para a construção de usinas comerciais movidas a osmose.
site Inovação Tecnológica, 16/10/2007
As ondas, as marés, a luz do Sol e o vento são todos fenômenos facilmente observáveis e que estão na crista da onda quando o assunto são fontes alternativas de energia. Mas existe uma outra fonte nesta mesma categoria que pode ser aproveitada e que não pode ser percebida a olho nu - quando um rio despeja suas águas no oceano, há uma liberação gigantesca de energia, que tem todo o potencial para ser aproveitada para geração de eletricidade.
Energia da osmose
Para verificar a existência dessa energia - chamada de energia da osmose - basta colocar uma membrana capaz de reter íons de sal entre dois reservatórios, o primeiro contendo água doce e o segundo água do mar. Será imediatamente gerado um fluxo de água em direção à água salgada.
Se o compartimento que contém a água do mar estiver selado, a pressão no seu interior irá aumentar gradativamente até um máximo teórico de 26 bars, o equivalente a uma coluna de água de 270 metros de altura. Essa pressão pode ser então utilizada para a geração de eletricidade de forma ambientalmente correta.
Osmose retardada pela pressão
Na prática, o processo exige um controle rígido na pressão, em um processo chamado osmose retardada pela pressão. As pesquisas atuais indicam que é possível trabalhar-se com até metade da pressão teórica, que poderia então ser transformada em eletricidade.
Com base nessas pesquisas, que já consumiram 10 anos de trabalho, a empresa norueguesa Statkraft anunciou que irá começar a construir a primeira usina do mundo que irá gerar energia elétrica a partir da osmose. Segundo a empresa, quando a tecnologia estiver totalmente aprimorada, poderá ser utilizado um potencial de geração de eletricidade a partir da osmose que atinge 1.600 TWh em todo o mundo.
Usina piloto
"Nós levamos a tarefa de gerar energia limpa muito a sério, e a energia osmótica é uma tecnologia muito promissora na qual nós somos líderes mundiais. Ela é limpa, não emite poluentes e pode se tornar competitiva dentro de alguns poucos anos," afirmou o presidente da empresa, Bård Mikkelsen.
A usina piloto deverá gerar entre 2 e 4 kW de energia e deverá estar pronta até o final de 2008. Segundo Mikkelsen, esse protótipo funcionará como uma espécie de laboratório, no qual a empresa poderá aperfeiçoar a tecnologia e preparar-se para a construção de usinas comerciais movidas a osmose.
Hidrelétricas emitem mais gases do efeito estufa do que termelétricas
Agência FAPESP, 08/10/2007
Por Murilo Alves Pereira
As hidrelétricas, por serem fontes de energia renovável, têm sido vistas no Brasil como uma alternativa para combater as emissões de gases do efeito estufa (GEE). Mas uma pesquisa que mediu e estipulou as emissões de quatro usinas hidrelétricas da Amazônia transformou-as em vilãs do aquecimento global. De acordo com os números, todas as quatro emitem mais GEE que termelétricas de mesma potência.
“A hidrelétrica de Balbina, no rio Uatumã, está emitindo cerca de 10 vezes mais que uma termelétrica movida a carvão mineral, considerado hoje o combustível mais poluente”, informou à Agência FAPESP o biólogo Alexandre Kemenes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Segundo ele, para comparar termelétricas e hidrelétricas foi preciso relacionar a quantidade de gás emitido, medida em toneladas de equivalentes de carbono (tC), sobre a potência gerada por hora (MWh). O equivalente de carbono é a unidade que considera tanto o dióxido de carbono (CO2) quanto o metano (CH4). Como o potencial térmico do CH4 é 25 vezes maior que o do CO2, é preciso multiplicar o valor medido de CH4 por 25 para expressá-lo em carbono.
Em Balbina, além dos elevados índices de emissão, há um baixo aproveitamento energético. Em outro cálculo, que considera a potência gerada pela área do lago, Balbina também fica a dever. Embora tenha alagado 2.600 quilômetros quadrados de floresta, a hidrelétrica tem uma produção energética pífia, de meros 250 MW.
De acordo com Kemenes, vários são os fatores que levam as hidrelétricas tropicais a emitir GEE em grande quantidade. Os lagos muito grandes e profundos construídos sobre uma área florestal e sob a influência do clima amazônico são propensos a problemas desse tipo.
“Devido à estabilidade climática da Amazônia, são formados estratos térmicos nas diferentes profundidades do lago”, explicou o biólogo. “Em temperaturas distintas, cada estrato possui diferentes concentrações de gases, entre eles o oxigênio.”
No fundo do lago, todo o oxigênio é consumido pelas atividades biológicas, mas não é reposto, formando um estrato anóxio (sem oxigênio). Além disso há grande quantidade de matéria orgânica deixada pelo não-desmatamento da antiga floresta existente na área do lago. A soma desses fatores favorece a ação metabólica de bactérias anaeróbicas, que produzirão altas taxas de CH4 e CO2, os dois principais GEE.
“Além disso, a profundidade provoca outro fenômeno físico – a pressão hidrostática – que mantém os gases aprisionados no fundo do lago”, declarou o cientista. No caso de Balbina, os 30 metros de profundidade geram uma pressão de quatro atmosferas (atm) – 1 atm a cada 10 metros mais 1 atm da própria atmosfera.
A coleta de dados ocorreu entre 2002 e 2006 na usina de Balbina e faz parte da tese de doutorado de Kemenes. Em julho de 2007, o trabalho foi publicado na Geophisical Research Letter, uma das revistas de maior impacto na área de geofísica. Para as outras usinas – Tucuruí, Samuel e Curuá-Uana – a tese se valeu de dados já coletados por outros pesquisadores.
Três caminhos
Depois de gerados no fundo do lago, o CO2 e o CH4 chegam à atmosfera por três vias: pelo próprio lago, pelas turbinas da barragem e à jusante dela. Cerca de 85% das emissões ocorrem por ebulição ou difusão, na área do lago.
Quando os gases ficam supersaturados no substrato, eles se desprendem em forma de bolhas e chegam à atmosfera. Ao mesmo tempo, os gases existentes na superfície do lago são difundidos lentamente. Câmaras estáticas (baldes flutuantes invertidos) e funis invertidos foram espalhados ao longo do lago para capturar as bolhas de ebulição e a difusão dos gases.
“Essa metodologia é consagrada e já utilizada em várias partes do mundo, como na usina de Petit-Saut, na Guiana Francesa”, explicou Kemenes. Os dados referentes às emissões pelo lago foram medidos nas quatro hidrelétricas.
Em relação aos valores mensurados na turbina e à jusante, há informações somente para a hidrelétrica de Balbina. “Foram propostas, para 2007, coletas de campo em Tucuruí, Samuel e Curuá-Una abaixo das barragens, mas houve problemas de autorização e não foi possível fazer a coleta”, informou.
Para essas três usinas, os valores foram estimados em relação ao levantamento de Balbina. “Devemos substituir esses dados estimados tão logo consigamos coletar nessas usinas.”
Depois de passar pelas turbinas, grande parte dos gases é emitida devido à queda da pressão hidrostática. Para chegar aos valores de Balbina, a equipe de Kemenes mediu a quantidade de metano no fundo da represa, a uma profundidade de 30 metros, no fluxo de água antes das turbinas.
O gás restante se desprende lentamente na atmosfera por difusão, à jusante do rio. Estima-se que a emissão continue gradualmente por 100 km, rio abaixo.
Controvérsia
Dos valores emitidos pelos três compartimentos da hidrelétrica, aqueles relacionados às turbinas são os que causam maior controvérsia. Para o geógrafo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marco Aurélio dos Santos, há um equívoco em relação à profundidade por onde ocorre a vazão da água pela turbina.
“Os autores consideraram que a vazão ocorre a 30 metros de profundidade, mas a tomada de água pelas turbinas ocorre entre 14 e 30 metros. O valor deveria ser a média da concentração de metano nessas profundidades”, afirmou Marco Aurélio.
Como a concentração de CH4 aumenta com a profundidade, essa diferença resultaria numa quantia emitida muito menor que a proposta pela equipe de Kemenes. Mas, segundo o biólogo do Inpa, não há estudos conclusivos sobre a área onde ocorre a tomada de água pelas turbinas.
“Antes de realizar nossas estimativas de emissões pelas turbinas, consultamos os engenheiros da Manaus Energia. Eles nos informaram que o fluxo d’água é laminar e rente ao fundo do lago. Optamos então por utilizar os dados referentes a esse estrato. Outros trabalhos realizados em várias partes do mundo, como os de Petit-Saut, utilizam a mesma metodologia”, disse.
Por Murilo Alves Pereira
As hidrelétricas, por serem fontes de energia renovável, têm sido vistas no Brasil como uma alternativa para combater as emissões de gases do efeito estufa (GEE). Mas uma pesquisa que mediu e estipulou as emissões de quatro usinas hidrelétricas da Amazônia transformou-as em vilãs do aquecimento global. De acordo com os números, todas as quatro emitem mais GEE que termelétricas de mesma potência.
“A hidrelétrica de Balbina, no rio Uatumã, está emitindo cerca de 10 vezes mais que uma termelétrica movida a carvão mineral, considerado hoje o combustível mais poluente”, informou à Agência FAPESP o biólogo Alexandre Kemenes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Segundo ele, para comparar termelétricas e hidrelétricas foi preciso relacionar a quantidade de gás emitido, medida em toneladas de equivalentes de carbono (tC), sobre a potência gerada por hora (MWh). O equivalente de carbono é a unidade que considera tanto o dióxido de carbono (CO2) quanto o metano (CH4). Como o potencial térmico do CH4 é 25 vezes maior que o do CO2, é preciso multiplicar o valor medido de CH4 por 25 para expressá-lo em carbono.
Em Balbina, além dos elevados índices de emissão, há um baixo aproveitamento energético. Em outro cálculo, que considera a potência gerada pela área do lago, Balbina também fica a dever. Embora tenha alagado 2.600 quilômetros quadrados de floresta, a hidrelétrica tem uma produção energética pífia, de meros 250 MW.
De acordo com Kemenes, vários são os fatores que levam as hidrelétricas tropicais a emitir GEE em grande quantidade. Os lagos muito grandes e profundos construídos sobre uma área florestal e sob a influência do clima amazônico são propensos a problemas desse tipo.
“Devido à estabilidade climática da Amazônia, são formados estratos térmicos nas diferentes profundidades do lago”, explicou o biólogo. “Em temperaturas distintas, cada estrato possui diferentes concentrações de gases, entre eles o oxigênio.”
No fundo do lago, todo o oxigênio é consumido pelas atividades biológicas, mas não é reposto, formando um estrato anóxio (sem oxigênio). Além disso há grande quantidade de matéria orgânica deixada pelo não-desmatamento da antiga floresta existente na área do lago. A soma desses fatores favorece a ação metabólica de bactérias anaeróbicas, que produzirão altas taxas de CH4 e CO2, os dois principais GEE.
“Além disso, a profundidade provoca outro fenômeno físico – a pressão hidrostática – que mantém os gases aprisionados no fundo do lago”, declarou o cientista. No caso de Balbina, os 30 metros de profundidade geram uma pressão de quatro atmosferas (atm) – 1 atm a cada 10 metros mais 1 atm da própria atmosfera.
A coleta de dados ocorreu entre 2002 e 2006 na usina de Balbina e faz parte da tese de doutorado de Kemenes. Em julho de 2007, o trabalho foi publicado na Geophisical Research Letter, uma das revistas de maior impacto na área de geofísica. Para as outras usinas – Tucuruí, Samuel e Curuá-Uana – a tese se valeu de dados já coletados por outros pesquisadores.
Três caminhos
Depois de gerados no fundo do lago, o CO2 e o CH4 chegam à atmosfera por três vias: pelo próprio lago, pelas turbinas da barragem e à jusante dela. Cerca de 85% das emissões ocorrem por ebulição ou difusão, na área do lago.
Quando os gases ficam supersaturados no substrato, eles se desprendem em forma de bolhas e chegam à atmosfera. Ao mesmo tempo, os gases existentes na superfície do lago são difundidos lentamente. Câmaras estáticas (baldes flutuantes invertidos) e funis invertidos foram espalhados ao longo do lago para capturar as bolhas de ebulição e a difusão dos gases.
“Essa metodologia é consagrada e já utilizada em várias partes do mundo, como na usina de Petit-Saut, na Guiana Francesa”, explicou Kemenes. Os dados referentes às emissões pelo lago foram medidos nas quatro hidrelétricas.
Em relação aos valores mensurados na turbina e à jusante, há informações somente para a hidrelétrica de Balbina. “Foram propostas, para 2007, coletas de campo em Tucuruí, Samuel e Curuá-Una abaixo das barragens, mas houve problemas de autorização e não foi possível fazer a coleta”, informou.
Para essas três usinas, os valores foram estimados em relação ao levantamento de Balbina. “Devemos substituir esses dados estimados tão logo consigamos coletar nessas usinas.”
Depois de passar pelas turbinas, grande parte dos gases é emitida devido à queda da pressão hidrostática. Para chegar aos valores de Balbina, a equipe de Kemenes mediu a quantidade de metano no fundo da represa, a uma profundidade de 30 metros, no fluxo de água antes das turbinas.
O gás restante se desprende lentamente na atmosfera por difusão, à jusante do rio. Estima-se que a emissão continue gradualmente por 100 km, rio abaixo.
Controvérsia
Dos valores emitidos pelos três compartimentos da hidrelétrica, aqueles relacionados às turbinas são os que causam maior controvérsia. Para o geógrafo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marco Aurélio dos Santos, há um equívoco em relação à profundidade por onde ocorre a vazão da água pela turbina.
“Os autores consideraram que a vazão ocorre a 30 metros de profundidade, mas a tomada de água pelas turbinas ocorre entre 14 e 30 metros. O valor deveria ser a média da concentração de metano nessas profundidades”, afirmou Marco Aurélio.
Como a concentração de CH4 aumenta com a profundidade, essa diferença resultaria numa quantia emitida muito menor que a proposta pela equipe de Kemenes. Mas, segundo o biólogo do Inpa, não há estudos conclusivos sobre a área onde ocorre a tomada de água pelas turbinas.
“Antes de realizar nossas estimativas de emissões pelas turbinas, consultamos os engenheiros da Manaus Energia. Eles nos informaram que o fluxo d’água é laminar e rente ao fundo do lago. Optamos então por utilizar os dados referentes a esse estrato. Outros trabalhos realizados em várias partes do mundo, como os de Petit-Saut, utilizam a mesma metodologia”, disse.
DiCaprio apresenta documentário sobre crise ambiental
Ator produz e narra 'A última hora', exibido na Mostra de Cinema.
Filme serve como alerta, mas tem mensagem positiva.
por Débora Miranda, do Portal G1, em São Paulo
21 de outubro de 2007
Já virou hábito o envolvimento de estrelas hollywoodianas em causas sociais, mas Leonardo DiCaprio resolveu ir além. Seguiu os passos do agora vencedor do Nobel da Paz, Al Gore, e produziu o documentário “A última hora”, em cartaz na Mostra de Cinema de São Paulo, sobre causas e conseqüências do aquecimento global, e como a situação pode ser revertida.
Narrado por DiCpario, o documentário (veja o trailer) faz uma colagem de imagens de catástrofes ambientais mundiais – com muito foco nas cenas de Nova Orleans inundada após o furacão Katrina- e depoimentos de consagrados especialistas nas mais variadas áreas e assuntos.
Entre os entrevistados estão, por exemplo, o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, o cientistas Stephen Hawking e autoridades em projetos de sustentabilidade como William McDonough e Bruce Mau.
Para quem não tem conhecimentos aprofundados sobre as questões ambientais nem noção da medida exata das conseqüências do que está acontecendo atualmente no mundo, o filme esclarece e serve ainda como alerta.
Mas vai além: os entrevistados de “A última hora” mostram projetos, segundo eles viáveis, de transformar o planeta – com seus veículos, empresas e residências - em sustentável. E de mudar o uso e as fontes de energia.
O documentário peca em não abrir espaço para pontos de vista divergentes, mas termina bem, com visões otimistas sobre o destino da humanidade e mensagens que incentivam uma vida mais saudável e menos consumista.
MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO
"A última hora", de Nadia Conners e Leila Conners Petersen
Domingo (21), às 14h30, no HSBC Belas Artes
Segunda-feira (22), às 17h30, no Unibanco Arteplex
Quinta-feira (25), às 16h, no Unibanco Arteplex
Filme serve como alerta, mas tem mensagem positiva.
por Débora Miranda, do Portal G1, em São Paulo
21 de outubro de 2007
Já virou hábito o envolvimento de estrelas hollywoodianas em causas sociais, mas Leonardo DiCaprio resolveu ir além. Seguiu os passos do agora vencedor do Nobel da Paz, Al Gore, e produziu o documentário “A última hora”, em cartaz na Mostra de Cinema de São Paulo, sobre causas e conseqüências do aquecimento global, e como a situação pode ser revertida.
Narrado por DiCpario, o documentário (veja o trailer) faz uma colagem de imagens de catástrofes ambientais mundiais – com muito foco nas cenas de Nova Orleans inundada após o furacão Katrina- e depoimentos de consagrados especialistas nas mais variadas áreas e assuntos.
Entre os entrevistados estão, por exemplo, o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, o cientistas Stephen Hawking e autoridades em projetos de sustentabilidade como William McDonough e Bruce Mau.
Para quem não tem conhecimentos aprofundados sobre as questões ambientais nem noção da medida exata das conseqüências do que está acontecendo atualmente no mundo, o filme esclarece e serve ainda como alerta.
Mas vai além: os entrevistados de “A última hora” mostram projetos, segundo eles viáveis, de transformar o planeta – com seus veículos, empresas e residências - em sustentável. E de mudar o uso e as fontes de energia.
O documentário peca em não abrir espaço para pontos de vista divergentes, mas termina bem, com visões otimistas sobre o destino da humanidade e mensagens que incentivam uma vida mais saudável e menos consumista.
MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO
"A última hora", de Nadia Conners e Leila Conners Petersen
Domingo (21), às 14h30, no HSBC Belas Artes
Segunda-feira (22), às 17h30, no Unibanco Arteplex
Quinta-feira (25), às 16h, no Unibanco Arteplex
Energias Renováveis - Microgeração, Portugal
Nova lei para Microgeração com venda de energia à Energias de Portugal (EDP) entra em vigor a partir de janeiro de 2008.
Além de dar informações sobre geradores que utilizam fontes renováveis de energia, o vídeo trata da importância dos incentivos governamentais para tornar viável economicamente a tecnologia solar fotovoltaica em regiões assistidas pela rede elétrica pública.
Com o aumento do mercado na área, a expectativa é de que tais incentivos se tornem gradativamente menos necessários.
No Brasil, em regiões assistidas pela rede elétrica pública, o tempo de retorno de investimento para geradores fotovoltaicos é de por volta de 30 anos, assim como relata o vídeo para a situação em Portugal sem os incentivos da lei para Microgeração.
Nota: Hoje (22/10) o Euro está cotado a R$2,58.
Além de dar informações sobre geradores que utilizam fontes renováveis de energia, o vídeo trata da importância dos incentivos governamentais para tornar viável economicamente a tecnologia solar fotovoltaica em regiões assistidas pela rede elétrica pública.
Com o aumento do mercado na área, a expectativa é de que tais incentivos se tornem gradativamente menos necessários.
No Brasil, em regiões assistidas pela rede elétrica pública, o tempo de retorno de investimento para geradores fotovoltaicos é de por volta de 30 anos, assim como relata o vídeo para a situação em Portugal sem os incentivos da lei para Microgeração.
Nota: Hoje (22/10) o Euro está cotado a R$2,58.
Questões sociais e de desenvolvimento se chocam no debate sobre exploração de petróleo no Acre
Agência Brasil, 20 de Outubro de 2007 - 10h51
Alessandra Bastos e João Porto, Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A extração de petróleo e gás natural na região do Rio Juruá, no Acre, está longe de ser um consenso na região. Enquanto o governo e alguns deputados apontam a oportunidade de desenvolvimento com geração de emprego e renda, moradores e organizações da sociedade civil se preocupam com possíveis danos ambientais e, principalmente, o deslocamento de populações tradicionais.
“Elas [populações] serão diretamente afetadas e não sabemos ainda para onde serão levadas e como se dará a reparação a essas famílias”, diz a coordenadora do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) no Acre, Joci Aguiar.
Na região do Juruá, há 12 comunidades indígenas de várias etnias. A Constituição não permite sondagem para verificar a existência de petróleo em áreas indígenas, mas existem no Congresso propostas para regulamentar tais atividades.
De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Acre, Lindomar Padilha, os índios acreanos são contrários a essas propostas parlamentares. “Eles soltaram uma nota, no início do ano, contra a exploração de petróleo porque não acreditam que a renda gerada pelos prováveis royalties do petróleo compensem os danos”.
Além do documento, diz ele, há “toda consciência de que não é possível mais a humanidade usar combustíveis de origem fóssil em uma sociedade moderna porque eles emitem uma quantidade imensa de gases poluentes na atmosfera e está aí o problema do aquecimento global”.
Padilha diz que a comunidade indígena local discorda "totalmente" da idéia "por causa da experiência trágica que temos em Coari”, conta. Segundo ele, a iniciativa de explorar combustíveis fósseis na cidade amazonense causou vários danos ambientais. “Os dutos que tiveram de construir são como uma estrada aberta no meio da mata, que depois não pode ser reflorestada porque embaixo existem os tubos condutores”.
Já o deputado federal Marcelo Serafim (PSB-AM) prefere lembrar que a experiência em Coari “rendeu à prefeitura, só no ano passado, R$ 43 milhões”. Segundo ele, “o argumento de que isso poderá trazer danos ecológicos não procede. Temos em Coari uma riqueza extraordinária que hoje se encontra desenvolvida e próspera e isso tem sido fundamental para o estado do Amazonas”.
A geração de empregos, segundo Lindomar Padilha, não beneficiou a comunidade indígena de Coari. Em um primeiro momento, diz, os índios trabalharam na abertura de clareiras, "o que não precisa de profissionais muito qualificados”. Depois, “é exigido mão-de-obra qualificada, como um soldador ou um operador de máquinas. Aí, a mão-de-obra local já não serve mais e é dispensada”. Além disso, segundo ele, a contratação de profissionais de fora fez aumentar a exploração sexual.
Alessandra Bastos e João Porto, Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A extração de petróleo e gás natural na região do Rio Juruá, no Acre, está longe de ser um consenso na região. Enquanto o governo e alguns deputados apontam a oportunidade de desenvolvimento com geração de emprego e renda, moradores e organizações da sociedade civil se preocupam com possíveis danos ambientais e, principalmente, o deslocamento de populações tradicionais.
“Elas [populações] serão diretamente afetadas e não sabemos ainda para onde serão levadas e como se dará a reparação a essas famílias”, diz a coordenadora do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) no Acre, Joci Aguiar.
Na região do Juruá, há 12 comunidades indígenas de várias etnias. A Constituição não permite sondagem para verificar a existência de petróleo em áreas indígenas, mas existem no Congresso propostas para regulamentar tais atividades.
De acordo com o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Acre, Lindomar Padilha, os índios acreanos são contrários a essas propostas parlamentares. “Eles soltaram uma nota, no início do ano, contra a exploração de petróleo porque não acreditam que a renda gerada pelos prováveis royalties do petróleo compensem os danos”.
Além do documento, diz ele, há “toda consciência de que não é possível mais a humanidade usar combustíveis de origem fóssil em uma sociedade moderna porque eles emitem uma quantidade imensa de gases poluentes na atmosfera e está aí o problema do aquecimento global”.
Padilha diz que a comunidade indígena local discorda "totalmente" da idéia "por causa da experiência trágica que temos em Coari”, conta. Segundo ele, a iniciativa de explorar combustíveis fósseis na cidade amazonense causou vários danos ambientais. “Os dutos que tiveram de construir são como uma estrada aberta no meio da mata, que depois não pode ser reflorestada porque embaixo existem os tubos condutores”.
Já o deputado federal Marcelo Serafim (PSB-AM) prefere lembrar que a experiência em Coari “rendeu à prefeitura, só no ano passado, R$ 43 milhões”. Segundo ele, “o argumento de que isso poderá trazer danos ecológicos não procede. Temos em Coari uma riqueza extraordinária que hoje se encontra desenvolvida e próspera e isso tem sido fundamental para o estado do Amazonas”.
A geração de empregos, segundo Lindomar Padilha, não beneficiou a comunidade indígena de Coari. Em um primeiro momento, diz, os índios trabalharam na abertura de clareiras, "o que não precisa de profissionais muito qualificados”. Depois, “é exigido mão-de-obra qualificada, como um soldador ou um operador de máquinas. Aí, a mão-de-obra local já não serve mais e é dispensada”. Além disso, segundo ele, a contratação de profissionais de fora fez aumentar a exploração sexual.
Fabricação de Células Fotovoltaicas na PUCRS
Máquina da PUCRS de fabricação de células solares fotovoltaicas.
O Centro Brasileiro para o Desenvolvimento da Energia Solar Fotovoltaica (CB-Solar) foi instalado este ano na PUCRS numa parceria entre a Universidade, o Ministério da Ciência e Tecnologia, CEEE, Secretaria Estadual da Ciência e Tecnologia, Secretaria Estadual de Energia, Minas e Comunicações e Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio de Porto Alegre. Está sediado no Núcleo Tecnológico de Energia Solar (NT-Solar) do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Física, no Parque Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).
No local, professores, pesquisadores e alunos da PUCRS trabalham no desenvolvimento de tecnologias de conversão da energia solar em elétrica. O NT-Solar foi projetado especificamente para desenvolver protótipos de células solares e módulos fotovoltaicos (que transformam a energia solar em elétrica) mais eficientes, para implementar e analisar sistemas fotovoltaicos e formar especialistas na área. Na parceria do Núcleo com o governo federal também está prevista a implantação de uma planta pré-industrial de fabricação dos módulos fotovoltaicos eficientes. O objetivo é construir, dentro de um ano, os módulos com alta eficiência e baixo custo em grande escala, substituindo a importação desta tecnologia feita pelo país atualmente.
As pesquisas em células solares realizadas pelos coordenadores do NT-Solar, Adriano Moehlecke e Izete Zanesco, alcançaram projeção nacional com o primeiro lugar do Prêmio Jovem Cientista 2002 e a Medalha Negrinho do Pastoreio.
Destino das florestas brasileiras entregue aos ruralistas
Conservação Internacional Brasil, 18 de outubro de 2007
Brasília - O Projeto de Lei 6.424, de 2005, em tramitação na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e encaminhado pelo Presidente da Câmara dos Deputados à Comissão de Agricultura, constitui um enorme risco para a integridade dos biomas brasileiros.
O atual Código Florestal brasileiro estabelece a necessidade de que cada propriedade rural tenha uma área mínima de florestas e outros ecossistemas naturais conservados. Essa área mínima é a soma das áreas de preservação permanente (como topos de montanha, margens dos rios, lagos e outros cursos d’água) e a área chamada Reserva Legal. A função da Reserva Legal é de manter, dentro de cada propriedade, uma percentagem mínima de vegetação nativa, que cumpre uma importante função ecológica como habitat para a biodiversidade e fornece diversos serviços ambientais como o estoque de produtos florestais, controle de pragas e incêndios, melhoria da produção de água; proteção do solo e corpos d’água evitando erosão e assoreamento; e captação de carbono da atmosfera.
A legislação brasileira estabelece que a área de reserva legal deva ser de 80% na Amazônia Legal, 35% na região de cerrado que esteja nos estados da Amazônia Legal e 20% nas demais regiões do país.
A grande maioria das propriedades rurais brasileiras não possui as áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (RL), conforme determina o Código Florestal. O PL 6.424 é uma tentativa de estimular os proprietários rurais a regularizarem sua situação perante o Código Florestal. A legislação brasileira atual já prevê, em alguns casos específicos, mecanismos de compensação, onde o proprietário compensa o dano ambiental causado em sua propriedade por meio de aquisição direta de uma área com vegetação nativa em região próxima à sua propriedade ou através de cotas de reserva florestal.
O PL 6.424 aumenta de forma inconseqüente e sem o devido embasamento técnico-científico as formas de compensação, permitindo novos mecanismos que terão um impacto significativo na biodiversidade e conservação das florestas brasileiras e no ordenamento territorial da paisagem rural do país.
As ONGs abaixo-assinadas indicam que os seguintes pontos do PL 6.424/2005 consistem em ameaças à conservação das florestas:
1. A possibilidade de recuperação de 30% da Reserva Legal na Amazônia com espécies exóticas, incluindo palmáceas.
Na prática, esse dispositivo significa a redução da Reserva Legal na Amazônia para 50%, pois o uso de espécies exóticas reduz as funções ecossistêmicas das florestas nas propriedades privadas.
2. A possibilidade de compensação de reserva legal em outra bacia, no mesmo estado e bioma.
Este dispositivo estabelece a possibilidade de manter bacias hidrográficas sem áreas de floresta, com impactos ecológicos significativos, desestimulando a recuperação de áreas degradadas e a conseqüente recuperação de sua função de fornecedora de serviços ambientais tais como a produção de água e chuva para outros estados brasileiros.
3. A possibilidade de cômputo da Área de Preservação Permanente no percentual de Reserva Legal.
Em algumas regiões do país isso pode significar que a Reserva Legal deixe de existir, pressupondo equivocadamente que a função ecológica e econômica da Reserva Legal possa ser cumprida pelas áreas de preservação permanente, onde o seu manejo é mais restritivo
4. A compensação da Reserva Legal mediante doação de área para regularização fundiária de terras de comunidades tradicionais ou a recuperação ambiental de áreas degradadas no mesmo estado em territórios de povos e populações tradicionais, assentamentos rurais ou em florestas públicas destinadas a comunidades locais.
Trata-se da transferência de ônus da regularização da reserva legal de propriedades privadas para comunidades tradicionais, restringindo a possibilidade dessa comunidade em decidir sobre o uso do seu território. A compensação obrigará a comunidade a manter essa área sob o mesmo regime da Reserva Legal. Trata-se de uma transferência de responsabilidade do poder público a terceiros. No caso da recuperação, cria um ônus pela responsabilidade de manutenção das áreas a serem recuperadas.
5. A falta de vinculação da concessão de crédito à regularização ambiental das propriedades rurais.
Com isso, mantém-se a possibilidade de acesso ao crédito rural pelas propriedades que desmataram áreas acima do permitido pelo Código Florestal brasileiro.
6. Falta de incentivos econômicos para recuperação e manutenção da Reserva Legal.
Perde-se a oportunidade de propor mecanismos econômicos para viabilizar um modelo de desenvolvimento econômico baseado na floresta em pé, explorando os seus produtos e serviços de forma sustentável.
Além disso, tendo em vista a rapidez com que vêm se dando as negociações em torno da proposta, houve pouca participação de representantes de organizações da sociedade civil, em especial das instituições que atuam em outros biomas igualmente importantes, como Caatinga e Cerrado, e do envolvimento da opinião pública brasileira. É fundamental que as conseqüências das propostas para estes biomas sejam devidamente analisadas e as mudanças avalizadas pela sociedade.
Propostas de alteração do Código Florestal devem estar baseadas em critérios objetivos, evitando-se um elevado grau de subjetividade a ser definido por regulamentações posteriores e a transferência da responsabilidade para os estados cuja estrutura de gestão ambiental é precária ou inexistente.
Aprimorar o Código Florestal, na lógica de otimizar o uso de áreas desmatadas e impedir novos desmatamentos é uma perspectiva positiva do ponto de vista sócio-ambiental. Para tanto, é fundamental que as mudanças consolidem um entendimento comum de valorização da floresta e que estejam de acordo com as expectativas da opinião pública brasileira.
As entidades ambientalistas reconhecem que é indispensável para o país promover o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. Combinar esses fatores à conservação dos recursos naturais, garantindo a integridade dos ecossistemas é fundamental para um desenvolvimento sustentável a longo prazo.
Entretanto, a crise climática global e o papel dos desmatamentos na emissão de gases do efeito estufa exigem uma postura enérgica de controle dos desmatamentos e manutenção dos ativos florestais existentes no país. A proposta tal como apresentada, ao contrário, contribui para a redução da cobertura florestal em um momento em que surgem os primeiros sinais de um aumento nos índices de desmatamento ao longo da fronteira agrícola brasileira.
