segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Biocombustível de algas sacrifica peixes

Fonte: Blog Planeta Sustentável, 31/08/2009


A produção de biocombustível a partir de algas marinhas é uma tendência que está ganhando cada vez mais força nos EUA. O processo tem sido considerado, por muitos pesquisadores, uma das alternativas de energia limpa mais promissoras para o futuro. Isso porque o combustível de algas não afeta a agricultura – pois é cultivado em áreas sem utilidade para a lavoura de alimentos – e, ainda, rende 30 vezes mais do que outras matérias-primas utilizadas na produção de biocombustível.

Mas as empresas que investem nessa nova tecnologia andam enfrentando um outro problema ambiental: o desperdício de energia elétrica durante a produção do biocombustível. Segundo a LiveFuels – uma das empresas norte-americanas que trabalham com a tecnologia –, para colher as algas e transformá-las em óleo são necessários equipamentos que consomem muita eletricidade.

A fim de esverdear a produção, a LiveFuels resolveu apostar em uma nova forma de fazer biocombustível com algas, mas a ideia não parece ter sido muito brilhante: a empresa anunciou recentemente que usará peixes para fazer a colheita das algas. Depois de se alimentarem, os animais serão capturados e, após fazerem a digestão e transformarem as algas em óleo, os peixes serão abatidos, para que a empresa extraia o biocombustível.

A ideia diminui os gastos com energia e as emissões de carbono, mas também desequilibra o ecossistema marítimo e, por isso mesmo, escandalizou os ambientalistas, que afirmam que a empresa está “trocando seis por meia dúzia”. Mas o porta-voz da LiveFuels não concorda e, quando questionado, disse apenas que “essas associações de proteção aos animais deveriam opor-se à piscicultura convencional, já que ela é bem mais prejudicial ao meio ambiente”.

Dá para acreditar?

===

Leia também:
Força das Algas
Biodiesel de algas
"Alga ou gasolina, doutor?"

A China quer ser verde

Fonte: Istoé Dinheiro, por Rosenildo G. Ferreira

Até bem pouco tempo atrás, a China era apresentada como uma das principais vilãs do aquecimento global. Para dar conta de um crescimento econômico no patamar de dois dígitos por ano, o país se transformou em um voraz consumidor de recursos naturais.

Isso fez com que a China entrasse na alça de mira de ecologistas e de organismos multilaterais que debatem formas de reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2). Sem dúvida, estavam todos certos.

Com uma política energética fortemente ancorada em termelétricas movidas a carvão, a China ganhou o nada honroso título de uma das nações mais poluídas do planeta. Boa parte de sua população, que atinge a cifra de 1,3 bilhão, tem de usar máscara cirúrgica para sair às ruas, tamanha é a presença de agentes tóxicos na atmosfera.

Na terça- feira 22, o presidente chinês, Hu Jintao, subiu à tribuna da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, para dizer ao mundo que essas imagens, no que depender do governo, ficarão confinadas no passado. O discurso agradou aos ecologistas do Greenpeace e do WWF. Alguns números indicam, pelo menos oficialmente, que a China está realmente apostando em um futuro sustentável.

Um bom exemplo disso é o crescimento da geração de energia eólica. Nos últimos quatro anos, o país superou a Alemanha neste quesito e já disputa a liderança mundial com os Estados Unidos. Essa modalidade garante a produção de 12 gigawatts, montante equivalente à usina hidrelétrica de Itaipu, no Brasil. Até 2020, o governo chinês espera colocar em funcionamento a maior plataforma de energia verde do planeta.

Para isso, anunciou que está disposto a gastar US$ 140 bilhões em projetos de energia alternativa: eólica, solar e biomassa (por meio da queima controlada de insumos e sobras da produção agrícola), além de usinas atômicas. Uma verba fantástica que tem o poder de movimentar, em escala global, os fabricantes de insumos para esses setores por um longo período.

