quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Amazônia, uma região de poucos

Terra sem lei
por Andreia Fanzeres
O Eco
22.08.2007

Ativistas do Greenpeace acompanhados por dois jornalistas franceses tiveram no início desta semana a real dimensão do que acontece na Amazônia quando o Estado está ausente. A idéia era pousar em Juína, maior cidade do noroeste de Mato Grosso, para fazer um sobrevôo e observar as causas persistentes do desmatamento, que notadamente diminuiu no estado de dois anos para cá. Mas na região noroeste existe a Terra Indígena Enawenê Nawê e uma área de litígio onde se pretende ampliá-la, conhecida como gleba Rio Preto. E ver tudo isso foi o suficiente para mobilizar toda a sociedade juinense, inclusive a polícia, que manteve os visitantes como reféns por 24 horas e os expulsou da cidade antes que houvesse mortes.

Clique aqui para ler reportagem completa no site O Eco.

Clique aqui para ler o que foi publicado no site do Greenpeace sobre o assunto.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Atrasos na construção de reator finlandês comprova falta de transparência da indústria nuclear

Finlândia - Obra, que deveria custar 2,5 bilhões de euros, já consumiu mais de 4 bilhões em investimentos

Greenpeace

Os atrasos na construção do reator número 3 da usina nuclear de Olkiluoto, na Finlândia, anunciados nesta sexta, comprovam novamente que a energia nuclear é uma opção cara, perigosa e divergente das reais soluções no combate às mudanças climáticas. Os atrasos são resultantes de problemas no reforço da estrutura do reator – exigido para que este possa resistir a impactos como o de queda de um avião. Olkiluoto é o único exemplo de um Reator de Água Pressurizada (EPR), símbolo do renascimento da energia nuclear.

“A indústria nuclear diz que se modificou e que o EPR é um símbolo da capacidade de se fornecer uma energia de baixo-custo que não emite CO2. Os atrasos na construção de Olkiluoto demonstram que esse novo formato carrega consigo os mesmos velhos problemas: complicações, custos progressivos, questões crônicas de segurança e a falta de transparência”, disse o coordenador da campanha de Nuclear do Greenpeace Internacional, Jan Beránek. Os projetistas do reator sabiam, desde 2001, que ele deveria ser resistente a ataques aéreos. E quando a construção do reator foi autorizada, a população finlandesa foi falsamente informada de que o projeto já estava dentro dessas normas.

A companhia responsável pela construção, TVO, também estimou que o reator de 1600 MW custaria 2,5 bilhões de euros e levaria quatro anos para ser finalizado. Os custos já superam 4 bilhões de euros e as obras estão atrasadas em dois anos, pelo menos. A proposta era não utilizar subsídios públicos, mas, na realidade, a construção está sendo paga por impostos de contribuintes franceses e suecos, além de um pequeno percentual vindo de bancos estatais.

A proposta de Revolução Energética do Greenpeace mostra claramente que as necessidades energéticas mundiais podem ser supridas por meio de renováveis e medidas de eficiência, sem que seja necessário recorrer à energia nuclear. “Os outros governos precisam dar atenção aos avisos do fiasco de Olkiluoto. O poder nuclear é um caro desvio das reais soluções contra as mudanças do clima. Não devemos gastar mais tempo nem dinheiro nessa aventura mortal do século 20”, afirmou Beránek.

O Greenpeace reivindica que as companhias envolvidas, TVO e STUK façam imediatamente a lista de problemas de qualidade e de segurança na construção do reator de Olkiluoto. Existem até agora 1500 defeitos listados e muitos componentes cruciais para a segurança da usina foram remanufaturados ou reparados.

Anvisa abre consulta pública sobre transgênicos. Sociedade civil e parlamentares apóiam

Greenpeace, 09 de Agosto de 2007

São Paulo - Mais de 40 entidades e parlamentares apoiaram a decisão da agência de abrir consulta pública sobre liberação de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados)

Movimentos sociais e parlamentares divulgaram ontem uma nota de apoio à iniciativa da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de abrir consulta pública sobre as regras de liberação de transgênicos. Na nota, também reivindicam que a proposta final resultante dessa consulta, após as contribuições da sociedade civil, seja usada pela CTNBio (Comissão Nacional de Biossegurança) para nortear os processos de liberação comercial de organismos geneticamente modificados.

“A iniciativa da Anvisa é bastante oportuna. Na verdade, a Anvisa está fazendo o que a CTNBio já deveria ter feito há muito tempo: criar normas e consultar a sociedade”, disse Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace.