É fundamental que a proposta como um todo seja revista de forma cuidadosa, com um amplo debate envolvendo a sociedade brasileira.
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (APREMAVI)
Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA)
Conservação Internacional (CI-Brasil)
Fundação CEBRAC
Greenpeace
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto de Estudos Sócio-econômicos (INESC)
Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA)
Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN)
Instituto Socioambiental (ISA)
Rede Cerrado de ONGs
WWF - Brasil
Brasília - O Projeto de Lei 6.424, de 2005, em tramitação na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e encaminhado pelo Presidente da Câmara dos Deputados à Comissão de Agricultura, constitui um enorme risco para a integridade dos biomas brasileiros.
O atual Código Florestal brasileiro estabelece a necessidade de que cada propriedade rural tenha uma área mínima de florestas e outros ecossistemas naturais conservados. Essa área mínima é a soma das áreas de preservação permanente (como topos de montanha, margens dos rios, lagos e outros cursos d’água) e a área chamada Reserva Legal. A função da Reserva Legal é de manter, dentro de cada propriedade, uma percentagem mínima de vegetação nativa, que cumpre uma importante função ecológica como habitat para a biodiversidade e fornece diversos serviços ambientais como o estoque de produtos florestais, controle de pragas e incêndios, melhoria da produção de água; proteção do solo e corpos d’água evitando erosão e assoreamento; e captação de carbono da atmosfera.
A legislação brasileira estabelece que a área de reserva legal deva ser de 80% na Amazônia Legal, 35% na região de cerrado que esteja nos estados da Amazônia Legal e 20% nas demais regiões do país.
A grande maioria das propriedades rurais brasileiras não possui as áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (RL), conforme determina o Código Florestal. O PL 6.424 é uma tentativa de estimular os proprietários rurais a regularizarem sua situação perante o Código Florestal. A legislação brasileira atual já prevê, em alguns casos específicos, mecanismos de compensação, onde o proprietário compensa o dano ambiental causado em sua propriedade por meio de aquisição direta de uma área com vegetação nativa em região próxima à sua propriedade ou através de cotas de reserva florestal.
O PL 6.424 aumenta de forma inconseqüente e sem o devido embasamento técnico-científico as formas de compensação, permitindo novos mecanismos que terão um impacto significativo na biodiversidade e conservação das florestas brasileiras e no ordenamento territorial da paisagem rural do país.
As ONGs abaixo-assinadas indicam que os seguintes pontos do PL 6.424/2005 consistem em ameaças à conservação das florestas:
1. A possibilidade de recuperação de 30% da Reserva Legal na Amazônia com espécies exóticas, incluindo palmáceas.
Na prática, esse dispositivo significa a redução da Reserva Legal na Amazônia para 50%, pois o uso de espécies exóticas reduz as funções ecossistêmicas das florestas nas propriedades privadas.
2. A possibilidade de compensação de reserva legal em outra bacia, no mesmo estado e bioma.
Este dispositivo estabelece a possibilidade de manter bacias hidrográficas sem áreas de floresta, com impactos ecológicos significativos, desestimulando a recuperação de áreas degradadas e a conseqüente recuperação de sua função de fornecedora de serviços ambientais tais como a produção de água e chuva para outros estados brasileiros.
3. A possibilidade de cômputo da Área de Preservação Permanente no percentual de Reserva Legal.
Em algumas regiões do país isso pode significar que a Reserva Legal deixe de existir, pressupondo equivocadamente que a função ecológica e econômica da Reserva Legal possa ser cumprida pelas áreas de preservação permanente, onde o seu manejo é mais restritivo
4. A compensação da Reserva Legal mediante doação de área para regularização fundiária de terras de comunidades tradicionais ou a recuperação ambiental de áreas degradadas no mesmo estado em territórios de povos e populações tradicionais, assentamentos rurais ou em florestas públicas destinadas a comunidades locais.
Trata-se da transferência de ônus da regularização da reserva legal de propriedades privadas para comunidades tradicionais, restringindo a possibilidade dessa comunidade em decidir sobre o uso do seu território. A compensação obrigará a comunidade a manter essa área sob o mesmo regime da Reserva Legal. Trata-se de uma transferência de responsabilidade do poder público a terceiros. No caso da recuperação, cria um ônus pela responsabilidade de manutenção das áreas a serem recuperadas.
5. A falta de vinculação da concessão de crédito à regularização ambiental das propriedades rurais.
Com isso, mantém-se a possibilidade de acesso ao crédito rural pelas propriedades que desmataram áreas acima do permitido pelo Código Florestal brasileiro.
6. Falta de incentivos econômicos para recuperação e manutenção da Reserva Legal.
Perde-se a oportunidade de propor mecanismos econômicos para viabilizar um modelo de desenvolvimento econômico baseado na floresta em pé, explorando os seus produtos e serviços de forma sustentável.
Além disso, tendo em vista a rapidez com que vêm se dando as negociações em torno da proposta, houve pouca participação de representantes de organizações da sociedade civil, em especial das instituições que atuam em outros biomas igualmente importantes, como Caatinga e Cerrado, e do envolvimento da opinião pública brasileira. É fundamental que as conseqüências das propostas para estes biomas sejam devidamente analisadas e as mudanças avalizadas pela sociedade.
Propostas de alteração do Código Florestal devem estar baseadas em critérios objetivos, evitando-se um elevado grau de subjetividade a ser definido por regulamentações posteriores e a transferência da responsabilidade para os estados cuja estrutura de gestão ambiental é precária ou inexistente.
Aprimorar o Código Florestal, na lógica de otimizar o uso de áreas desmatadas e impedir novos desmatamentos é uma perspectiva positiva do ponto de vista sócio-ambiental. Para tanto, é fundamental que as mudanças consolidem um entendimento comum de valorização da floresta e que estejam de acordo com as expectativas da opinião pública brasileira.
As entidades ambientalistas reconhecem que é indispensável para o país promover o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. Combinar esses fatores à conservação dos recursos naturais, garantindo a integridade dos ecossistemas é fundamental para um desenvolvimento sustentável a longo prazo.
Entretanto, a crise climática global e o papel dos desmatamentos na emissão de gases do efeito estufa exigem uma postura enérgica de controle dos desmatamentos e manutenção dos ativos florestais existentes no país. A proposta tal como apresentada, ao contrário, contribui para a redução da cobertura florestal em um momento em que surgem os primeiros sinais de um aumento nos índices de desmatamento ao longo da fronteira agrícola brasileira.
É fundamental que a proposta como um todo seja revista de forma cuidadosa, com um amplo debate envolvendo a sociedade brasileira.
Amigos da Terra – Amazônia Brasileira
Associação de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do Itajaí (APREMAVI)
Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA)
Conservação Internacional (CI-Brasil)
Fundação CEBRAC
Greenpeace
Instituto Centro de Vida (ICV)
Instituto de Estudos Sócio-econômicos (INESC)
Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA)
Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN)
Instituto Socioambiental (ISA)
Rede Cerrado de ONGs
WWF - Brasil
21 grandes cidades ameaçadas pela mudança climática
Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova York e Los Angeles estão na lista do Instituto Worldwatch
Estadão.com.br, 20 de outubro de 2007, 17:20
Associated Press
BANGCOC - Das 33 cidades que deverão ter mais de 8 milhões de habitantes até 2015, 21 são altamente vulneráveis aos efeitos da mudança climática, como a elevação do nível dos oceanos, diz o Instituto Worldwatch.
Entre elas estão Daca, em Bangladesh; Buenos Aires; Rio de Janeiro; Xangai e Tianjin, na China; Alexandria e Cairo, no Egito; Mumbai, na Índia; Jacarta, na Indonésia; Tóquio, no Japão; Lagos, na Nigéria; além de Nova York e Los Angeles. O instituto cita estudos patrocinados pelas nações Unidas e outras entidades.
Mais de 10% da população humana, ou 643 milhões de pessoas, moram em áreas próximas ao nível do mar, sob risco da mudança climática, afirmam especialistas. As países mais ameaçados são China, Índia, Bangladesh,Vietnã, Indonésia, Japão, Egito, EUA, Tailândia e Filipinas.
Estadão.com.br, 20 de outubro de 2007, 17:20
Associated Press
BANGCOC - Das 33 cidades que deverão ter mais de 8 milhões de habitantes até 2015, 21 são altamente vulneráveis aos efeitos da mudança climática, como a elevação do nível dos oceanos, diz o Instituto Worldwatch.
Entre elas estão Daca, em Bangladesh; Buenos Aires; Rio de Janeiro; Xangai e Tianjin, na China; Alexandria e Cairo, no Egito; Mumbai, na Índia; Jacarta, na Indonésia; Tóquio, no Japão; Lagos, na Nigéria; além de Nova York e Los Angeles. O instituto cita estudos patrocinados pelas nações Unidas e outras entidades.
Mais de 10% da população humana, ou 643 milhões de pessoas, moram em áreas próximas ao nível do mar, sob risco da mudança climática, afirmam especialistas. As países mais ameaçados são China, Índia, Bangladesh,Vietnã, Indonésia, Japão, Egito, EUA, Tailândia e Filipinas.
Banco Mundial diz que biocombustível pode aumentar preço de alimento
Agência Brasil, 21 de Outubro de 2007 - 13h49
por Carolina Pimentel, Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de poder ajudar na redução das mudanças climáticas e da dependência do petróleo, o biocombustível pode também causar aumento no preço dos alimentos, no desmatamento das florestas e na disputa por terra e água. É o alerta do Banco Mundial (Bird) no Relatório sobre Desenvolvimento Mundial 2008 – Agricultura para o Desenvolvimento, divulgado pelo órgão na última sexta-feira (19), em Washington, capital dos Estados Unidos.
“A quantidade de grãos exigida para abastecer o tanque de um carro utilitário pode alimentar uma pessoa por um ano. A competição entre comida e combustível é real”, diz o documento, que fala ainda sobre a necessidade de governos e empresas investirem em pesquisas para a descoberta de matérias-primas diferentes dos alimentos básicos.
O Banco Mundial descreve o Brasil como “o maior e mais eficiente” produtor mundial de etanol (álcool combustível) a partir de cana-de-açúcar, que é de baixo custo. Mas ressalva que outros países em desenvolvimento têm poucas chances de chegar ao mesmo patamar com a tecnologia atual, de acesso restrito. De acordo com o relatório, dos cerca de 40 bilhões de litros produzidos em 2006, 42% vieram do Brasil, 46% dos Estados Unidos - que usam prioritariamente o milho - e 4% da União Européia.
O Bird avalia que as técnicas atuais têm favorecido quem produz em grande escala, mas cita cooperativas brasileiras que conseguiram incluir pequenos agricultores no processo.
O programa de biocombustíveis é um dos carros-chefe do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que rebate, com freqüência, críticas em relação à possibilidade de agravamento da fome. Segundo ele, o que leva pessoas a deixar de comer, na verdade, é a falta de dinheiro para comprar alimentos. O objetivo do governo brasileiro é estimular a produção de biocombustível na agricultura familiar.
por Carolina Pimentel, Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de poder ajudar na redução das mudanças climáticas e da dependência do petróleo, o biocombustível pode também causar aumento no preço dos alimentos, no desmatamento das florestas e na disputa por terra e água. É o alerta do Banco Mundial (Bird) no Relatório sobre Desenvolvimento Mundial 2008 – Agricultura para o Desenvolvimento, divulgado pelo órgão na última sexta-feira (19), em Washington, capital dos Estados Unidos.
“A quantidade de grãos exigida para abastecer o tanque de um carro utilitário pode alimentar uma pessoa por um ano. A competição entre comida e combustível é real”, diz o documento, que fala ainda sobre a necessidade de governos e empresas investirem em pesquisas para a descoberta de matérias-primas diferentes dos alimentos básicos.
O Banco Mundial descreve o Brasil como “o maior e mais eficiente” produtor mundial de etanol (álcool combustível) a partir de cana-de-açúcar, que é de baixo custo. Mas ressalva que outros países em desenvolvimento têm poucas chances de chegar ao mesmo patamar com a tecnologia atual, de acesso restrito. De acordo com o relatório, dos cerca de 40 bilhões de litros produzidos em 2006, 42% vieram do Brasil, 46% dos Estados Unidos - que usam prioritariamente o milho - e 4% da União Européia.
O Bird avalia que as técnicas atuais têm favorecido quem produz em grande escala, mas cita cooperativas brasileiras que conseguiram incluir pequenos agricultores no processo.
O programa de biocombustíveis é um dos carros-chefe do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que rebate, com freqüência, críticas em relação à possibilidade de agravamento da fome. Segundo ele, o que leva pessoas a deixar de comer, na verdade, é a falta de dinheiro para comprar alimentos. O objetivo do governo brasileiro é estimular a produção de biocombustível na agricultura familiar.
Cana ameaça a Amazônia, afirma integrante do IPCC
Folha Online, 20/10/2007 - 16h01
por MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
O climatologista e membro do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) Carlos Nobre, disse ontem em Campinas (95 km de SP) que a expansão do plantio da cana-de-açúcar é uma ameaça à Amazônia.
Nobre integrou a equipe de 600 cientistas de todo o mundo premiada com o prêmio Nobel da Paz pelo relatório sobre mudanças climáticas globais.
Ele defendeu um zoneamento nacional para este tipo de agricultura. "[A cana] É potencialmente uma ameaça. Tem de ter um zoneamento nacional. O que os estudos indicam é que a vocação da Amazônia não é propícia para o plantio da cana", disse ele.
O climatologista afirmou também que defende a tendência de desmatamento zero na Amazônia. Para ele, há muitas áreas já destruídas e que estão abandonadas, podendo servir para uso da agricultura ou da pecuária.
"Sou a favor da tendência ao desmatamento zero, porque não é necessário desmatar", disse. "O desmatamento está alicerçado numa lógica muito fortemente embasada na ilegalidade. É uma indústria da ilegalidade e tem dinheiro envolvido", afirmou.
"Não tem sentido você expandir a fronteira agrícola antes de dar melhor uso para as áreas já desmatadas. Boa parte das áreas desmatadas terão de ser recuperadas."
Bush
Nobre afirmou que o reconhecimento do relatório que deu o prêmio à equipe - dividido com o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore - representou uma derrota para o presidente norte-americano George W. Bush.
"A derrota do Bush foi a contundência do relatório e o fato de que ele [Bush] teve que se vergar ao relatório. Ele teve que mudar o discurso por causa do relatório. Ele não mudou fundamentalmente. Ele mudou só o discurso", disse o cientista, que já foi chefe do CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"O presidente Bush criticou demais o IPCC e a premiação vem resgatar uma credibilidade do processo, que tem um método transparente e único", afirmou. "Não é mais proibido dizer, no governo americano, que são sim as ações humanas que são as responsáveis pela maior parte do aumento do aquecimento global."
Irreversível
Para Nobre, as mudanças climáticas pelas quais passa o mundo são irreversíveis. "Os gases que nós já colocamos na atmosfera vão permanecer na atmosfera por milênios. O impacto já foi dado pelo que já fizemos. Todo mundo tem que entender que este é um problema que não tem mais conserto. Não dá mais para reverter o aquecimento global. O que nós fazemos é lutar para minimizar o impacto."
por MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
O climatologista e membro do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) Carlos Nobre, disse ontem em Campinas (95 km de SP) que a expansão do plantio da cana-de-açúcar é uma ameaça à Amazônia.
Nobre integrou a equipe de 600 cientistas de todo o mundo premiada com o prêmio Nobel da Paz pelo relatório sobre mudanças climáticas globais.
Ele defendeu um zoneamento nacional para este tipo de agricultura. "[A cana] É potencialmente uma ameaça. Tem de ter um zoneamento nacional. O que os estudos indicam é que a vocação da Amazônia não é propícia para o plantio da cana", disse ele.
O climatologista afirmou também que defende a tendência de desmatamento zero na Amazônia. Para ele, há muitas áreas já destruídas e que estão abandonadas, podendo servir para uso da agricultura ou da pecuária.
"Sou a favor da tendência ao desmatamento zero, porque não é necessário desmatar", disse. "O desmatamento está alicerçado numa lógica muito fortemente embasada na ilegalidade. É uma indústria da ilegalidade e tem dinheiro envolvido", afirmou.