Os projetos já conhecidos apontam para recordes dignos do padrão chinês. A planta de energia solar que será instalada no deserto de Ordos, na Mongólia, vai consumir US$ 6 bilhões. Os críticos da fúria sustentável chinesa podem argumentar que é sempre mais fácil tocar obras em um país onde o debate político é próximo de zero.

Mas isso não invalida a qualidade da opção verde feita pela China. Enquanto os Estados Unidos emitem sinais dúbios sobre seu comprometimento em relação ao aquecimento global, a China avança. E nessa marcha vai desenhando um futuro impensável até bem pouco tempo atrás. É certo que a situação para quem caminha pelas ruas da capital, Pequim, ainda não está, digamos, verde. Cerca de 80% das necessidades energéticas do país são supridas por combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural).

A cada semana é inaugurada uma usina termelétrica movida a carvão no país. Mas o cenário vislumbrado por ecologistas a médio e longo prazos se mostra bem melhor quando comparado ao do início da década. No auge da crise financeira global, em 2008, o governo chinês intensificou os investimentos na chamada economia verde.

Foram liberados recursos para projetos de despoluição de rios, tratamento de água e esgoto, troca de lâmpadas incandescentes por diodos emissores de luz (LED, da sigla em inglês) e até mesmo o cultivo e o plantio de árvores. Somente neste último quesito serão gastos US$ 514 milhões. Pelo visto, a China mudou e pretende passar de vilã a mocinha no debate sobre o aquecimento global.

Força das algas

Fonte: Fiat Mio, por Inspirador


Muito além daquela casquinha crocante do seu temaki, as algas podem se tornar uma das grandes fontes de combustível para o século 21. As plantas marinhas são a forma de vida mais abundante no mundo, possuem grande capacidade de absorver gás carbônico (o que minimiza o efeito estufa) e resistem a quase todos os tipos de interpéries. Ao realizar fotossíntese, elas produzem um óleo da família dos lipídeos que é refinado para tranforma-se em hidrocarbonetos, compostos com propriedades de combustão semelhantes ao do petróleo mineral.

Quem diz isso não sou eu ou o Greenpeace, mas as maiores petrolíferas do mundo. Uma reportagem da Época Negócios mostra que Shell, Exxon, Chevron e Petrobras já dedicam centenas de milhões de dólares para encontrar – ou mesmo desenvolver – as espécies de algas mais adequadas para o serviço. Motivo? O tão especulado fim das reservas de petróleo.


Em relação a outros biocombustíveis, como o etanol produzido a partir de cana e milho, as algas têm vantagens: maior produtividade, e não arriscam tomar o lugar do cultivo de alimentos (a não ser que você esteja realmente preocupado com os temakis). Segundo a Solazyme, empresa que acaba de fechar um contrato milionário para desenvolver esse tipo de combustível para a Marinha americana, a partir de 2013 as algas estarão disponíveis para os veículos no mercado, a preços equivalentes à do galão de petróleo. Acredita-se que em 2030 a produção possa substituir 70 bilhões de litros de óleos de origem fóssil.

Pilhas alcalinas ou recarregáveis? Saiba quando utilizar cada uma

Fonte: Gizmodo Brasil, [Len Penzo via Consumerist]

Baterias recarregáveis têm as suas vantagens (ajudar o meio-ambiente, pra começar), mas quando a questão é economizar, o blogueiro de finanças pessoais Len Penzo diz que às vezes as boas e velhas alcalinas são a melhor opção.

Penzo sugere que as recarregáveis nem sempre fazem sentido no custo-benefício, e que é bom saber quando a melhor opção é uma alcalina.

Por exemplo: faz muito mais sentido usar baterias alcalinas em dispositivos que usam pouca energia, como relógios de parede, rádios, detectores de fumaça e controles remotos, porque elas perdem energia a um ritmo bem menor que as recarregáveis.

Penzo também diz para ir de alcalina nas suas pilhas de reserva pra estes dispositivos de baixo consumo. Quanto às recarregáveis, o lance é usá-las somente em "dispositivos de consumo alto ou moderado, e que sejam usados ao menos moderadamente". Controles de videogame, por exemplo.