A idéia da consulta pública iniciada pela Anvisa é colher a opinião e as contribuições da sociedade sobre uma lista de 119 questões que deverão nortear os critérios a serem cumpridos pelas empresas que desejem comercializar transgênicos no Brasil.

As entidades e parlamentares que assinaram a nota também apoiaram a decisão da Anvisa de apresentar recurso ao Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) contra a decisão da CTNBio de liberar a comercialização e plantio do milho Liberty Link, da Bayer.

“As dúvidas levantadas pela agência quanto à inexistência de estudos toxicológicos e de alergenicidade são muito graves e não poderiam ter sido deixadas de lado pela CTNBio”, alertou Gabriela. “A atitude da Anvisa garante a segurança da população e deve ser aplaudida. O CNBS não pode ignorar esse alerta”. A nota de apoio será encaminhada ainda nesta semana aos Ministros que têm assento no CNBS.

Veja aqui como participar

Leia a íntegra da nota

domingo, 12 de agosto de 2007

Operação Moeda Verde, versão Espanha

10/8/2007
por Tadeu Meyer Martins (tadeu.meyer@gmail.com)
Colaborou Alexandre Montenegro (alex.ises.br@gmail.com)

Uma região da Espanha visitada pelo governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (LHS), em março último, foi tema de artigo da Folha no domingo (5/8): "Boom imobiliário destrói litoral espanhol". Opa! Que coincidência com a situação vivida em Florianópolis!

E o artigo continua: "Quase 400 prefeituras estão sob investigação por obras irregulares, muitas em praias sob proteção ambiental; cinco prefeitos estão presos". Alguma semelhança com a Operação Moeda Verde, da Polícia Federal?

Segundo artigo publicado no site do Governo do Estado de Santa Catarina, LHS comemorava, em março último, a decisão de um grupo espanhol [!] de investir em um grande complexo turístico em Santa Catarina, com uma estrutura de até dez vezes o tamanho do projeto de Jurerê Internacional [!!].

No artigo da Folha aparece a cidade expoente da prosperidade espanhola. "O maior foco dessa corrupção é um antigo reduto do jet-set europeu, Marbella, na Costa do Sol, ao sul do país, onde um prefeito foi deposto em 2002 e seus dois sucessores estão presos por corrupção e abusos urbanísticos".

O artigo “Governador aponta entraves”, publicado no jornal A Notícia, em 27 de março de 2007: "O novo complexo turístico ficaria sediado em Governador Celso Ramos, com estrutura semelhante à encontrada pela comitiva de Luiz Henrique em Marbella [uau!], na Espanha, incluindo um terminal para transatlânticos e marina para mais de 500 barcos".

Nosso governador é ou não é um piadista? Pena que o palhaço da história não seja ele.

Em tempo: LHS ganhou em 2006 o Prêmio Motosserra de Ouro, da Rede de ONGs da Mata Atlântica. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, Santa Catarina foi líder em desmatamento do bioma entre 2000 e 2005, período em que aumentou seu índice de desmatamento em 8%, equivalente à supressão de 48 mil hectares de florestas. Outros sete Estados, juntos, desmataram 46 mil hectares.

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Leia a seguir os artigos citados acima.
Leia mais sobre a Operação Moeda Verde clicando aqui.
Veja vídeos sobre a Operação Moeda Verde clicando aqui.

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Boom imobiliário destrói litoral espanhol
www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0508200701.htm
Quase 400 prefeituras estão sob investigação por obras irregulares, muitas em praias sob proteção ambiental; cinco prefeitos estão presos
Juros baixos, riqueza da classe média, demanda de aposentados europeus e lavagem de dinheiro de máfias vitaminam setor
Folha de São Paulo
Raul Juste Lores, da reportagem local
5/8/2007


Uma trama que reúne empreiteiros gananciosos, construções irregulares, prefeitos presos e as mais variadas máfias ameaça um dos mais disputados litorais do mundo.

Com exceção dos prefeitos presos, a história poderia facilmente acontecer em alguma parte do litoral brasileiro. Mas é na Espanha onde governos corruptos têm autorizado obras em cada metro quadrado ainda virgem do litoral.

Construções irregulares criam resorts, hotéis e torres em áreas de preservação ambiental. Até a União Européia chamou a atenção do país, no mês passado, pela destruição de sua costa mediterrânea.

Um conjunto de fatores contribui para o boom imobiliário espanhol, um dos principais motores para o crescimento do país na última década.

Internamente, há os juros baixos, uma classe média endinheirada louca para ter um segundo imóvel na praia e um crescimento populacional acelerado provocado por milhões de imigrantes.