"Não tem sentido você expandir a fronteira agrícola antes de dar melhor uso para as áreas já desmatadas. Boa parte das áreas desmatadas terão de ser recuperadas."
Bush
Nobre afirmou que o reconhecimento do relatório que deu o prêmio à equipe - dividido com o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore - representou uma derrota para o presidente norte-americano George W. Bush.
"A derrota do Bush foi a contundência do relatório e o fato de que ele [Bush] teve que se vergar ao relatório. Ele teve que mudar o discurso por causa do relatório. Ele não mudou fundamentalmente. Ele mudou só o discurso", disse o cientista, que já foi chefe do CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
"O presidente Bush criticou demais o IPCC e a premiação vem resgatar uma credibilidade do processo, que tem um método transparente e único", afirmou. "Não é mais proibido dizer, no governo americano, que são sim as ações humanas que são as responsáveis pela maior parte do aumento do aquecimento global."
Irreversível
Para Nobre, as mudanças climáticas pelas quais passa o mundo são irreversíveis. "Os gases que nós já colocamos na atmosfera vão permanecer na atmosfera por milênios. O impacto já foi dado pelo que já fizemos. Todo mundo tem que entender que este é um problema que não tem mais conserto. Não dá mais para reverter o aquecimento global. O que nós fazemos é lutar para minimizar o impacto."
Buraco da camada de ozônio volta ao tamanho normal
Compostos que consomem o ozônio podem permanecer na atmosfera por até 100 anos
Fonte: Estadao.com.br / Associated Press, 19 de outubro de 2007, 19:45
WASHINGTON - O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida voltou ao tamanho normal, encolhendo 16% em relação à abertura recorde registrada em 2006, informa a Nasa. Agora, ele tem "apenas" uma área igual à da América do Norte. Em setembro, o buraco atingiu o tamanho máximo para este ano de 25,1 milhões de quilômetros quadrados, abaixo do pico de 28,5 milhões, registrado no ano passado, disse o cientista Paul Newman, da Nasa.
Gases produzidos por atividade humana, contendo cloro e bromo, danificam a camada de ozônio, que protege a Terra dos gases ultravioleta do Sol. Como esses raios podem ser prejudiciais à saúde humana, há 20 anos países de diversas partes do mundo concordaram em proibir muitos compostos à base desses gases.
O buraco foi detectado pela primeira vez em 1985. Na taxa atual, deverá se fechar por volta de 2070, segundo Newman.
A despeito do sucesso da proibição dos gases que consomem o ozônio, esses compostos permanecem na atmosfera por até 100 anos, e o total de gases contendo cloro no ar caiu apenas 3,1% desde 2001, de acordo com Newman. O cientista atribui as variações no tamanho do buraco a condições climáticas.
"Não há como dizer que estamos vendo uma melhora real. Está menor por conta da situação do clima", afirmou.
Fonte: Estadao.com.br / Associated Press, 19 de outubro de 2007, 19:45

Gases produzidos por atividade humana, contendo cloro e bromo, danificam a camada de ozônio, que protege a Terra dos gases ultravioleta do Sol. Como esses raios podem ser prejudiciais à saúde humana, há 20 anos países de diversas partes do mundo concordaram em proibir muitos compostos à base desses gases.
O buraco foi detectado pela primeira vez em 1985. Na taxa atual, deverá se fechar por volta de 2070, segundo Newman.
A despeito do sucesso da proibição dos gases que consomem o ozônio, esses compostos permanecem na atmosfera por até 100 anos, e o total de gases contendo cloro no ar caiu apenas 3,1% desde 2001, de acordo com Newman. O cientista atribui as variações no tamanho do buraco a condições climáticas.
"Não há como dizer que estamos vendo uma melhora real. Está menor por conta da situação do clima", afirmou.
Desmatamento cresce 600% na fronteira do Brasil com a Bolívia
Fonte: Último Segundo, 21/10 - 03:56
SÃO PAULO - Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), coletados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), mostram que na região da fronteira de Rondônia com a Bolívia, que vai dos municípios de Guajará-Mirim a Costa Marques, a derrubada de floresta cresceu 600% entre setembro de 2006 e o mesmo período deste ano. As informações são do “Estado de São Paulo”.
Pelas imagens do satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece as informações para o sistema Deter, o "arco do desmatamento" em Rondônia concentra-se em uma região que começa na capital, Porto Velho, passa por Jaciparaná, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, e desemboca em Costa Marques.
Causas
Os funcionários do Ibama e dos órgãos estaduais de administração do meio ambiente detectam, preliminarmente, dois problemas que podem ter contribuído para a explosão do desmatamento nas regiões beirando os Rios Mamoré e Madeira.
Eles falam no incremento de atividade econômica provocado pela expectativa da construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, prevista para acontecer entre 2008 e 2012, e na transferência da União para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em agosto do ano passado, da responsabilidade pela concessão de autorizações para manejo na floresta. Isso inclui a concessão para as empresas comprarem e venderem madeira.
"Em certas áreas, houve aumento de devastação de mais de 600%. Não estou falando nem de 6% nem de 60%. Estou falando de 600% concentrados principalmente na região da fronteira, onde há uma quantidade considerável de terras públicas com grande cobertura vegetal", disse Nanci ao Estado.
"Antes era só o Ibama que dava a concessão (para o manejo da floresta). O Estado não tem interesse em combater o desmatamento", acrescentou a diretora de Fiscalização. Essa concessão estadual nasceu a partir da legislação de gestão de florestas públicas, aprovada pelo Congresso e que entrou em vigor em agosto de 2006.
SÃO PAULO - Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), coletados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), mostram que na região da fronteira de Rondônia com a Bolívia, que vai dos municípios de Guajará-Mirim a Costa Marques, a derrubada de floresta cresceu 600% entre setembro de 2006 e o mesmo período deste ano. As informações são do “Estado de São Paulo”.
Pelas imagens do satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece as informações para o sistema Deter, o "arco do desmatamento" em Rondônia concentra-se em uma região que começa na capital, Porto Velho, passa por Jaciparaná, Nova Mamoré e Guajará-Mirim, e desemboca em Costa Marques.
Causas
Os funcionários do Ibama e dos órgãos estaduais de administração do meio ambiente detectam, preliminarmente, dois problemas que podem ter contribuído para a explosão do desmatamento nas regiões beirando os Rios Mamoré e Madeira.
Eles falam no incremento de atividade econômica provocado pela expectativa da construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, prevista para acontecer entre 2008 e 2012, e na transferência da União para a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em agosto do ano passado, da responsabilidade pela concessão de autorizações para manejo na floresta. Isso inclui a concessão para as empresas comprarem e venderem madeira.
"Em certas áreas, houve aumento de devastação de mais de 600%. Não estou falando nem de 6% nem de 60%. Estou falando de 600% concentrados principalmente na região da fronteira, onde há uma quantidade considerável de terras públicas com grande cobertura vegetal", disse Nanci ao Estado.
"Antes era só o Ibama que dava a concessão (para o manejo da floresta). O Estado não tem interesse em combater o desmatamento", acrescentou a diretora de Fiscalização. Essa concessão estadual nasceu a partir da legislação de gestão de florestas públicas, aprovada pelo Congresso e que entrou em vigor em agosto de 2006.
EDP quer diversificar investimentos no Brasil
A empresa tem um plano de R$ 2,2 bilhões para novos investimentos até 2010 na geração de energia no Brasil.
Hidrelétricas, termelétricas a carvão e eólicas interessam à EDP no Brasil.
Portugal Digital - Brasil/Portugal - 21/10/2007 - 17:30
Brasília – O presidente da Energias de Portugal (EDP), controladora da Energias do Brasil, António Mexia, afirmou em entrevista divulgada na edição deste domingo, 21, do jornal "O Globo", que o alvo da empresa no Brasil para novos investimentos até 2010 é a geração de energia, com um plano de R$ 2,2 bilhões. "Estudamos construir mais de 20 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que somariam cerca de 540 megawatts. E também queremos investir em usinas térmicas a carvão, porque ficam prontas mais rápido, em cerca de três anos", afirmou Mexia, acrescentando o interesse de investir em energia eólica.
"Já somos o quarto maior player de energia eólica do mundo. Sem dúvidas, o Brasil oferece condições físicas muito boas, mas não posso dizer o mesmo em relação ao marco regulatório", enfatizou.
Em entrevista ao Portugal Digital, o presidente da Energias do Brasil, Martins da Costa, também se referiu ao potencial do Brasil, mas lembrou que os problemas e as dificuldades para novos investimentos no setor elétrico persistem. Martins da Costa divide as funções no Brasil com o comando da norte-americana Horizon Wind Energy, que inaugurou recentemente o parque eólico "Prairie Star", no estado de Minnesota. A aquisição da Horizon Wind Energy custou à EDP US$ 2,7 bilhões.
A opinião dos executivos é a mesma quanto a investir no Brasil. "O Brasil é um país que conta hoje com estabilidade econômica e bom capital humano. O problema está nas mudanças nas regras do jogo. Mas, sem dúvida, vale a pena investir no país", disse António Mexia.
Energias do Brasil aumenta distribuição de janeiro a setembro
O volume total de energia distribuída pela Energias do Brasil cresceu 3,8% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2006 e 3,6% no terceiro trimestre frente a idêntico período de 2006, principalmente como reflexo do crescimento de volume nas classes residencial, comercial e clientes livres.
A Energias do Brasil revelou, em seu relatório de desempenho operacional do terceiro trimestre que o volume distribuído na classe residencial cresceu 4,4% nos nove meses e 3,4% no trimestre, "devido ao aumento no número de clientes nas áreas de concessão".
De janeiro a setembro, por seu lado, o volume na classe comercial aumentou 6,4%, crescendo 4,5% no terceiro trimestre, o que, de acordo com a Energias do Brasil, reflete "as boas condições econômicas nas regiões da Bandeirante e Escelsa e a recuperação gradual do agronegócio na Enersul".
O segmento industrial, ajustado pela migração de clientes finais para o mercado livre, também contribuiu para o crescimento do volume distribuído. Nos nove meses, o volume aumentou 6,4% e no trimestre cresceu 6,5%, com destaque para as indústrias nas regiões
da Bandeirante e Escelsa e a recuperação da economia na área da Enersul.
No total da energia distribuída a Bandeirante teve um aumento de 3,6% nos primeiros nove meses do ano, a Escelsa registrou um crescimento de 4,1% e a Enersul apresentou uma subida de 4,4%.
Hidrelétricas, termelétricas a carvão e eólicas interessam à EDP no Brasil.
Portugal Digital - Brasil/Portugal - 21/10/2007 - 17:30
Brasília – O presidente da Energias de Portugal (EDP), controladora da Energias do Brasil, António Mexia, afirmou em entrevista divulgada na edição deste domingo, 21, do jornal "O Globo", que o alvo da empresa no Brasil para novos investimentos até 2010 é a geração de energia, com um plano de R$ 2,2 bilhões. "Estudamos construir mais de 20 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que somariam cerca de 540 megawatts. E também queremos investir em usinas térmicas a carvão, porque ficam prontas mais rápido, em cerca de três anos", afirmou Mexia, acrescentando o interesse de investir em energia eólica.
"Já somos o quarto maior player de energia eólica do mundo. Sem dúvidas, o Brasil oferece condições físicas muito boas, mas não posso dizer o mesmo em relação ao marco regulatório", enfatizou.
Em entrevista ao Portugal Digital, o presidente da Energias do Brasil, Martins da Costa, também se referiu ao potencial do Brasil, mas lembrou que os problemas e as dificuldades para novos investimentos no setor elétrico persistem. Martins da Costa divide as funções no Brasil com o comando da norte-americana Horizon Wind Energy, que inaugurou recentemente o parque eólico "Prairie Star", no estado de Minnesota. A aquisição da Horizon Wind Energy custou à EDP US$ 2,7 bilhões.
A opinião dos executivos é a mesma quanto a investir no Brasil. "O Brasil é um país que conta hoje com estabilidade econômica e bom capital humano. O problema está nas mudanças nas regras do jogo. Mas, sem dúvida, vale a pena investir no país", disse António Mexia.
Energias do Brasil aumenta distribuição de janeiro a setembro
O volume total de energia distribuída pela Energias do Brasil cresceu 3,8% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período de 2006 e 3,6% no terceiro trimestre frente a idêntico período de 2006, principalmente como reflexo do crescimento de volume nas classes residencial, comercial e clientes livres.
A Energias do Brasil revelou, em seu relatório de desempenho operacional do terceiro trimestre que o volume distribuído na classe residencial cresceu 4,4% nos nove meses e 3,4% no trimestre, "devido ao aumento no número de clientes nas áreas de concessão".
De janeiro a setembro, por seu lado, o volume na classe comercial aumentou 6,4%, crescendo 4,5% no terceiro trimestre, o que, de acordo com a Energias do Brasil, reflete "as boas condições econômicas nas regiões da Bandeirante e Escelsa e a recuperação gradual do agronegócio na Enersul".
O segmento industrial, ajustado pela migração de clientes finais para o mercado livre, também contribuiu para o crescimento do volume distribuído. Nos nove meses, o volume aumentou 6,4% e no trimestre cresceu 6,5%, com destaque para as indústrias nas regiões
da Bandeirante e Escelsa e a recuperação da economia na área da Enersul.
No total da energia distribuída a Bandeirante teve um aumento de 3,6% nos primeiros nove meses do ano, a Escelsa registrou um crescimento de 4,1% e a Enersul apresentou uma subida de 4,4%.
Bicicletas ("vélib") para São Paulo
Conversa Afiada, 07/10/2007 14:52h
por Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 681
. Meu amigo Luiz Felipe de Alencastro não quer saber de outra vida: só anda de bicicleta em Paris.
. Mas, não é qualquer bicicleta.
. É a "vélib", o neologismo para a combinação de "bicicleta" com "liberdade", concebido pelo prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, um gay assumido.
. Delanoe abriu 750 estacionamentos pela cidade, onde você pode pegar e deixar uma bicicleta.
. Basta se inscrever no programa, pagar um depósito (uma espécie de caução contra roubo e batidas) e, depois, com a ajuda de um cartão magnético, uma taxa anual.
. Baratíssimo.
. As bicicletas são fortalecidas – muitas feitas em Portugal – e estão sempre de farol ligado.
. E é praticamente impossível arrancá-las dos pontos fixos no estacionamento: só saem depois que o cartão passa na maquininha- leitora.
. São concebidas para distâncias curtas.
. E você tem que respeitar um espaço de cinco minutos entre deixar uma e pegar outra.
. Nesse momento, 15 mil bicicletas "vélib" e mais de um milhão de assinantes trafegam por Paris.
. Neste sábado, de um sol intenso e sem calor, tinha-se a impressão de que a cidade inteira, menos o Felipe, com quem tomei umas boas doses de vinho branco na Bastille, estava numa "vélib".
. Aqui em São Paulo, se emplacam 800 carros por dia.
. E onde o presidente eleito José Serra, quando prefeito, só tomou uma providência sobre o trânsito – diminuir o espaço para as motos numa avenida importante, a 23 de Maio ...
. Onde agora, o presidente eleito e o prefeito Gilberto Kassab, aparentemente, querem colocar um chip nos carros para arrecadar mais dinheiro ...
. Numa cidade em que, daqui a alguns anos, haverá o engarrafamento do Juízo Final: não se conseguirá sair dos carros, e a civilização se realizará dentro deles ...
. Em São Paulo, o problema do trânsito é um tabu.
. Ninguém fala dele.
. Pode ser depreciativo.
. Eu falo: façam como o Felipe e o prefeito gay de Paris: queremos uma "vélib" !
para visitar o site "Vélib – a vida é mais bela de bicicleta": http://www.velib.paris.fr/comment_ca_marche
por Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 681
. Meu amigo Luiz Felipe de Alencastro não quer saber de outra vida: só anda de bicicleta em Paris.
. Mas, não é qualquer bicicleta.
. É a "vélib", o neologismo para a combinação de "bicicleta" com "liberdade", concebido pelo prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, um gay assumido.
. Delanoe abriu 750 estacionamentos pela cidade, onde você pode pegar e deixar uma bicicleta.
. Basta se inscrever no programa, pagar um depósito (uma espécie de caução contra roubo e batidas) e, depois, com a ajuda de um cartão magnético, uma taxa anual.
