Fonte: CorreioWeb
O gasto de junho com energia elétrica na casa de seu Geraci Batista, 57 anos, foi de R$ 169,00. Ele mora no Guará I com mais cinco pessoas em uma casa de 233 m² . O consumo total no mês foi de 460 kWh. Assim como a casa de Geraci, a maioria das residências do Distrito Federal depende da energia elétrica para aquecimento da água. Entretanto, alternativas como energia solar estão sendo cada vez mais utilizadas, tanto pela economia na conta quanto pela questão ambiental.
Com o aquecimento da água pelo sol, a fatura fica livre do item que mais consome energia: o chuveiro elétrico. Geraci afirma nunca ter pensado em mudar a forma de aquecimento em sua casa. Mas sabe que a economia pode ser maior com a instalação do serviço. "Pelo que tenho lido a respeito, a energia solar é mais vantajosa, mas o custo para instalação é bem caro".
O aposentado tem razão. O valor para instalar o serviço em sua casa está em torno de R$ 3 mil, segundo a coordenadora da Energy Sol, Maria Eduarda Rosa. Mas ela explica que o investimento é recompensado em cerca de três anos, pois a economia na conta de luz de seu Geraci seria de R$ 72,00 por mês.
Segundo o engenheiro civil Renato Simonetti, a energia solar realmente é a mais barata. No entanto, há desvantagens. "Se chover por cinco dias seguidos no inverno, a água pode não ficar na temperatura desejada". Para resolver esse problema, muitas pessoas optam pela mistura entre energia solar e elétrica. O engenheiro alerta o consumidor a ficar atento à qualidade do serviço prestado para que o sistema tenha duração. São necessárias manutenções, mas ainda assim são de baixo custo.
Maria Eduarda coordena a empresa Energy Sol há três anos e conta que a procura por esse tipo de energia tem aumentado no DF. Ela afirma que, como a região é favorecida pela incidência de sol, a tendência é que esse mercado cresça ainda mais. "Novas tecnologias estão surgindo e algumas barateiam o preço do serviço. O que ainda falta é divulgação por parte do governo".
Geraci concorda que a divulgação é pouca. "O fato é que ninguém tem noção de quanto é o preço, só sabe que é caro". Ele diz que as empresas deveriam bater de porta em porta para apresentar o serviço, pois pessoas que usam chuveiro elétrico se acomodam e não se preocupam em buscar alternativas.
Em junho, os deputados distritais aprovaram um projeto de lei no qual novas edificações do DF que possuírem três ou mais banheiros deverão contar com sistema de aquecimento da água por energia solar. A exigência também vale para unidades habitacionais econômicas inseridas em programa governamental. O projeto, do deputado Bispo Renato, foi aprovado em primeiro turno.
Além da energia elétrica e solar, o engenheiro Simonetti mostra que o aquecimento a gás também é uma boa opção. Ele conta que, embora tenha caído em desuso no DF, essa forma de energia está voltando. "O aquecedor a gás traz um conforto muito grande. Hoje, ele é mais seguro e muito usado por quem mora em prédios". Entretanto, é o que mais polui diretamente. Simonetti afirma que a escolha da melhor opção é muito relativa, pois depende do número de moradores, da estrutura da residência e dos hábitos familiares.
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Nota do blog:
Acesse o site da iniciativa CIDADES SOLARES, que tem como objetivo mobilizar a sociedade brasileira para que esta tome partido das vantagens ambientais e sociais do aquecimento de água através de coletores solares.
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Um comentário:
Boa noite.Somos pescadores e onde moramos e trabalhamos nao tem energia,gostariamos que a energia limpa fosse aplicada em nossa praia que tem apenas 800 m sem energiae 96 galpoes onde moramos o restante da praia possui energia eletrica e nos vivemos no escuro ou usamos bateria p/luz, se for possivel nos ajude a imploantar este sistema aqui. conheca a praia do porto canto sul em Imbituba SC pelo site Ampap.org.br
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