Dê uma olhada no post dele para mais detalhes sobre qual a melhor pilha para cada ocasião, assim como as diferenças entre os principais tipos de recarregáveis (NiMH, NiCad, Alcalina e Íon-Lítio).

[Clique na imagem abaixo para ver a tabela em tamanho maior]

Mochila solar fotovoltaica

Por Alexandre Montenegro

Adquiri no início deste mês a mochila solar da Voltaic Systems, e resolvi compartilhar aqui no blog a experiência, pois fiquei impressionado com a qualidade dos materiais usados e do acabamento, além da ótima divisão de compartimentos. A grande sacada desse produto é que, enquanto você anda pela rua, a bateria que vem junto com mochila vai sendo recarregada através da energia solar, através dos três módulos fotovoltaicos na parte externa.

Estava aguardando um dia sem nuvens pra testar as características elétricas dos módulos fotovoltaicos que vêm junto com a mochila, mas como aqui em Florianópolis só tem feito dias chuvosos ou nublados, decidi comentar logo o que pude observar até agora. Quando puder, faço os testes para medir o desempenho dos módulos e comento aqui os resultados.



Pois bem, os principais componentes do kit fotovoltaico da mochila são:
- três módulos fotovoltaicos monocristalinos (4Wp),
- uma bateria de íon-lítio (4.400mAh @ 3.6V) com 3 opções de tensão de descarga (3.5, 5.0 ou 7.2 V) e com uma lanterna a led,
- 12 adaptadores para carregar batarias de: celulares de diversas marcas, PDAs, GPSs, iPods, câmeras não profissionais etc. (incluindo adaptadores do tipo isqueiro de carro, USB e micro-USB) - assim, sempre se pode usar o conector padrão para o equipamento cuja bateria se quer recarregar,
- 2 adaptadores para carregar a bateria da mochila diretamente no isqueiro do carro ou na tomada de casa, para períodos longos sem sol.

Há ainda a opção de se carregar uma bateria com tensão de 10V conectando-a diretamente aos módulos fotovoltaicos (sem passar pela bateria da mochila).

Com minha mochila, por enquanto, só precisei carregar a bateria de um celular Nokia. Apesar de ter carregado totalmente a bateria do celular, o contato do conector com o celular não era bom. Entrei em contato com o fabricante e ele imediatamente se prontificou a enviar um novo adaptador, sem custos.

Aproveito para avisar que essa mochila não é adequada para carregar a bateria de notebooks (há outro modelo desse mesmo fabricante para isso).

Para ver outras fotos de usuários da mochila solar e de outros produtos da Voltaic Systems, clique aqui.


adaptadores


bateria íon-lítio (com lanterna led acesa)


bateria no interior da mochila


Para ver outras fotos em detalhe da mochila, clique aqui.

Vídeo sobre a pasta executiva da Voltaic Systems para carregar baterias de notebooks, câmeras profissionais e outros equipamentos eletrônicos portáteis:




Vale a pena conhecer também esses produtos:
7 Portable Solar Laptop Chargers Worth Considering

UFSC comemora 12 anos de produção solar de energia elétrica

Gerador solar fotovoltaico da UFSC que comemora 12 anos de operação ininterrupta [Fotos: Bianca Quadros]

No último dia 16, um projeto da UFSC que inovou na área de geração solar de energia comemorou 12 anos de operação ininterrupta. Trata-se do primeiro gerador solar fotovoltaico do Brasil a ser integrado à arquitetura de prédio urbano e interligado à rede elétrica pública, que foi inaugurado em setembro de 1997. O gerador fotovoltaico converte diretamente energia solar em eletricidade, através dos módulos instalados na cobertura do Bloco A do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, nas dependências do LABSOLAR, e tem uma potência nominal de dois quilowatts-pico (2 kWp).

O aproveitamento da energia solar para a geração de energia elétrica apresenta um grande potencial no desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. Por ser bem distribuída em todo o país, a energia solar é uma fonte para produção de eletricidade que pode atender tanto aos habitantes dos grandes centros urbanos – assistidos pela rede elétrica pública – como às comunidades ou habitações isoladas para as quais a extensão da rede elétrica convencional apresenta custos proibitivos.