. Baratíssimo.
. As bicicletas são fortalecidas – muitas feitas em Portugal – e estão sempre de farol ligado.
. E é praticamente impossível arrancá-las dos pontos fixos no estacionamento: só saem depois que o cartão passa na maquininha- leitora.
. São concebidas para distâncias curtas.
. E você tem que respeitar um espaço de cinco minutos entre deixar uma e pegar outra.
. Nesse momento, 15 mil bicicletas "vélib" e mais de um milhão de assinantes trafegam por Paris.
. Neste sábado, de um sol intenso e sem calor, tinha-se a impressão de que a cidade inteira, menos o Felipe, com quem tomei umas boas doses de vinho branco na Bastille, estava numa "vélib".
. Aqui em São Paulo, se emplacam 800 carros por dia.
. E onde o presidente eleito José Serra, quando prefeito, só tomou uma providência sobre o trânsito – diminuir o espaço para as motos numa avenida importante, a 23 de Maio ...
. Onde agora, o presidente eleito e o prefeito Gilberto Kassab, aparentemente, querem colocar um chip nos carros para arrecadar mais dinheiro ...
. Numa cidade em que, daqui a alguns anos, haverá o engarrafamento do Juízo Final: não se conseguirá sair dos carros, e a civilização se realizará dentro deles ...
. Em São Paulo, o problema do trânsito é um tabu.
. Ninguém fala dele.
. Pode ser depreciativo.
. Eu falo: façam como o Felipe e o prefeito gay de Paris: queremos uma "vélib" !
para visitar o site "Vélib – a vida é mais bela de bicicleta": http://www.velib.paris.fr/comment_ca_marche
Justiça suspende plantio de milho transgênico no PR
Portal EXAME | 16.10.2007 | 17h29
Por Evandro Fadel
Agência Estado - A Justiça Federal em Curitiba suspendeu, em decisão proferida na semana passada, a liberação do milho geneticamente modificado MON810, da Monsanto. A Justiça também determinou que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) não autorize a liberação comercial de milho transgênico sem que sejam tomadas preliminarmente "medidas de biossegurança que garantam a coexistência das variedades orgânicas, convencionais ou ecológicas com as variedades transgênicas". A Procuradoria Geral da União, em Curitiba, informou que, até a tarde de hoje (16/10), não tinha recebido a notificação.
A determinação para que fossem adotadas medidas de segurança foi emitida pela Justiça em junho, quando a juíza federal substituta Pepita Durski Tramontini Mazini, da Vara Ambiental, Residual e Agrária de Curitiba, analisou recurso da Procuradoria contra a suspensão da licença para o plantio da semente Liberty Link, da Bayer. A União editou, então, uma resolução normativa, estabelecendo o distanciamento necessário entre as culturas. No entanto, a medida não foi considerada suficiente pela juíza que, na decisão da semana passada, também ratificou a liminar suspendendo a liberação da Liberty Link.
"É certo que este Juízo não detém o conhecimento necessário para indicar exatamente quais regras de coexistência devem ser elaboradas pela comissão. Contudo, é evidente que, mesmo para o homem médio, exclusivamente a determinação do distanciamento mínimo entre as espécies de milho não se mostra suficiente a tanto", registrou a juíza. "Vislumbra-se que não foi apontada nenhuma medida de biossegurança, procedimentos, restrições, etc., conforme determina a Lei de Biossegurança".
Por Evandro Fadel
Agência Estado - A Justiça Federal em Curitiba suspendeu, em decisão proferida na semana passada, a liberação do milho geneticamente modificado MON810, da Monsanto. A Justiça também determinou que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) não autorize a liberação comercial de milho transgênico sem que sejam tomadas preliminarmente "medidas de biossegurança que garantam a coexistência das variedades orgânicas, convencionais ou ecológicas com as variedades transgênicas". A Procuradoria Geral da União, em Curitiba, informou que, até a tarde de hoje (16/10), não tinha recebido a notificação.
A determinação para que fossem adotadas medidas de segurança foi emitida pela Justiça em junho, quando a juíza federal substituta Pepita Durski Tramontini Mazini, da Vara Ambiental, Residual e Agrária de Curitiba, analisou recurso da Procuradoria contra a suspensão da licença para o plantio da semente Liberty Link, da Bayer. A União editou, então, uma resolução normativa, estabelecendo o distanciamento necessário entre as culturas. No entanto, a medida não foi considerada suficiente pela juíza que, na decisão da semana passada, também ratificou a liminar suspendendo a liberação da Liberty Link.
"É certo que este Juízo não detém o conhecimento necessário para indicar exatamente quais regras de coexistência devem ser elaboradas pela comissão. Contudo, é evidente que, mesmo para o homem médio, exclusivamente a determinação do distanciamento mínimo entre as espécies de milho não se mostra suficiente a tanto", registrou a juíza. "Vislumbra-se que não foi apontada nenhuma medida de biossegurança, procedimentos, restrições, etc., conforme determina a Lei de Biossegurança".
Motos elétricas já estão comercialmente disponíveis no Brasil
Scooter elétrica da E_comove - Programa Auto Esporte
www.e-comove.com
Scooters elétricas SS500 E S1000 da Motor-Z - vídeo promocional
www.motor-z.com.br
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Empresa desenvolve aquecedor solar de alta eficiência que não se deteriora com a maresia

Esta iniciativa era inviável em cidades litorâneas, onde a preocupação com a natureza aumenta devido às diversas belezas naturais e o grande fluxo de turistas. O ar úmido e a maresia oxidam os metais e compromete o bom funcionamento do aquecedor solar.
Para solucionar este problema a Alpina Termoplásticos desenvolveu a linha ALO Solar totalmente em plástico de engenharia, o que faz com que seus sistemas de aquecimento solar de água não deteriorem com chuvas, granizo, congelamento ou maresia.
Tanto os reservatórios térmicos como as placas coletoras que compõem o sistema de aquecimento solar ALO Solar alcançaram os melhores índices de eficiência energética em testes do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e receberam o Selo Procel concedido pela Eletrobrás aos produtos que reduzem o consumo de energia elétrica.
EDP adquire turbinas para usinas
Fonte: Gazeta Mercantil, 28/09/2007
A Energias de Portugal (EDP) celebrou com a GE Energy um acordo global para a sua área das renováveis, com objetivo de fornecer turbinas eólicas com uma capacidade total de 500 megawatts. Os projetos eólicos serão desenvolvidos pela EDP em 2008 e 2009, na Europa e nos Estados Unidos.
Com isso, a GE irá fornecer à Neo Energia, subsidiária européia das renováveis da EDP, 80 turbinas eólicas para novos projetos na Europa e outras 201 turbinas de 1,5 MW à Horizon Wind Energy, subsidiária americana da EDP, para projetos nos Estados Unidos, cujos locais ainda não estão definidos.
"Nos Estados Unidos e em todo o mundo, continuamos a assistir a um forte interesse pela produção de eletricidade limpa, de origem eólica", afirmou Victor Abate, vice-presidente das Renováveis da GE Energy. Só nos Estados Unidos, foram instalados em 2006 mais de 2.400 megawatts de energia eólica, enquanto no mundo foram mais de 15 mil megawatts, de acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC).
Victor Abate acrescenta que "a EDP está empenhada em expandir sua carteira de projetos eólicos, para ajudar a dar resposta à crescente procura global, e estamos muito satisfeitos por nossa tecnologia ter sido escolhida para apoiar esse esforço".
Do lado da EDP, segundo o presidente do Conselho de Administração Executivo, António Mexia, "o acordo com a GE é muito bem recebido, uma vez que quase completa (mais de 90%) a necessidade da EDP de geradores de energia elólica até 2009, o que é particularmente importante em termos de credibilidade na execução do pipeline da EDP, devido à disparidade entre oferta e procura desses equipamentos". Mexia ressalta que "a EDP prometeu ao mercado que iria ser bem-sucedida, e este é um importante passo para alcançar os objetivos anunciados em termos de megawatts/ano gerados".
A componente européia do acordo representa o maior fornecimento de turbinas eólicas 2.5xl da GE até o momento. Apresentada no ano passado, a 2.5xl é a maior turbina eólica da GE para aplicações em terra, e é concebida para satisfazer as exigências imediatas da União Européia, na qual a falta de terreno disponível limita a dimensão dos projetos.
(Redação - InvestNews)
A Energias de Portugal (EDP) celebrou com a GE Energy um acordo global para a sua área das renováveis, com objetivo de fornecer turbinas eólicas com uma capacidade total de 500 megawatts. Os projetos eólicos serão desenvolvidos pela EDP em 2008 e 2009, na Europa e nos Estados Unidos.
Com isso, a GE irá fornecer à Neo Energia, subsidiária européia das renováveis da EDP, 80 turbinas eólicas para novos projetos na Europa e outras 201 turbinas de 1,5 MW à Horizon Wind Energy, subsidiária americana da EDP, para projetos nos Estados Unidos, cujos locais ainda não estão definidos.
"Nos Estados Unidos e em todo o mundo, continuamos a assistir a um forte interesse pela produção de eletricidade limpa, de origem eólica", afirmou Victor Abate, vice-presidente das Renováveis da GE Energy. Só nos Estados Unidos, foram instalados em 2006 mais de 2.400 megawatts de energia eólica, enquanto no mundo foram mais de 15 mil megawatts, de acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC).
Victor Abate acrescenta que "a EDP está empenhada em expandir sua carteira de projetos eólicos, para ajudar a dar resposta à crescente procura global, e estamos muito satisfeitos por nossa tecnologia ter sido escolhida para apoiar esse esforço".
Do lado da EDP, segundo o presidente do Conselho de Administração Executivo, António Mexia, "o acordo com a GE é muito bem recebido, uma vez que quase completa (mais de 90%) a necessidade da EDP de geradores de energia elólica até 2009, o que é particularmente importante em termos de credibilidade na execução do pipeline da EDP, devido à disparidade entre oferta e procura desses equipamentos". Mexia ressalta que "a EDP prometeu ao mercado que iria ser bem-sucedida, e este é um importante passo para alcançar os objetivos anunciados em termos de megawatts/ano gerados".
A componente européia do acordo representa o maior fornecimento de turbinas eólicas 2.5xl da GE até o momento. Apresentada no ano passado, a 2.5xl é a maior turbina eólica da GE para aplicações em terra, e é concebida para satisfazer as exigências imediatas da União Européia, na qual a falta de terreno disponível limita a dimensão dos projetos.
(Redação - InvestNews)
Plantio de cana na Amazônia
Marina cobra Stephanes sobre cana
Ministra do Meio Ambiente pede explicações a colega da Agricultura, que falou de plantio em áreas da Amazônia
por Fabíola Salvador
Fonte: O Estado de S.Paulo, 29/09/2007
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ligou ontem para seu colega da Agricultura, Reinhold Stephanes, para cobrar esclarecimentos sobre a declaração do ministro, que afirmou na quinta-feira que o governo poderá autorizar o plantio de cana-de-açúcar em áreas degradadas ou devastadas da Amazônia. “Na conversa, a ministra confirmou e reafirmou que não há a menor hipótese de o governo estimular o plantio que leve direta ou indiretamente ao desmatamento da Amazônia”, contou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco. Marina está em Brasília e Stephanes viajou no fim da tarde de quinta-feira para Curitiba.
Capobianco lembrou que o governo está elaborando um zoneamento para a cana e o estudo deve ficar pronto em meados do ano que vem. O zoneamento indicará as áreas ideais e as proibidas para os canaviais, segundo ele. “Não haverá estímulo ou permissão para o plantio de cana na Amazônia. A tendência, no governo, é a de não estimular o plantio na região.”
Leia notícia completa aqui.
==
'Ameaça é o efeito dominó', diz diretor da Conservation International
Para ambientalistas, floresta pode ser prejudicada
por Andrea Vialli e Jamil Chade
Fonte: O Estado de S.Paulo - 29/09/2007
As declarações do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, favoráveis à entrada da cana-de-açúcar em áreas da Amazônia repercutiram negativamente entre representantes do movimento ambientalista no Brasil e também na União Européia.
“O grande problema é que a expansão da cana para essas áreas pode repetir o ‘efeito dominó’ já verificado com outras culturas - quando a soja avançou para áreas de pastagens e essas, por sua vez, migraram para áreas de florestas”, explica Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da ONG Conservation International.
“O etanol está sendo proclamado pelo mundo afora como a primeira commodity ‘verde’, e não faz sentido que sua produção gere impactos sobre áreas de preservação como a Amazônia”, diz. Segundo Prado, o argumento de que a cana vai recuperar áreas degradadas é duvidoso. “A cana é uma cultura que tende a esgotar mais o solo e não recuperar.”
Leia notícia completa aqui.
Ministra do Meio Ambiente pede explicações a colega da Agricultura, que falou de plantio em áreas da Amazônia
por Fabíola Salvador
Fonte: O Estado de S.Paulo, 29/09/2007
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ligou ontem para seu colega da Agricultura, Reinhold Stephanes, para cobrar esclarecimentos sobre a declaração do ministro, que afirmou na quinta-feira que o governo poderá autorizar o plantio de cana-de-açúcar em áreas degradadas ou devastadas da Amazônia. “Na conversa, a ministra confirmou e reafirmou que não há a menor hipótese de o governo estimular o plantio que leve direta ou indiretamente ao desmatamento da Amazônia”, contou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco. Marina está em Brasília e Stephanes viajou no fim da tarde de quinta-feira para Curitiba.
Capobianco lembrou que o governo está elaborando um zoneamento para a cana e o estudo deve ficar pronto em meados do ano que vem. O zoneamento indicará as áreas ideais e as proibidas para os canaviais, segundo ele. “Não haverá estímulo ou permissão para o plantio de cana na Amazônia. A tendência, no governo, é a de não estimular o plantio na região.”
Leia notícia completa aqui.
==
'Ameaça é o efeito dominó', diz diretor da Conservation International
Para ambientalistas, floresta pode ser prejudicada
por Andrea Vialli e Jamil Chade
Fonte: O Estado de S.Paulo - 29/09/2007
As declarações do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, favoráveis à entrada da cana-de-açúcar em áreas da Amazônia repercutiram negativamente entre representantes do movimento ambientalista no Brasil e também na União Européia.
“O grande problema é que a expansão da cana para essas áreas pode repetir o ‘efeito dominó’ já verificado com outras culturas - quando a soja avançou para áreas de pastagens e essas, por sua vez, migraram para áreas de florestas”, explica Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da ONG Conservation International.
“O etanol está sendo proclamado pelo mundo afora como a primeira commodity ‘verde’, e não faz sentido que sua produção gere impactos sobre áreas de preservação como a Amazônia”, diz. Segundo Prado, o argumento de que a cana vai recuperar áreas degradadas é duvidoso. “A cana é uma cultura que tende a esgotar mais o solo e não recuperar.”
Leia notícia completa aqui.
Brasil já tem mais biodiesel do que precisa
Muitas empresas que investiram nesse mercado podem fechar antes de empreendimento decolar
por Marcelo Rehder
Fonte: O Estado de S.Paulo - 30/09/2007
A febre do biodiesel deverá provocar sobras do combustível e prejuízos para empresas que investiram nesse mercado no Brasil. Muitas delas podem encerrar as atividades antes mesmo do empreendimento decolar.
Segundo o Ministério das Minas e Energia, o País já tem capacidade de produzir mais que o dobro da quantidade de biodiesel necessária para atingir a cota de 2% de adição ao óleo diesel, que passa a ser obrigatória a partir de janeiro de 2008.
Para ler o artigo completo, clique aqui
por Marcelo Rehder
Fonte: O Estado de S.Paulo - 30/09/2007
A febre do biodiesel deverá provocar sobras do combustível e prejuízos para empresas que investiram nesse mercado no Brasil. Muitas delas podem encerrar as atividades antes mesmo do empreendimento decolar.
Segundo o Ministério das Minas e Energia, o País já tem capacidade de produzir mais que o dobro da quantidade de biodiesel necessária para atingir a cota de 2% de adição ao óleo diesel, que passa a ser obrigatória a partir de janeiro de 2008.