De fora, pesam os milhares de aposentados britânicos, alemães e escandinavos que sonham em ter uma casinha sob o calor espanhol, tão raro no continente, a preços razoáveis.

"A máfia russa, os narcotraficantes e os grupos delinqüentes internacionais e nacionais descobriram no litoral espanhol uma grande lavanderia de dinheiro", disse à Folha o analista político Carlos Malamud, do centro de estudos Instituto Real Elcano.

"Isso foi reforçado pela corrupção existente, das prefeituras e de quem decide o zoneamento dessas cidades."

Lei permissiva

Tudo começou com a chamada Lei do Solo, aprovada pelo governo conservador de José María Aznar em 1998. Praticamente todo o solo espanhol se tornou passível de urbanização. De lá para cá, a Espanha construiu cerca de 800 mil unidades habitacionais por ano, mais do que França, Alemanha e Reino Unido juntos.

Mesmo assim, o preço médio do metro quadrado cresceu 150% no mesmo período. Dos 20 bilionários espanhóis na última lista da revista Forbes, oito pertencem ao mundo da construção civil.

Esse boom é mais sentido no litoral, pela cobiça por sua costa com sol e temperaturas acima dos 18ºC na maior parte do ano. A Espanha recebe mais de 60 milhões de turistas por ano, e o que a imensa maioria ainda quer é sol e praia.

Empreiteiros e especuladores começaram uma caça aos espaços ainda virgens e intocados, e contaram com a colaboração de governos municipais dispostos a autorizar qualquer obra. Entre 2000 e 2006, foram denunciadas irregularidades urbanísticas em 397 cidades, a maioria no litoral da Andaluzia e da Comunidade Valenciana.

Uma cruzada liderada por uma dezena de juízes e promotores públicos já colocou cinco prefeitos e dezenas de vereadores atrás das grades.

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Manhattan e Miami ibéricas expõem excesso à beira-mar
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft0508200702.htm
Folha de São Paulo
Raul Juste Lores, da reportagem local
5/8/2007

Uma enorme investigação do Ministério Público espanhol descobriu que dezenas de prefeitos, vereadores, juízes, advogados e funcionários públicos de seis diferentes Províncias espanholas receberam presentes da imobiliária Aifos.

De hospedagem em hotéis cinco estrelas a tratamentos médicos e de beleza, tudo era oferecido aos corruptíveis elos que permitiam construções ilegais da empresa.

O maior foco dessa corrupção é um antigo reduto do jet-set europeu, Marbella, na Costa do Sol, ao sul do país, onde um prefeito foi deposto em 2002 e seus dois sucessores estão presos por corrupção e abusos urbanísticos.

A cidade é uma Miami espanhola, cheia de lojas de luxo, spas e clínicas de cirurgia plástica. Com apenas 125 mil habitantes, tem a maior concentração de iates da Europa e possui 15 campos de golfe (para se ter uma idéia, o Estado de São Paulo inteiro tem 38).

O maior palácio da família real saudita na Europa está lá, uma versão muito ampliada da Casa Branca, de Washington, que abriga até 500 hóspedes. Em Marbella, há 30 mil casas e apartamentos irregulares. A cidade serviu como cenário para festas de contrabandistas nos filmes "Syriana" (com George Clooney) e "Munique" (de Steven Spielberg).

Como uma cantora muito popular na Espanha, Isabel Pantoja, namora um dos ex-prefeitos presos (e recebeu depósitos milionários dele), o escândalo imobiliário foi parar na revista "Hola!", a revista de celebridades que é a bisavó da "Caras", para delírio de fofoqueiros e paparazzi espanhóis.

Só na operação de Marbella, 86 pessoas já foram presas e mais de US$ 3 bilhões foram apreendidos com os corruptos, de obras de arte a cavalos de raça, de Porsches a jóias.

Outro caso dos exageros à beira-mar é Benidorm, na Comunidade Valenciana. Com menos de 70 mil habitantes, Benidorm se orgulha de ter a segunda maior concentração de arranha-céus do mundo por metro quadrado, depois da ilha de Manhattan, em Nova York.

É a versão mais rica e kitsch de Balneário Camboriú. Lá, os andaimes não param de subir: um edifício residencial de 200 metros de altura está em construção, maior que o mais alto hotel da Europa, o local Bali III, com 52 andares e 186 metros.