Além de utilizar uma fonte de energia renovável, não poluente e silenciosa, ela pode ser integrada a edificações urbanas, se constituindo então em uma usina geradora que não ocupa nenhum espaço adicional nos centros urbanos.

A aplicação da energia solar em edifícios fotovoltaicos apresenta grandes vantagens por situar a geração de energia de forma integrada no meio urbano – quando em regiões assistidas pela rede elétrica pública - e deverá ter uma participação relevante na matriz energética nacional na medida em que seus custos declinem com a produção em grande escala.

Depois da primeira instalação que agora completa 12 anos, a UFSC já implantou vários outros geradores utilizando esta tecnologia limpa. No próprio campus da UFSC, além do gerador mencionado, estão atualmente em operação os sistemas fotovoltaicos interligados à rede elétrica pública instalados nos seguintes locais: Centro de Cultura e Eventos (10 kWp), Hospital Universitário(2 kWp), Colégio de Aplicação (2 kWp) e Centro de Convivência (1 kWp).

Edifícios Fotovoltaicos

Geradores solares fotovoltaicos integrados ao entorno construído e interligados à rede elétrica pública - também conhecidos como Edifícios Fotovoltaicos - vêm crescendo em importância e aplicação em todo o mundo.

Os prédios que utilizam esses geradores são chamados de Edifícios solares fotovoltaicos, pois integram à sua fachada e/ou cobertura painéis solares que geram, de forma descentralizada e junto ao ponto de consumo, energia elétrica pela conversão direta da luz do sol e servem ao mesmo tempo como material de revestimento destas fachadas e coberturas.

Sistemas deste tipo injetam na rede elétrica pública qualquer excedente de energia gerado e, por outro lado, utilizam a rede elétrica como backup quando a quantidade de energia gerada não é suficiente para atender à instalação consumidora. Aliado a isso, o potencial da energia solar fotovoltaica no Brasil é muitas vezes superior ao consumo total de energia elétrica do país. No Brasil, desde o início de sua comercialização, a energia elétrica tem sido fornecida por meio de geração centralizada e complexos sistemas de transmissão e distribuição.

Potencial geração solar x geração hidrelétrica

Para exemplificar o potencial da tecnologia fotovoltaica, a comparação com a usina hidrelétrica de Itaipu é bastante ilustrativa. O lago de Itaipu cobre uma superfície de 1.350 km2, para uma potência instalada de 14 GW e uma produção de energia elétrica que em 2008 foi de 94,7 TWh (corresponde a 22% do consumo de energia elétrica do país).

Cobrindo uma área equivalente com um sistema solar fotovoltaico com eficiência de conversão em torno de 10%, a potência instalada seria de 135 GWp (gigawatts pico) e, em função da disponibilidade de energia solar na região do lago de Itaipu, a quantidade anual de energia elétrica fotogerada seria em torno de 189 TWh (44% do consumo de energia elétrica do país, o dobro da energia gerada por Itaipu).

A comparação serve somente para ilustrar o potencial e naturalmente a proposta não é cobrir o lago da Itaipu com geradores solares. A inovação que vem sendo difundida com os trabalhos da UFSC nessa área é exatamente a geração descentralizada e junto ao ponto de consumo, através da integração dos módulos fotovoltaicos ao entorno construído de ambientes urbanos (telhados e fachadas das edificações), para reduzir investimentos e perdas por transmissão e distribuição, bem como a ocupação desnecessária de área física (1.350 km2, no caso do lago de Itaipu), utilizando-se os telhados das edificações em vez de áreas que podem ter outras finalidades.