Para ler o artigo completo, clique aqui
Justiça dá dez dias para Vale depositar R$ 1,3 mi para índios no Pará
Valor é referente a parcelas da compensação pelo Programa Grande Carajás
por Helena Palmquist e Murilo Hildebrand de Abreu
Fonte: MPF - Ministério Público Federal - 01/10/2007
A Justiça Federal em Marabá, no Pará, determinou que a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) deposite, dentro de dez dias, 1,3 milhão de reais referentes ao pagamento das prestações de abril a julho deste ano das compensações à população indígena xikrin pelos impactos do Programa Grande Carajás, em Parauapebas, no sul do Estado. A decisão, do juiz Carlos Henrique Haddad, foi publicada no dia 27 de setembro.
A cobrança das compensações foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em ação civil pública ajuizada em novembro de 2006. O objetivo do MPF e da Funai é que seja definido, judicialmente e "de uma vez por todas, a origem e os contornos da responsabilidade da CVRD em relação a uma comunidade tradicional, diretamente impactada pela atividade empresarial".
Para o MPF, o repasse de recursos da empresa aos índios é indiscutível ônus da atividade mineradora, além de ter sido expressamente determinado no decreto presidencial que liberou a exploração dos recursos minerais. Pelo decreto, a CVRD é obrigada a "amparar as populações indígenas existentes nas proximidades da área concedida", o que é feito por meio do convênio 453/89, assinado entre a CVRD, a Funai e as comunidades xikrin.
por Helena Palmquist e Murilo Hildebrand de Abreu
Fonte: MPF - Ministério Público Federal - 01/10/2007
A Justiça Federal em Marabá, no Pará, determinou que a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) deposite, dentro de dez dias, 1,3 milhão de reais referentes ao pagamento das prestações de abril a julho deste ano das compensações à população indígena xikrin pelos impactos do Programa Grande Carajás, em Parauapebas, no sul do Estado. A decisão, do juiz Carlos Henrique Haddad, foi publicada no dia 27 de setembro.
A cobrança das compensações foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em ação civil pública ajuizada em novembro de 2006. O objetivo do MPF e da Funai é que seja definido, judicialmente e "de uma vez por todas, a origem e os contornos da responsabilidade da CVRD em relação a uma comunidade tradicional, diretamente impactada pela atividade empresarial".
Para o MPF, o repasse de recursos da empresa aos índios é indiscutível ônus da atividade mineradora, além de ter sido expressamente determinado no decreto presidencial que liberou a exploração dos recursos minerais. Pelo decreto, a CVRD é obrigada a "amparar as populações indígenas existentes nas proximidades da área concedida", o que é feito por meio do convênio 453/89, assinado entre a CVRD, a Funai e as comunidades xikrin.
Brasileiros pagam "alto preço" por combustíveis limpos
24 Horas News, 1/10/2007
A retórica de promoção dos biocombustíveis esconde "uma realidade mais dura para os cortadores de cana no Brasil", afirma reportagem publicada pelo jornal "International Herald Tribune" nesta segunda-feira.
A reportagem comenta que a maioria dos cortadores "são migrantes que deixam suas famílias em busca de trabalhos que pagam cerca de US$ 1,35 por hora". "O quanto eles ganham depende de quanto eles cortam", observa o texto.
A reportagem afirma que "as empresas às vezes enganam seus empregados contando a menos, segundo mostra um estudo do governo divulgado neste ano" e diz que o trabalho é exaustivo e perigoso.
A reportagem, intitulada "Brasileiros pagam alto preço por combustível limpo", relata a história de Manuel Rodrigues da Silva, hospitalizado após ser encontrado com exaustão durante uma inspeção do Ministério Público na fazenda onde trabalhava no interior de São Paulo.
"Um médico no hospital diagnosticou fibrose pulmonar, uma cicatrização dos pulmões que comumente afeta os cortadores de cana. Ele pode morrer se continuar cortando cana", relata o texto.
A reportagem afirma que "Da Silva é um soldado raso em um Exército de 500 mil trabalhadores que trabalham duro de março a novembro, agachados sob o sol tropical, colhendo cana-de-açúcar para fazer etanol no Brasil, o maior exportador do combustível".
O texto comenta que "o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-líder sindical, promove o etanol como uma maneira de criar empregos, combater a poluição e reduzir a dependência de combustíveis fósseis".
"A cana-de-açúcar gera ao menos 300 mil postos de trabalho no Estado de São Paulo e paga até o dobro de outros trabalhos rurais de mão de obra não qualificada, segundo Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura", diz a reportagem.
O texto relata que, de acordo com dados oficiais, 312 trabalhadores do setor morreram no trabalho entre 2002 e 2005, enquanto outros 82.995 sofreram acidentes.
"O número de acidentes no trabalho aumentou a 23.787 em 2005, de 16.877 em 2002. Os ferimentos mais comuns eram cortes; traumas nas costas, incluindo hérnias de disco; desidratação e exaustão", diz a reportagem.
Segundo o texto, os dados oficiais mostram que "trabalhadores do setor sofrem cerca de oito vezes mais ferimentos do que trabalhadores dos setores de frutas cítricas e de grãos".
O jornal também comenta que "o etanol como combustível polui 13% menos que a gasolina, segundo Alex Farrell, economista da Universidade da Califórnia, em Berkeley".
"Apesar de o etanol ser mais limpo do que a gasolina, sua produção polui o ar e deixa as pessoas doentes, segundo o governador de São Paulo, José Serra. Os fazendeiros brasileiros põem fogo em suas plantações na noite antes da colheita para queimar as folhas que ficam no caminho dos colhedores", diz o texto.
Segundo a reportagem, no ano passado o fogo nas plantações de cana consumiram uma área do tamanho do Haiti e, de acordo com Serra, jogaram nos céus de São Paulo 750 mil toneladas de partículas.
"A queima provoca um aumento de 20% a 50% nas visitas médicas por bronquite, asma e outras doenças respiratórias em pessoas que moram no cinturão da cana em São Paulo, de acordo com dados do governo", conclui o texto.
A retórica de promoção dos biocombustíveis esconde "uma realidade mais dura para os cortadores de cana no Brasil", afirma reportagem publicada pelo jornal "International Herald Tribune" nesta segunda-feira.
A reportagem comenta que a maioria dos cortadores "são migrantes que deixam suas famílias em busca de trabalhos que pagam cerca de US$ 1,35 por hora". "O quanto eles ganham depende de quanto eles cortam", observa o texto.
A reportagem afirma que "as empresas às vezes enganam seus empregados contando a menos, segundo mostra um estudo do governo divulgado neste ano" e diz que o trabalho é exaustivo e perigoso.
A reportagem, intitulada "Brasileiros pagam alto preço por combustível limpo", relata a história de Manuel Rodrigues da Silva, hospitalizado após ser encontrado com exaustão durante uma inspeção do Ministério Público na fazenda onde trabalhava no interior de São Paulo.
"Um médico no hospital diagnosticou fibrose pulmonar, uma cicatrização dos pulmões que comumente afeta os cortadores de cana. Ele pode morrer se continuar cortando cana", relata o texto.
A reportagem afirma que "Da Silva é um soldado raso em um Exército de 500 mil trabalhadores que trabalham duro de março a novembro, agachados sob o sol tropical, colhendo cana-de-açúcar para fazer etanol no Brasil, o maior exportador do combustível".
O texto comenta que "o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-líder sindical, promove o etanol como uma maneira de criar empregos, combater a poluição e reduzir a dependência de combustíveis fósseis".
"A cana-de-açúcar gera ao menos 300 mil postos de trabalho no Estado de São Paulo e paga até o dobro de outros trabalhos rurais de mão de obra não qualificada, segundo Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura", diz a reportagem.
O texto relata que, de acordo com dados oficiais, 312 trabalhadores do setor morreram no trabalho entre 2002 e 2005, enquanto outros 82.995 sofreram acidentes.
"O número de acidentes no trabalho aumentou a 23.787 em 2005, de 16.877 em 2002. Os ferimentos mais comuns eram cortes; traumas nas costas, incluindo hérnias de disco; desidratação e exaustão", diz a reportagem.
Segundo o texto, os dados oficiais mostram que "trabalhadores do setor sofrem cerca de oito vezes mais ferimentos do que trabalhadores dos setores de frutas cítricas e de grãos".
O jornal também comenta que "o etanol como combustível polui 13% menos que a gasolina, segundo Alex Farrell, economista da Universidade da Califórnia, em Berkeley".
"Apesar de o etanol ser mais limpo do que a gasolina, sua produção polui o ar e deixa as pessoas doentes, segundo o governador de São Paulo, José Serra. Os fazendeiros brasileiros põem fogo em suas plantações na noite antes da colheita para queimar as folhas que ficam no caminho dos colhedores", diz o texto.
Segundo a reportagem, no ano passado o fogo nas plantações de cana consumiram uma área do tamanho do Haiti e, de acordo com Serra, jogaram nos céus de São Paulo 750 mil toneladas de partículas.
"A queima provoca um aumento de 20% a 50% nas visitas médicas por bronquite, asma e outras doenças respiratórias em pessoas que moram no cinturão da cana em São Paulo, de acordo com dados do governo", conclui o texto.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
China admite risco de desastre ecológico em maior represa do mundo

A China reconheceu pela primeira vez, após negar reiteradamente as advertências dos ecologistas, que a represa das Três Gargantas, o maior projeto hidrelétrico do mundo, pode provocar uma catástrofe ambiental.
Segundo a agência estatal Xinhua, especialistas e funcionários chineses concordaram em um fórum que o projeto, iniciado em 1993, supõe um impacto "notavelmente adverso" na área de 600 quilômetros quadrados que cerca a represa, com contaminação e deslizamentos de terra.
"Se não forem adotas medidas, o projeto pode levar a uma catástrofe", alertaram os participantes do encontro, que durou dois dias e terminou na terça-feira (25) em Wuhan, capital da província central de Hebei.
O "enorme peso" da água após a construção da represa começou a erodir as margens do rio Yang Tsé em muitas partes, o que, junto com as freqüentes oscilações do nível hídrico, causou vários deslizamentos de terra.
Essa é a primeira vez que Pequim reconhece os danos causados por um de seus projetos mais importantes, que obrigou a deslocar mais de 1 milhão de pessoas, destruiu relíquias culturais e contribuiu para a diminuição de espécies animais e vegetais.
"É um bom passo, mas é preciso fazer estudos e investigações muito mais profundos sobre as mudanças que a construção da represa está provocando", afirmou hoje à Efe Wang Yongcheng, da organização governamental chinesa Voluntários Verdes.
Yongcheng explicou que, nos últimos dois anos, o rio Yang Tsé e seus afluentes alcançaram seus níveis mais baixos, algo que "não pode ser atribuído apenas à mudança climática, mas também aos efeitos da represa".
"Não podemos de maneira nenhuma baixar a guarda diante dos problemas de segurança ecológica e ambiental causados pelo projeto", afirmou no fórum Wang Xiaofeng, diretor do governamental Comitê do Projeto das Três Gargantas.
A erosão e os deslizamentos nas colinas ao redor da represa, as divergências sobre os assuntos ligados à terra e à "deterioração ecológica causada pelo desenvolvimento irracional" são, em sua opinião, as principais ameaças do projeto, que tem um orçamento de cerca de US$ 25 bilhões.
A qualidade de água nos afluentes do Yang Tsé também caiu e os surtos de algas e outras plantas aquáticas tornaram-se mais freqüentes.
Localizada no terceiro rio mais extenso do mundo, a represa das Três Gargantas, que tirou de Itaipu o posto de maior do mundo, já começou a gerar eletricidade e estará totalmente concluída em 2008.
Sobre os perigos da energia nuclear
O advogado e escritor Ralph Nader publicou um artigo bastante interessante sobre uso da energia nuclear. Seguem abaixo alguns trechos:
"O que os lobistas nucleares ignoram é a quantidade de carvão e petróleo que precisa queimar para enriquecer o urânio, transportar os resíduos radioativos pelas rodovias e ferrovias com veículos protegidos e garantir a segurança, já que seriam um alvo prioritário para a sabotagem.
Além disto, comecemos com a loucura tecnológica do ciclo da energia nuclear, desde as minas de urânio e seus resíduos mortais até o refinado e a fabricação de derivados energéticos; a superprotegida e imponente planta nuclear até a necessidade de um funcionamento perfeito da instalação e os problemas ainda não resolvidos da localização e embalagem dos perigosos resíduos radioativos e material contaminante durante os próximos 200 mil anos!
(...)
O terremoto de intensidade 6,8 que atingiu Kashiwakazi, no Japão [nota do blog: leia postagem anterior], deixou fora de funcionamento uma planta nuclear gigante que, segundo o New York Times “gerou preocupação acerca da segurança da indústria nuclear nacional, repleta de acidentes”. Esta planta, propriedade da Tokyo Electric Power, possivelmente está situada diretamente sobre a linha de uma falha sísmica. Os relatórios falam diariamente de danos maiores do que se pensava no dia anterior, incluindo fugas radioativas, danos a dutos obsoletos, tubulações queimadas e outros “maus funcionamentos”, além dos incêndios. Várias centenas de barris de resíduos radioativos foram abaixo.
(...)
Basta um acidente importante de fusão do núcleo do reator de uma planta para provocar uma demanda de fechamento de toda a indústria por dano público generalizado.
(...)
Lembremos que Chernobyl, na Ucrânia, ainda está rodeada por cidades e povoados vazios após a tragédia de 1986. A radioatividade abriu caminho até os rebanhos da Inglaterra, as nogueiras da Turquia e outros lugares."
Para ler o texto completo clique aqui.
"O que os lobistas nucleares ignoram é a quantidade de carvão e petróleo que precisa queimar para enriquecer o urânio, transportar os resíduos radioativos pelas rodovias e ferrovias com veículos protegidos e garantir a segurança, já que seriam um alvo prioritário para a sabotagem.
Além disto, comecemos com a loucura tecnológica do ciclo da energia nuclear, desde as minas de urânio e seus resíduos mortais até o refinado e a fabricação de derivados energéticos; a superprotegida e imponente planta nuclear até a necessidade de um funcionamento perfeito da instalação e os problemas ainda não resolvidos da localização e embalagem dos perigosos resíduos radioativos e material contaminante durante os próximos 200 mil anos!
(...)
O terremoto de intensidade 6,8 que atingiu Kashiwakazi, no Japão [nota do blog: leia postagem anterior], deixou fora de funcionamento uma planta nuclear gigante que, segundo o New York Times “gerou preocupação acerca da segurança da indústria nuclear nacional, repleta de acidentes”. Esta planta, propriedade da Tokyo Electric Power, possivelmente está situada diretamente sobre a linha de uma falha sísmica. Os relatórios falam diariamente de danos maiores do que se pensava no dia anterior, incluindo fugas radioativas, danos a dutos obsoletos, tubulações queimadas e outros “maus funcionamentos”, além dos incêndios. Várias centenas de barris de resíduos radioativos foram abaixo.
(...)
Basta um acidente importante de fusão do núcleo do reator de uma planta para provocar uma demanda de fechamento de toda a indústria por dano público generalizado.
(...)
Lembremos que Chernobyl, na Ucrânia, ainda está rodeada por cidades e povoados vazios após a tragédia de 1986. A radioatividade abriu caminho até os rebanhos da Inglaterra, as nogueiras da Turquia e outros lugares."
Para ler o texto completo clique aqui.
Usina nuclear japonesa sofre incêndio sem vazar radiação
Folha Online, com informações da Efe, em Tóquio - 20/09/2007
A usina nuclear japonesa de Kashiwazaki, a maior do mundo em capacidade de produção, sofreu hoje (20/9) um incêndio no telhado de uma de suas instalações, que não provocou nenhum vazamento radioativo, informou a agência Kyodo.
O fogo começou por volta das 10h50 (22h50 de quarta-feira, em Brasília), no reator número 1 da central. O motivo foi a avaria de um cabo de eletricidade do sistema de refrigeração.
As equipes de emergência apagaram as chamas em meia hora, segundo a Tokyo Electric Power. Além disso, a companhia afirmou que não houve feridos.
O complexo na província de Niigata, no noroeste do país, está fechado desde que foi danificado por um forte terremoto, em julho. Na ocasião, a empresa relatou vazamentos radioativos e 63 falhas de funcionamento. Cerca de 1,2 metro cúbico de água radioativa foi parar no Mar do Japão.
A companhia elétrica insistiu porém que a central não sofreu nenhum "dano grave" em sua estrutura.
Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inspecionou em agosto passado as instalações e determinou que a central deveria permanecer fechada por cerca de um ano antes de voltar a funcionar.
Leia mais
* Usina admite mais vazamento de radiação no Japão
* Tremor no Japão mata sete, fere 800 e gera vazamento radioativo
A usina nuclear japonesa de Kashiwazaki, a maior do mundo em capacidade de produção, sofreu hoje (20/9) um incêndio no telhado de uma de suas instalações, que não provocou nenhum vazamento radioativo, informou a agência Kyodo.
O fogo começou por volta das 10h50 (22h50 de quarta-feira, em Brasília), no reator número 1 da central. O motivo foi a avaria de um cabo de eletricidade do sistema de refrigeração.
As equipes de emergência apagaram as chamas em meia hora, segundo a Tokyo Electric Power. Além disso, a companhia afirmou que não houve feridos.
O complexo na província de Niigata, no noroeste do país, está fechado desde que foi danificado por um forte terremoto, em julho. Na ocasião, a empresa relatou vazamentos radioativos e 63 falhas de funcionamento. Cerca de 1,2 metro cúbico de água radioativa foi parar no Mar do Japão.
A companhia elétrica insistiu porém que a central não sofreu nenhum "dano grave" em sua estrutura.
Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inspecionou em agosto passado as instalações e determinou que a central deveria permanecer fechada por cerca de um ano antes de voltar a funcionar.
Leia mais
* Usina admite mais vazamento de radiação no Japão
* Tremor no Japão mata sete, fere 800 e gera vazamento radioativo
Semicondutor vira fotocatalisador e gera hidrogênio a partir da energia solar
Semicondutor vira fotocatalisador e gera hidrogênio a partir da energia solar
Fonte: site Inovação Tecnológica, 27/09/2007
Os semicondutores revolucionaram nossa civilização, ao permitir a construção de transistores e diodos de estado sólido, circuitos integrados, microprocessadores e, finalmente, dos computadores. Agora, uma descoberta feita por cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, pode fazer com que os semicondutores revolucionem também a forma como geramos energia elétrica.
Energia limpa
O hidrogênio é considerado o combustível do futuro porque sua queima produz apenas água como subproduto. E o melhor dos mundos poderá ser alcançado se ele puder ser produzido a partir da energia solar, outra fonte de energia limpa e renovável.
Todo o hidrogênio vendido comercialmente hoje é produzido a partir do gás natural, um combustível fóssil. Agora, os pesquisadores alemães conseguiram fazer com que um material semicondutor funcione como catalisador, mais especificamente como fotocatalisador, quebrando a molécula da água (H2O) em oxigênio e hidrogênio utilizando a luz do Sol como fonte de energia.
Hidrogênio gerado com energia solar
No final do mês de Julho, outra equipe anunciou ter alcançado 70% de eficiência em um processo semelhante (veja Produção de hidrogênio utilizando energia solar atinge 70% de eficiência), embora não tenham divulgado detalhes sobre o processo de catálise utilizado.
Na pesquisa agora publicada, a equipe do Dr. Martin Demuth utilizou o dissiliceto de titânio (TiSO2), um material semicondutor, como fotocatalisador para quebrar a molécula de água e produzir oxigênio e hidrogênio. O processo é similar ao que ocorre nas plantas com a fotossíntese, que converte a luz do sol diretamente em energia química.
Com o novo fotocatalisador, o hidrogênio é produzido sem envolver a geração de corrente elétrica, simplificando enormemente o processo e ajudando a diminuir os custos. Mesmo que tecnicamente viáveis, a adoção destas novas tecnologias de geração de energia limpa deve vencer também a barreira do custo de produção do hidrogênio, que não pode ser caro demais.
Geração e armazenamento de hidrogênio
O dissiliceto de titânio apresentou outro comportamento extremamente vantajoso no processo: além de produzir o hidrogênio, ele consegue armazená-lo. O armazenamento do hidrogênio é outro entrave tecnológico para sua adoção como combustível em larga escala.
A capacidade de armazenamento do dissiliceto de titânio é menor do que a apresentada por outros materiais atualmente sendo pesquisados, mas ele é tecnicamente mais simples, sendo que o armazenamento é facilmente reversível, algo essencial para que o hidrogênio possa ser utilizado posteriormente. E com a vantagem de operar em temperaturas mais baixas. O oxigênio também é armazenado no processo, mas deve ser liberado em condições diferentes, com temperaturas acima de 100 °C e ausência de luz.
Fotossíntese artificial
Para um semicondutor, o dissiliceto de titânio apresenta propriedades optoeletrônicas ideais para uso como captador de energia solar. "Semicondutores adequados para uso como fotocatalisadores têm sido difíceis de se obter, apresentam características de absorção da luz desfavoráveis ou se decompõem durante a reação," diz o Dr. Demuth.
No início da reação forma-se uma leve camada de óxido sobre o semicondutor, o que é pré-requisito para seu funcionamento como um catalisador ativo. "Nosso catalisador quebra a água com uma eficiência superior à maioria dos outros sistemas semicondutores que também operam utilizando a luz visível," completa o pesquisador.
O TiSO2 é barato, fácil de se produzir e absorve uma ampla faixa de radiações do espectro eletromagnético.
Bibliografia:
A Titanium Disilicide Derived Semiconducting Catalyst for Water Splitting under Solar Radiation - Martin Demuth - Angewandte Chemie International - September 2007 - Vol.: 46, No. 41, 7770-7774
Fonte: site Inovação Tecnológica, 27/09/2007
Os semicondutores revolucionaram nossa civilização, ao permitir a construção de transistores e diodos de estado sólido, circuitos integrados, microprocessadores e, finalmente, dos computadores. Agora, uma descoberta feita por cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, pode fazer com que os semicondutores revolucionem também a forma como geramos energia elétrica.
Energia limpa
O hidrogênio é considerado o combustível do futuro porque sua queima produz apenas água como subproduto. E o melhor dos mundos poderá ser alcançado se ele puder ser produzido a partir da energia solar, outra fonte de energia limpa e renovável.
Todo o hidrogênio vendido comercialmente hoje é produzido a partir do gás natural, um combustível fóssil. Agora, os pesquisadores alemães conseguiram fazer com que um material semicondutor funcione como catalisador, mais especificamente como fotocatalisador, quebrando a molécula da água (H2O) em oxigênio e hidrogênio utilizando a luz do Sol como fonte de energia.
Hidrogênio gerado com energia solar
No final do mês de Julho, outra equipe anunciou ter alcançado 70% de eficiência em um processo semelhante (veja Produção de hidrogênio utilizando energia solar atinge 70% de eficiência), embora não tenham divulgado detalhes sobre o processo de catálise utilizado.
Na pesquisa agora publicada, a equipe do Dr. Martin Demuth utilizou o dissiliceto de titânio (TiSO2), um material semicondutor, como fotocatalisador para quebrar a molécula de água e produzir oxigênio e hidrogênio. O processo é similar ao que ocorre nas plantas com a fotossíntese, que converte a luz do sol diretamente em energia química.
Com o novo fotocatalisador, o hidrogênio é produzido sem envolver a geração de corrente elétrica, simplificando enormemente o processo e ajudando a diminuir os custos. Mesmo que tecnicamente viáveis, a adoção destas novas tecnologias de geração de energia limpa deve vencer também a barreira do custo de produção do hidrogênio, que não pode ser caro demais.
Geração e armazenamento de hidrogênio
O dissiliceto de titânio apresentou outro comportamento extremamente vantajoso no processo: além de produzir o hidrogênio, ele consegue armazená-lo. O armazenamento do hidrogênio é outro entrave tecnológico para sua adoção como combustível em larga escala.
A capacidade de armazenamento do dissiliceto de titânio é menor do que a apresentada por outros materiais atualmente sendo pesquisados, mas ele é tecnicamente mais simples, sendo que o armazenamento é facilmente reversível, algo essencial para que o hidrogênio possa ser utilizado posteriormente. E com a vantagem de operar em temperaturas mais baixas. O oxigênio também é armazenado no processo, mas deve ser liberado em condições diferentes, com temperaturas acima de 100 °C e ausência de luz.
Fotossíntese artificial
Para um semicondutor, o dissiliceto de titânio apresenta propriedades optoeletrônicas ideais para uso como captador de energia solar. "Semicondutores adequados para uso como fotocatalisadores têm sido difíceis de se obter, apresentam características de absorção da luz desfavoráveis ou se decompõem durante a reação," diz o Dr. Demuth.
No início da reação forma-se uma leve camada de óxido sobre o semicondutor, o que é pré-requisito para seu funcionamento como um catalisador ativo. "Nosso catalisador quebra a água com uma eficiência superior à maioria dos outros sistemas semicondutores que também operam utilizando a luz visível," completa o pesquisador.
O TiSO2 é barato, fácil de se produzir e absorve uma ampla faixa de radiações do espectro eletromagnético.
Bibliografia:
A Titanium Disilicide Derived Semiconducting Catalyst for Water Splitting under Solar Radiation - Martin Demuth - Angewandte Chemie International - September 2007 - Vol.: 46, No. 41, 7770-7774
Universidade Federal Rural do RJ abre inscrições para mestrado e doutorado em Ciências Ambientais e Florestais
Data final para inscrições é 31 de outubro
Os candidatos do mestrado deverão ter concluído o curso superior em Engenharia Florestal, Biologia, Agronomia e áreas afins. Já para o Doutorado, é necessário ter concluído o mestrado ou estar em fase de conclusão do mesmo.
Podem candidatar-se ao Doutorado, portadores de diploma de mestre em Ciência Florestal ou em áreas semelhantes.
O formulário para a inscrição está disponível no site www.if.ufrrj.br/pgcaf/index.html. O valor da taxa é de R$ 45 (quarenta e cinco reais). O processo seletivo para o mestrado acontecerá em novembro.
A divulgação dos aprovados sairá em fevereiro. Faz parte da seleção do Mestrado: a prova de conhecimentos técnico-científicos, a análise da documentação apresentada e a prova de língua estrangeira.
Para o Doutorado, além da análise da documentação apresentada, será realizada entrevista (dezembro). As aulas terão início em março de 2008.
Os candidatos do mestrado deverão ter concluído o curso superior em Engenharia Florestal, Biologia, Agronomia e áreas afins. Já para o Doutorado, é necessário ter concluído o mestrado ou estar em fase de conclusão do mesmo.
Podem candidatar-se ao Doutorado, portadores de diploma de mestre em Ciência Florestal ou em áreas semelhantes.
O formulário para a inscrição está disponível no site www.if.ufrrj.br/pgcaf/index.html. O valor da taxa é de R$ 45 (quarenta e cinco reais). O processo seletivo para o mestrado acontecerá em novembro.
A divulgação dos aprovados sairá em fevereiro. Faz parte da seleção do Mestrado: a prova de conhecimentos técnico-científicos, a análise da documentação apresentada e a prova de língua estrangeira.
Para o Doutorado, além da análise da documentação apresentada, será realizada entrevista (dezembro). As aulas terão início em março de 2008.
Biólogo propõe obra no mar para salvar o clima
Agência FAPESP, 27/09/2007
Em correspondência publicada na edição desta quinta-feira (27/9) da revista Nature, o cientista e ambientalista James Lovelock propõe uma ação radical para estimular a capacidade de a Terra curar a si mesma, como um tratamento de emergência para o que chama de “patologia do aquecimento global”.
O texto foi publicado em co-autoria com Chris Rapley, do Museu de Ciência de Londres. Lovelock, da Universidade de Oxford, é o criador da hipótese de Gaia*, sugerida para explicar o comportamento sistêmico do planeta Terra, encarado como um grande organismo.
Os dois propõem que sejam instalados nos oceanos tubos que, com o movimento das ondas, bombeariam para a superfície a água que está entre 100 metros e 200 metros de profundidade. Segundo eles, a mistura de águas ricas em nutrientes sob a termoclina – região onde há um decréscimo brusco de temperatura da água – com a água relativamente estéril da superfície estimularia o crescimento das algas.
“A água bombeada fertilizaria as algas na superfíce e estimularia seu desenvolvimento. Isso diminuiria o dióxido de carbono e produziria dimetil sulfito, o precursor dos núcleos que formam nuvens refletoras de luz solar”, diz o artigo.
Os canos teriam cerca de 10 metros de diâmetro, com uma válvula unilateral na parte de baixo, permitindo que o movimento das ondas produza o bombeamento.
De acordo com os cientistas, processos naturais que normalmente serviriam para regular o clima estão sendo levados a acirrar o aquecimento global. “É duvidoso que qualquer técnica, ou esquema social bem intencionado, de redução das emissões de carbono possa restaurar o status quo”, sugerem.
O radicalismo da proposta é justificado pelos cientistas pela emergência da situação. “Precisamos de uma cura fundamental para a patologia do aquecimento global. Esse tratamento de emergência poderia estimular a capacidade que o planeta tem de curar a si mesmo”, afirmam.
“Os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície terrestre, são um lugar promissor para buscar uma influência reguladora”, destacam. Os autores admitem que a estratégia pode falhar tanto em termos de engenharia como em termos econômicos. E o impacto na acidificação do oceano precisa ser levado em conta.
“Mas as apostas são tão altas que colocamos em prática o conceito geral de utilizar a própria energia do sistema terrestre para melhorá-lo. A remoção de 500 bilhões de toneladas de dióxido de carbono do ar por ação humana está além da nossa atual capacidade tecnológica. Se não podemos curar o planeta, talvez possamos ajudá-lo a se curar sozinho”, sugerem.
O artigo Helping the Earth to cure itself via the oceans, de James Lovelock e Chris Rapley, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
==
* A hipótese de Gaia, desenvolvida por James Lovelock, considera o planeta Terra como um superorganismo, onde todas as reações químicas, físicas e biológicas estão interligadas e não podem ser analisadas separadamente. A teoria, que data dos anos 70, turbinou o movimento ambientalista em todo o mundo.
Em correspondência publicada na edição desta quinta-feira (27/9) da revista Nature, o cientista e ambientalista James Lovelock propõe uma ação radical para estimular a capacidade de a Terra curar a si mesma, como um tratamento de emergência para o que chama de “patologia do aquecimento global”.
O texto foi publicado em co-autoria com Chris Rapley, do Museu de Ciência de Londres. Lovelock, da Universidade de Oxford, é o criador da hipótese de Gaia*, sugerida para explicar o comportamento sistêmico do planeta Terra, encarado como um grande organismo.
Os dois propõem que sejam instalados nos oceanos tubos que, com o movimento das ondas, bombeariam para a superfície a água que está entre 100 metros e 200 metros de profundidade. Segundo eles, a mistura de águas ricas em nutrientes sob a termoclina – região onde há um decréscimo brusco de temperatura da água – com a água relativamente estéril da superfície estimularia o crescimento das algas.
“A água bombeada fertilizaria as algas na superfíce e estimularia seu desenvolvimento. Isso diminuiria o dióxido de carbono e produziria dimetil sulfito, o precursor dos núcleos que formam nuvens refletoras de luz solar”, diz o artigo.
Os canos teriam cerca de 10 metros de diâmetro, com uma válvula unilateral na parte de baixo, permitindo que o movimento das ondas produza o bombeamento.
De acordo com os cientistas, processos naturais que normalmente serviriam para regular o clima estão sendo levados a acirrar o aquecimento global. “É duvidoso que qualquer técnica, ou esquema social bem intencionado, de redução das emissões de carbono possa restaurar o status quo”, sugerem.
O radicalismo da proposta é justificado pelos cientistas pela emergência da situação. “Precisamos de uma cura fundamental para a patologia do aquecimento global. Esse tratamento de emergência poderia estimular a capacidade que o planeta tem de curar a si mesmo”, afirmam.
“Os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície terrestre, são um lugar promissor para buscar uma influência reguladora”, destacam. Os autores admitem que a estratégia pode falhar tanto em termos de engenharia como em termos econômicos. E o impacto na acidificação do oceano precisa ser levado em conta.
“Mas as apostas são tão altas que colocamos em prática o conceito geral de utilizar a própria energia do sistema terrestre para melhorá-lo. A remoção de 500 bilhões de toneladas de dióxido de carbono do ar por ação humana está além da nossa atual capacidade tecnológica. Se não podemos curar o planeta, talvez possamos ajudá-lo a se curar sozinho”, sugerem.