Barreiras e demolição

Demorou, mas a sucessão de escândalos e descalabros urbanísticos e paisagísticos começa a ser freada. Em Algarrobico, na Andaluzia, em uma praia ainda deserta, um solitário hotel de 22 andares quase pronto foi interditado pelo governo. Será demolido - e o grupo Greenpeace pichou o prédio com letras enormes: "ilegal".

Já em Marbella, o governo andaluz tirou a competência da prefeitura em matéria urbanística por mais de um ano, até que outro prefeito fosse eleito. Várias prefeituras têm perdido o direito de legislar sobre o solo, com intervenções regionais e até do governo nacional.

A melhor notícia para o litoral espanhol, porém, é que provavelmente a bolha da construção imobiliária esteja perto do fim, ou pelo menos, de uma forte desaceleração, com menos crédito, preços dos imóveis menos competitivos e maiores barreiras à construção.

No mês passado, entrou em vigor a nova Lei do Solo, proposta pelo governo socialista, que determina 30% do solo residencial para conjuntos habitacionais populares e promove a participação popular em planos urbanísticos.

Mas os excessos da construção civil e a permissividade de governos locais ainda servirão por um bom tempo como exemplo do que pode acontecer com outros paraísos naturais.

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Governador aponta entraves
Pouca divulgação de Santa Catarina e legislação inibem investidores, diz Luiz Henrique
Jornal A Notícia
Economia, pág. A12
27/3/2007


Florianópolis - O desconhecimento sobre as oportunidades que existem em Santa Catarina e a "insegurança jurídica" são os principais entraves para a chegada de novos investimentos. A avaliação é do governador Luiz Henrique da Silveira que ontem fez um balanço dos 14 dias de viagem em missão oficial à França, Alemanha e Espanha.

O principal ganho da viagem, disse LHS, foi a divulgação do potencial catarinense no exterior. Da viagem, trouxe a garantia de dois investimentos: a ampliação das instalações do grupo empresarial alemão Thomas Netzsch em Pomerode e a instalação de um empreendimento turístico espanhol com estrutura que pode chegar a dez vezes o tamanho do projeto de Jurerê Internacional, localizado em Florianópolis.

O novo complexo turístico ficaria sediado em Governador Celso Ramos, com estrutura semelhante à encontrada pela comitiva de Luiz Henrique em Marbella, na Espanha, incluindo um terminal para transatlânticos e marina para mais de 500 barcos.

Ao apresentar o projeto, o governador atacou o que chama de "eco-radicalismo". Acusa de questões técnicas – principalmente ambientais – serem transformadas em apelo político e impedir a concretização de investimentos no setor. Citou o caso do campo de golfe embargado em Florianópolis por questões ambientais. "Não pode ter um campo de golfe ou uma marina. O que vale é pobreza, o que vale é a Favela do Siri (localizada próxima ao empreendimento). Isso pode."

Outros investimentos no Estado estariam bem encaminhados após a missão oficial. Entre eles, a instalação de unidades dos grupos alemães Carl Zeiss (que atua na indústria óptica e optoeletrônica, com representação em mais de 30 países) e MW Zander, de produção de chips eletrônicos. Luiz Henrique afirma que os principais argumentos utilizados foram o grande número de catarinenses com descendência (sic) européia e os índices econômicos, de segurança e educacionais – além de mostrar Santa Catarina como o epicentro do Mercosul.

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Luiz Henrique avalia missão à Europa em coletiva
Site do Governo do Estado de Santa Catarina
26/3/2007

(...)

Na bagagem, o governador trouxe mais que a prospecção de negócios. Tem confirmado, entre outros acordos, um investimento significativo da empresa alemã Thomas Netsch, em Pomerode; a vinda de um empreendimento turístico espanhol, que pode gerar até 12 mil empregos diretos; e a presença do bailarino Mikhail Baryshnikov para uma apresentação na abertura do 25º Festival de dança de Joinville.

(...)

Espanha - Luiz Henrique também comemorou a decisão de um grupo espanhol de investir em um grande complexo turístico em Santa Catarina, com uma estrutura que pode chegar a dez vezes o tamanho do projeto de Jurerê internacional. A estrutura, semelhante a que existe em Marbella, na Espanha, deve ter um terminal para transatlânticos e uma grande marina, para mais de 500 barcos. “Precisamos compreender que este empreendimento vem para gerar emprego, desenvolvimento, para aumentar a renda do nosso povo. Que uma marina, um terminal turístico e um campo de golfe não vão provocar danos à natureza”, enfatizou.