Cobrir telhados com módulos solares fotovoltaicos, em vez de que cobrir o lago de Itaipu com os mesmos módulos, apresenta grandes vantagens:
Sociais: por melhorar a qualidade da energia nas pontas de rede e por permitir a substituição de diesel em comunidades não atendidas pela rede elétrica pública;
Econômicas: por reduzir investimentos e perdas de transmissão e distribuição, já que retarda a necessidade de expansão da rede elétrica pública, e
Ambientais: já que a maior inclusão da geração fotovoltaica na matriz energética nacional implica em menor utilização de formas de geração agressivas ao meio-ambiente, como grandes barragens e termelétricas.

Mais informações

O gerador solar fotovoltaico de 2 kWp instalado no Depto. Eng. Mecânica da UFSC inovou por ser o primeiro no Brasil a utilizar, numa instalação deste porte, a tecnologia de filmes finos de silício amorfo. Também foi pioneiro em nosso país na interligação à rede elétrica pública e integração à arquitetura de prédio urbano. Encontra-se em operação e monitoração contínua desde setembro de 1997.

Características:
▫ Local: Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC – Florianópolis, SC
▫ Potência instalada: 2015 Wp (watts-pico)
▫ Área total: 40,8 m²
▫ Início Operação: 16 de Setembro de 1997
▫ Componentes do gerador solar fotovoltaico: 68 módulos (54 opacos e 14 semitransparentes) de filmes finos de silício amorfo de junção dupla; um inversor de corrente contínua (geração solar) para corrente alternada (rede elétrica pública).
▫ Componentes do sistema de aquisição de dados: dois sensores de irradiação solar (plano horizontal e na inclinação dos módulos); dois sensores de temperatura (ambiente e dos módulos); computador dedicado; sistema de aquisição e tratamento de dados; relógio medidor da energia elétrica gerada.

Inovação e benefício social:
▫ Demonstrou, através de estudos desenvolvidos ao longo desses dez anos, a viabilidade técnica e os benefícios sociais, econômicos e ambientais da geração distribuída de energia solar.
▫ Os resultados obtidos nos estudos e publicados em veículos de divulgação científica nacionais e internacionais comprovam que para o nosso país a tecnologia de filmes finos de silício amorfo é a que apresenta melhor performance (energia gerada durante o ano para cada watt-pico instalado) dentre as tecnologias atualmente disponíveis.

É importante salientar que os quatro inversores instalados inicialmente neste gerador solar tiveram uma vida útil de 10 anos, enquanto a previsão era de cinco a seis anos.

Os inversores antigos foram trocados por um único inversor mais moderno em 2008, que permite que os dados de geração estejam disponíveis publicamente na internet para consulta, no site:
www.sunnyportal.com/Templates/PublicPagesPlantList.aspx

ELETROSUL, Instituto IDEAL e UFSC anunciam projeto de gerador solar fotovoltaico de 1MWp

por Alexandre Montenegro

Ocorreu na última sexta-feira (25/9), no auditório da reitoria da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina, a solenidade de lançamento público do projeto ELETROSUL MEGAWATT SOLAR, no qual a Eletrosul, o Instituto IDEAL e a UFSC anunciaram a aprovação de financiamento da ordem de 2,8 milhões de euros por parte do Banco de Fomento Alemão KfW.

O projeto conta também com a parceria da Empresa de Cooperação Técnica da Alemanha GTZ, e da Cooperação Brasil-Alemanha.


Complexo sede da Eletrosul, em Florianópolis. As áreas em azul serão cobertas por módulos fotovoltaicos, sendo que na área P2 um gerador solar com 12kWp já está em funcionamento desde fevereiro deste ano. A área azul maior corresponde à cobertura do edifício-sede da Eletrosul.



Exibir mapa ampliado
Vista aérea do Complexo sede da Eletrosul, em Florianópolis.

Na mesma cerimônia ocorreu também o lançamento do livro “Energia Eólica para Produção de Energia Elétrica”, de autoria de Ronaldo dos Santos Custódio, Diretor de Engenharia da Eletrosul.