O artigo Helping the Earth to cure itself via the oceans, de James Lovelock e Chris Rapley, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.
==
* A hipótese de Gaia, desenvolvida por James Lovelock, considera o planeta Terra como um superorganismo, onde todas as reações químicas, físicas e biológicas estão interligadas e não podem ser analisadas separadamente. A teoria, que data dos anos 70, turbinou o movimento ambientalista em todo o mundo.
SP faz primeiro leilão de créditos de carbono
Iniciativa inédita no mundo rendeu R$ 34 milhões à Prefeitura paulistana
por Andrea Vialli, Estadao.com.br, 27/9/2007
A Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) realizou ontem o primeiro leilão de créditos de carbono em bolsa do mundo. Foram colocados à venda 800 mil certificados de emissão reduzida - os títulos negociados no ambiente do Protocolo de Kyoto - provenientes da captura e queima de 808.450 toneladas de gás metano no Aterro Bandeirantes, em São Paulo.
Os títulos foram comprados pelo banco holandês Fortis Bank NV/SA, que deu o lance mais alto: 16,20 por certificado, valor considerado elevado para transações desse tipo - no mercado europeu, os títulos são comercializados em média a 10. Grandes grupos financeiros fizeram ofertas, como os bancos ABN Amro, Merril Lynch e Goldman Sachs.
A Prefeitura de São Paulo, que ofertou os títulos, vai embolsar R$ 34 milhões com a venda dos certificados, o que, segundo o prefeito Gilberto Kassab, será usado em melhorias ambientais nos bairros vizinhos ao aterro sanitário. "Todo recurso arrecadado será revertido em melhorias para a população que há anos convive com o aterro." A Prefeitura deve lançar, até o fim do ano, mais um lote para negociação.
METAS DE REDUÇÃO
O mercado de créditos de carbono começou a vigorar em fevereiro de 2005. Nele, os países desenvolvidos que têm metas de redução das emissões de gases de efeito estufa podem comprar títulos de projetos que reduzem a poluição em outros países. O Brasil tem cerca de 230 projetos em fase de aprovação pela ONU. A venda dos créditos na BM&F demonstra a viabilidade financeira desse mercado, que tem potencial para movimentar US$ 1,2 bilhão até 2012, só no País.
Leia também o que foi publicado sobre o assunto pela Agência Brasil e pelo site Último Segundo.
por Andrea Vialli, Estadao.com.br, 27/9/2007
A Bolsa de Mercadoria e Futuros (BM&F) realizou ontem o primeiro leilão de créditos de carbono em bolsa do mundo. Foram colocados à venda 800 mil certificados de emissão reduzida - os títulos negociados no ambiente do Protocolo de Kyoto - provenientes da captura e queima de 808.450 toneladas de gás metano no Aterro Bandeirantes, em São Paulo.
Os títulos foram comprados pelo banco holandês Fortis Bank NV/SA, que deu o lance mais alto: 16,20 por certificado, valor considerado elevado para transações desse tipo - no mercado europeu, os títulos são comercializados em média a 10. Grandes grupos financeiros fizeram ofertas, como os bancos ABN Amro, Merril Lynch e Goldman Sachs.
A Prefeitura de São Paulo, que ofertou os títulos, vai embolsar R$ 34 milhões com a venda dos certificados, o que, segundo o prefeito Gilberto Kassab, será usado em melhorias ambientais nos bairros vizinhos ao aterro sanitário. "Todo recurso arrecadado será revertido em melhorias para a população que há anos convive com o aterro." A Prefeitura deve lançar, até o fim do ano, mais um lote para negociação.
METAS DE REDUÇÃO
O mercado de créditos de carbono começou a vigorar em fevereiro de 2005. Nele, os países desenvolvidos que têm metas de redução das emissões de gases de efeito estufa podem comprar títulos de projetos que reduzem a poluição em outros países. O Brasil tem cerca de 230 projetos em fase de aprovação pela ONU. A venda dos créditos na BM&F demonstra a viabilidade financeira desse mercado, que tem potencial para movimentar US$ 1,2 bilhão até 2012, só no País.
Leia também o que foi publicado sobre o assunto pela Agência Brasil e pelo site Último Segundo.
Itamaraty rebate relator da ONU e diz que etanol traz desenvolvimento
País dá resposta oficial contra avaliação de que produção do biocombustível pode aumentar fome mundial
por Jamil Chade, Estadao.com.br, 27/9/2007
Genebra - O Brasil ataca o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Direitos à Alimentação, Jean Ziegler, e garante que a cultura da cana-de-açúcar distribuiu renda nos últimos 30 anos. O especialista da ONU acaba de concluir um relatório em que aponta para os riscos de o etanol aumentar a fome no mundo e pede uma moratória de cinco anos na expansão do biocombustível no mundo.
Ontem, o Itamaraty decidiu responder oficialmente a essa avaliação em um debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
O governo brasileiro pediu a palavra e tentou explicar que, ao contrário do que diz o relatório da ONU, o etanol feito a partir da cana-de-açúcar pode trazer desenvolvimento. No documento das Nações Unidas publicado pelo Estado com exclusividade na segunda-feira, o suíço Ziegler estima que as populações mais pobres podem sofrer com o avanço do etanol, já que ele aumentaria o preço dos alimentos.
Ziegler foi tradicionalmente um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas sua recente atitude na ONU irritou o governo brasileiro. O suíço chegou a receber nos últimos dias mensagens de agradecimento por parte de líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST). O governo cubano também não escondia sua satisfação com o conteúdo do polêmico relatório da ONU.
"O Brasil tem usado o biocombustível por mais de 30 anos. Os resultados concretos para a sociedade têm sido o aumento da produção de cana, mais empregos e benefícios sociais positivos, com melhor distribuição de renda", afirmou o embaixador na ONU, Sérgio Florêncio. "Portanto, por três décadas, o Brasil conseguiu aumentar a produção de alimentos e de cana para o biocombustível. Isso gerou um impacto positivo na oferta de alimentos, como demonstram os dados da produção agrícola e de exportações."
O governos brasileiro afirmou que, contrariamente à avaliação de Ziegler, a produção de cana pode ter um papel importante como instrumento para a promoção do progresso na agricultura de países em desenvolvimento.
Não satisfeito, Ziegler contra-atacou. "Não posso concordar com a política energética no Brasil", afirmou. Mostrando livros do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Gilberto Freyre em plenário da ONU, o relator insistiu em sua tese. Ele qualificou de "catastróficos" os efeitos da utilização de terras no Brasil para o plantio da cana nos próximos anos.
APOIO
Apesar do ataque à posição do relator da ONU, o Itamaraty decidiu apoiar a permanência de Ziegler no posto.
O governo brasileiro ainda retrucou, argumentando que entre 2003 e 2007 foram destinados US$ 21 bilhões ao programa Fome Zero. "Como resultado, o Brasil experimentou em 2006 uma queda de 10,6% da pobreza", afirmou o embaixador brasileiro na ONU.
por Jamil Chade, Estadao.com.br, 27/9/2007
Genebra - O Brasil ataca o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Direitos à Alimentação, Jean Ziegler, e garante que a cultura da cana-de-açúcar distribuiu renda nos últimos 30 anos. O especialista da ONU acaba de concluir um relatório em que aponta para os riscos de o etanol aumentar a fome no mundo e pede uma moratória de cinco anos na expansão do biocombustível no mundo.
Ontem, o Itamaraty decidiu responder oficialmente a essa avaliação em um debate no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.
O governo brasileiro pediu a palavra e tentou explicar que, ao contrário do que diz o relatório da ONU, o etanol feito a partir da cana-de-açúcar pode trazer desenvolvimento. No documento das Nações Unidas publicado pelo Estado com exclusividade na segunda-feira, o suíço Ziegler estima que as populações mais pobres podem sofrer com o avanço do etanol, já que ele aumentaria o preço dos alimentos.
Ziegler foi tradicionalmente um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas sua recente atitude na ONU irritou o governo brasileiro. O suíço chegou a receber nos últimos dias mensagens de agradecimento por parte de líderes do Movimento dos Sem-Terra (MST). O governo cubano também não escondia sua satisfação com o conteúdo do polêmico relatório da ONU.
"O Brasil tem usado o biocombustível por mais de 30 anos. Os resultados concretos para a sociedade têm sido o aumento da produção de cana, mais empregos e benefícios sociais positivos, com melhor distribuição de renda", afirmou o embaixador na ONU, Sérgio Florêncio. "Portanto, por três décadas, o Brasil conseguiu aumentar a produção de alimentos e de cana para o biocombustível. Isso gerou um impacto positivo na oferta de alimentos, como demonstram os dados da produção agrícola e de exportações."
O governos brasileiro afirmou que, contrariamente à avaliação de Ziegler, a produção de cana pode ter um papel importante como instrumento para a promoção do progresso na agricultura de países em desenvolvimento.
Não satisfeito, Ziegler contra-atacou. "Não posso concordar com a política energética no Brasil", afirmou. Mostrando livros do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Gilberto Freyre em plenário da ONU, o relator insistiu em sua tese. Ele qualificou de "catastróficos" os efeitos da utilização de terras no Brasil para o plantio da cana nos próximos anos.
APOIO
Apesar do ataque à posição do relator da ONU, o Itamaraty decidiu apoiar a permanência de Ziegler no posto.
O governo brasileiro ainda retrucou, argumentando que entre 2003 e 2007 foram destinados US$ 21 bilhões ao programa Fome Zero. "Como resultado, o Brasil experimentou em 2006 uma queda de 10,6% da pobreza", afirmou o embaixador brasileiro na ONU.
Energias renováveis fazem parte da Semana Nacional de C&T na UFSC
Nos dias 3 e 4 de outubro, acontecerá na Universidade Federal de Santa Catarina a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que, entre as diversas atrações, terá um stand voltado para as fontes renováveis de energia com a participação do Instituto IDEAL (Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas da América Latina), do LABSOLAR (Laboratório de Energia Solar da UFSC) e da ISES DO BRASIL (International Solar Energy Society - Seção Brasil).
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é promovida pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, e conta com o apoio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (SDS-SC) e da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Em Florianópolis, o evento engloba, além da mostra tecnológica que ficará aberta ao público no pavilhão montado na Praça da Cidadania - em frente ao prédio da Reitoria da UFSC, também o Seminário de Iniciação Científica da universidade e a Feira de Ciências da rede estadual de ensino.
Informações sobre a SNCT na UFSC:
Roberto Orofino
(48) 3721.9590
(48) 3721-9332
orofino@reitoria.ufsc.br
Site da SNCT: http://semanact.mct.gov.br
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é promovida pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, e conta com o apoio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (SDS-SC) e da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Em Florianópolis, o evento engloba, além da mostra tecnológica que ficará aberta ao público no pavilhão montado na Praça da Cidadania - em frente ao prédio da Reitoria da UFSC, também o Seminário de Iniciação Científica da universidade e a Feira de Ciências da rede estadual de ensino.
Informações sobre a SNCT na UFSC:
Roberto Orofino
(48) 3721.9590
(48) 3721-9332
orofino@reitoria.ufsc.br
Site da SNCT: http://semanact.mct.gov.br
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Denúncia: óleos Soya e Liza são transgênicos
Greenpeace
A Justiça de São Paulo concedeu liminar a uma ação do Ministério Público paulista obrigando as empresas Bunge e Cargill a rotularem seus óleos, respectivamente Soya e Liza, como transgênicos.
Ambos são produzidos com soja geneticamente modificada, mas os consumidores não são informados disso conforme manda a lei em vigor.
A ação do MP foi baseada na denúncia feita pelo Greenpeace em 2005, que provou o uso de soja transgênica pelas duas empresas na fabricação dos óleos mais vendidos no Brasil.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Brammo - Evolução da espécie
A pioneira motocicleta elétrica Enertia, feita pela empresa americana, tem baterias de alto rendimento, que garantem maior autonomia e ajudam a reduzir o peso total
por Téo Mascarenhas - Estado de Minas, 9/9/2007
As exigências ambientais, a escassez e o preço do petróleo vão acelerando o desenvolvimento de veículos equipados com motores elétricos ou movidos com combustíveis alternativos. A eletricidade, porém, ainda esbarra no grande volume e peso, além de baixa autonomia das baterias, seu principal calcanhar-de-aquiles. A empresa Brammo, fundada em 2002, sediada em Ashland, Oregon, Estados Unidos, quer mudar a história, lançando a primeira motocicleta elétrica comercial do mundo (até então, só os scooters eram "eletrificados"), batizada de Enertia, que chega com alguns avanços.
A Enertia tem visual e posição de pilotagem de uma motocicleta convencional. No lugar do tanque, entretanto, estão alojadas seis baterias individuais de lítio/fosfato de alto rendimento, desenvolvidas pela americana Valence Technologies. Essas baterias dispensam manutenção e conseguem a mesma carga útil nas recargas, que podem ser feitas em apenas três horas em tomadas comuns. Para gerenciar as seis baterias, foi desenvolvido um programa, denominado Battery Management System (BMS), que eqüaliza as cargas e o consumo de cada uma, facilitando também a recarga.
Desempenho
Para equilibrar o peso das baterias, o quadro da Enertia é construído em fibra de carbono, de perfil retangular, e pesa somente 7,2 kg. As baterias são fixadas nele, rebaixando também o centro de gravidade. O peso total da moto é de 124 kg. A nova Enertia é absolutamente silenciosa e nem escapamento tem, já que não emite poluentes. Segundo a Brammo, é capaz de acelerar de 0 a 50 km/h em 3,8 segundos. Um desempenho razoável para o trânsito urbano, sua verdadeira praia. A autonomia é calculada em 73 quilômetros. A suspensão traseira é do tipo mono e a dianteira telescópica.
A velocidade máxima é de 81 km/h, condizente com o fluxo de trânsito das grandes cidades. Enertia está equipada com transmissão final por corrente, fazendo a ligação entre o motor elétrico e a roda traseira. Os freios são a disco, com pinças da grife Brembo. As rodas são raiadas, com aros de alumínio Excel. O painel tem velocímetro e quadro com as informações da carga de eletricidade. Para pilotar, mais uma comodidade: sem câmbio, basta acelerar e frear. Os espelhos ficam nas pontas do guidão. A comercialização da Enertia está prevista para o início de 2008, por cerca de US$ 12 mil (R$ 23.700).
por Téo Mascarenhas - Estado de Minas, 9/9/2007
As exigências ambientais, a escassez e o preço do petróleo vão acelerando o desenvolvimento de veículos equipados com motores elétricos ou movidos com combustíveis alternativos. A eletricidade, porém, ainda esbarra no grande volume e peso, além de baixa autonomia das baterias, seu principal calcanhar-de-aquiles. A empresa Brammo, fundada em 2002, sediada em Ashland, Oregon, Estados Unidos, quer mudar a história, lançando a primeira motocicleta elétrica comercial do mundo (até então, só os scooters eram "eletrificados"), batizada de Enertia, que chega com alguns avanços.

Desempenho
Para equilibrar o peso das baterias, o quadro da Enertia é construído em fibra de carbono, de perfil retangular, e pesa somente 7,2 kg. As baterias são fixadas nele, rebaixando também o centro de gravidade. O peso total da moto é de 124 kg. A nova Enertia é absolutamente silenciosa e nem escapamento tem, já que não emite poluentes. Segundo a Brammo, é capaz de acelerar de 0 a 50 km/h em 3,8 segundos. Um desempenho razoável para o trânsito urbano, sua verdadeira praia. A autonomia é calculada em 73 quilômetros. A suspensão traseira é do tipo mono e a dianteira telescópica.
A velocidade máxima é de 81 km/h, condizente com o fluxo de trânsito das grandes cidades. Enertia está equipada com transmissão final por corrente, fazendo a ligação entre o motor elétrico e a roda traseira. Os freios são a disco, com pinças da grife Brembo. As rodas são raiadas, com aros de alumínio Excel. O painel tem velocímetro e quadro com as informações da carga de eletricidade. Para pilotar, mais uma comodidade: sem câmbio, basta acelerar e frear. Os espelhos ficam nas pontas do guidão. A comercialização da Enertia está prevista para o início de 2008, por cerca de US$ 12 mil (R$ 23.700).
Assinar:
Postagens (Atom)