Luiz Henrique fez questão de destacar que dentro da marina de Marbella existe uma profusão de peixes. “É preciso que criemos a mentalidade do desenvolvimento sustentável e não do radicalismo que impeça o desenvolvimento e a geração de emprego e renda para a nossa gente”. O governador disse ainda que um outro grupo espanhol vai investir nos portos catarinenses, especialmente nos de São Francisco e Imbituba.

(...)

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Usinas Nucleares - Chernobyl - Angra

Veja por que dizer NÃO:

* NÃO há justificativa energética para Angra 3!
Além de custar muito caro, Angra 3 demoraria pelo menos seis anos para ficar pronta, tarde demais para gerar energia. Enquanto isso, um parque eólico pode ser construído em, no máximo, dois anos. Se a justificativa de Angra 3 não é energética, então qual será?

* NÃO precisamos de Angra 3!
Se os R$ 7 bilhões necessários para construir a usina fossem gastos em energia eólica, geraríamos o dobro de energia e 32 vezes mais empregos. Além disso, nosso potencial para as energias renováveis é suficiente para suprir nossa demanda energética. Conheça aqui o estudo [R]evolução Energética.

* 82% dos brasileiros dizem NÃO!
Segundo pesquisa do ISER, encomendada pelo Greenpeace, a ampla maioria dos brasileiros é contra a construção de usinas nucleares.

* NÃO podemos gastar tanto!
Energia nuclear é cara! Com o investimento que seria feito na usina, poderíamos construir 14 estações de metrô ou pagar 280 milhões de bolsas criança-cidadão para evitar o trabalho infantil.

* NÃO queremos esse perigo!
Depois de 60 anos desde que o primeiro reator começou a funcionar no mundo, ainda não existe uma solução definitiva e segura para o lixo radioativo gerado pelas usinas. Este lixo permanece perigoso por centenas de milhares de anos. Outro perigo é o risco de acidentes nucleares como Chernobyl e Goiânia. Em 2006, foram registrados incidentes nucleares na França, Suécia e no Japão.

* Vamos dizer NÃO à aventura nuclear!
O país tem inúmeras outras necessidades que devem ser prioridades de investimento. Mesmo assim, o governo pode insistir em remar contra a maré. Países como Alemanha, Espanha e Suécia estão fechando suas usinas e (com ótimos resultados) gerando energia a partir de fontes limpas e seguras.

Portanto, junte-se a nós e DIGA NÃO você também!

Clique aqui e envie uma mensagem ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com cópia aos membros do CNPE – Conselho Nacional de Política Energética, manifestando sua rejeição à construção da usina nuclear Angra 3.

ONGs protestam em Brasília contra Angra 3 e Programa Nuclear

No dia 08 de agosto, SOS Mata Atlântica, Greenpeace e WWF-Brasil promovem ato com apoio da Frente Parlamentar Ambientalista na semana de aniversário das bombas de Hiroshima e Nagasaki

Nesta quarta-feira, a partir das 11h, mais de duzentos representantes e voluntários de diversas entidades de todo o país realizarão ato em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para protestar contra a retomada da construção da usina nuclear Angra 3 e do Programa Nuclear Brasileiro.

A atividade é promovida pela Fundação SOS Mata Atlântica, Greenpeace e WWF-Brasil, com o apoio da Frente Parlamentar Ambientalista, e contará com a presença de membros do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS), Associação Brasileira de ONGs (Abong), Associação das Vítimas do Césio-137 e Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê), entre outras organizações e reunirá ativistas de Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Angra dos Reis (RJ), Salvador (BA), Caetité (BA) e Goiânia (GO).

A concentração dos manifestantes começa às 9h30, em frente ao Ministério de Minas e Energia. Às 11h, os manifestantes seguirão em passeata até a Praça dos Três Poderes e entregarão a representantes da Frente Parlamentar Ambientalista uma carta em repúdio ao Programa Nuclear Brasileiro e à Angra 3. Às 14hrs, uma sessão de debates sobre o tema nuclear está programada no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, com representantes das entidades da sociedade civil e parlamentares.

A programação é aberta à participação popular e todos os cidadãos estão convidados a manifestar seu repúdio à retomada da aventura nuclear brasileira. Vale lembrar que a data foi escolhida em memória aos ataques nucleares ocorridos em 1945 em Hiroshima (6 de agosto) e Nagasaki (9 de agosto), no Japão.

ATO CONTRA NUCLEAR EM BRASÍLIA
DIA 08 DE AGOSTO, QUARTA-FEIRA,
CONCENTRAÇÃO A PARTIR DAS 9H30 NO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
ATO A PARTIR DAS 11H NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES

Maiores informações:
SOS Mata Atlântica
Greenpeace Brasil
WWF-Brasil