O projeto ELETROSUL MEGAWATT SOLAR foi desenvolvido pela UFSC, em parceria com o Instituto IDEAL (Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas da América Latina), para incentivar a produção de energia solar fotovoltaica em prédios públicos federais no Brasil. Pela proposta, uma potência nominal de um megawatt em geradores solares será instalada no complexo sede da Eletrosul, sobre o edifício principal e nas coberturas - a serem construídas - para bicicletários e estacionamentos. Os sistemas vão gerar anualmente, em média, 1,2 GWh, o que equivale ao consumo anual de cerca de 400 residências.

Todos os geradores solares a serem instalados na Eletrosul serão interligados à rede elétrica pública, o que faz com que dispensem o uso de baterias.

O projeto pretende vender a energia gerada para os consumidores livres e especiais interessados em vincular a sua imagem à produção de energia limpa.

Através deste projeto, a Eletrosul, o Instituto IDEAL e a UFSC pretendem dar o passo inicial para incentivar a instalação de geradores solares fotovoltaicos integrados à arquitetura em prédios públicos e privados que ocupam grandes áreas, em diversas regiões do país, com ênfase inicial em aeroportos (Projeto Aeroportos Solares) e estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014 (Projeto Estádios Solares).

O projeto pretende também incrementar a conscientização do público e dos agentes do setor elétrico, preparando o mercado brasileiro para a chegada da competitividade econômica da tecnologia solar fotovoltaica, esperada para a próxima década.

Com a repercussão esperada para as ações desenvolvidas a partir deste projeto, é esperado que se abra o caminho para o estabelecimento de fábricas de módulos fotovoltaicos e componentes associados no Brasil.

O gerador-piloto deste projeto, com 12 kWp, já está em operação desde fevereiro deste ano, e serve atualmente como área de convivência no setor de estacionamentos frontal da Eletrosul (ver fotos abaixo). Está previsto o funcionamento de um bicicletário sob esta cobertura.


Lançamento do livro “Energia Eólica para Produção de Energia Elétrica”

Energia eólica: novo olhar para tema no Brasil

O diretor de Engenharia da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio lançou na última sexta-feira (25/9), na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), o livro “Energia Eólica para Produção de Energia Elétrica”. Editado pela Eletrobrás, a obra agrega teoria e prática, fundamental para avançar os estudos e o desenvolvimento da energia eólica, sistematizando em 12 capítulos, parâmetros para projetos de fazendas que utilizam o vento como matéria prima.

Estudos minuciosos sobre terreno e sua influência no vento; os ventos, os aspectos probabilísticos e características; a disposição das máquinas no parque eólico para maior eficiência da usina, tipos de máquinas, critérios para definição das distâncias entre os aerogeradores e estudos de conexão da usina na rede são as linhas mestras do trabalho. A obra oferece valiosa contribuição tanto para especialistas quanto para leigos no assunto.

Ronaldo Custódio é hoje uma das principais referências em energia eólica no Brasil, tendo sido o idealizador do mapa eólico do RS, único que traz medições de ventos extremos (cujas rajadas ocorrem a cada 50 anos, em média). “O livro do engenheiro Ronaldo reúne reconhecida competência técnica e acadêmica, constitui obra do gênero inédita em nosso país. Traça roteiros objetivos das etapas a serem vencidas para a elaboração de um empreendimento de qualidade no setor, além de ser uma importante contribuição para o desenvolvimento e a consolidação dos aproveitamentos eólicos no Brasil”, registra Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, na apresentação da obra.

Estudos minuciosos sobre os ventos e seus aspectos probabilísticos e características; a disposição das máquinas no parque eólico para maior eficiência da usina, tipos de máquinas, critérios para definição das distâncias entre os aerogeradores e sua disposição no terreno, e estudos de conexão da usina na rede são as linhas mestras deste trabalho. “Creio que a grande contribuição deste livro é o de formar uma literatura nacional sobre o tema, pois tudo o que há está escrito está em outro idioma, em especial inglês e alemão. E tenho certeza que este será um campo muito promissor, uma energia de futuro para o Brasil e para os países, pois o vento é uma grande fonte de energia”, complementa Ronaldo.

A distribuição do livro é gratuita e todas as universidades públicas do país já receberam exemplares. Por se tratar de um livro técnico, foi priorizado o contato com as classes envolvidas, no caso engenheiros e comunidade acadêmica, como forma de disseminar o conhecimento para o estudo da energia eólica no Brasil”.

Para solicitar o livro, entre em contato com a Eletrosul através do formulário disponível neste link, ou pelo telefone: (48) 3231-7000.

Curriculum

Idealizador do Atlas Eólico do Rio Grande do Sul, elaborado pela Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do Estado do Rio Grande do Sul (2002), Ronaldo dos Santos Custódio, natural de Santana do Livramento (RS), é graduado em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Santa Maria (1986) e mestre em engenharia elétrica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2002). Empregado de carreira da Eletrosul, Ronaldo é diretor de Engenharia da empresa desde abril de 2008, tendo sido diretor Técnico (17/1/2003 a 27/4/2008) e presidente interino (2/4/2007 a 27/4/2008). É conselheiro do Operador Nacional do Sistema (ONS) e do CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica.

Obras publicadas: ENERGIA EÓLICA para produção de energia elétrica, 1ª edição, Eletrobrás (2009); Atlas Eólico do Rio Grande do Sul (2002); Parâmetros de Projetos de Fazendas Eólicas e Aplicação Específica no Rio Grande do Sul (dissertação de mestrado, PUC-RS, 2002) e Wind Farm Assessment: Preliminary Study to Rio Grande do Sul Brazil. Eurosun 2002, Bologna, Italy.

Peso da poluição

Fonte: Agência FAPESP, por Alex Sander Alcântara, 28/9/2009

Uma nova pesquisa reforça trabalhos anteriores ao apontar a poluição ambiental como uma das causas do baixo peso em crianças recém-nascidas. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Taubaté (Unitau), em São Paulo, destacou o papel de poluentes – entre os quais ozônio e dióxido de enxofre – como fatores de risco para o baixo peso de bebês.

Os resultados foram descritos em artigo na revista Cadernos de Saúde Pública, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz.

Os autores do artigo são Luiz Fernando Nascimento, professor do Departamento de Medicina da Unitau, e o aluno de graduação Douglas Amaral Moreira. A pesquisa foi feita no âmbito do projeto “Análise espacial de agravos à saúde no vale do Paraíba”, que tem apoio da FAPESP na modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular.

Diferentemente de estudos anteriores, que foram feitos em metrópoles como São Paulo, desta vez o foco foi uma cidade de médio porte, no caso São José dos Campos (SP), que tem cerca de 615 mil habitantes.

A pesquisa apontou que 3,95% dos recém-nascidos apresentaram redução no peso devido aos poluentes, principalmente ao ozônio. Segundo Nascimento, o recorte do estudo considerou apenas mães classificadas como saudáveis dentro dos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Foram usados dados de 2.529 mulheres relativos a 2001.

“O estudo recortou perfis de mulheres entre 20 e 34 anos, que tinham concluído o ensino médio, realizado no mínimo sete exames pré-natal e tiveram gestação entre 37 e 41 semanas, gravidez única e parto normal. Com isso, pudemos saber que o baixo peso não se devia a outras causas”, afirmou.

O estudo usou dados ambientais da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Foram montados bases da dados com informações acumuladas sobre a exposição trimestral aos poluentes, de modo a permitir um efeito cumulativo e estimar a resposta a cada susbstância.

Para cada dia analisado de ocorrência de nascimentos de bebês com baixo peso, os pesquisadores consideraram os valores totais para os 90 dias anteriores para cada poluente.

De acordo com Nascimento, como o estudo trabalha com população (recorte ecológico) e não com o indivíduo, não há identificação da mãe nem do bebê com baixo peso. “Trabalhamos com dados secundários do Sistema de Informação dos Nascidos Vivos (Sinasc), que apresenta muitas variáveis do registro dos nascidos vivos. Esse registro, no entanto, não traz alguns dados importantes como se a mãe fuma ou não, por exemplo, uma vez que o fumo é um agente importante na gênese do baixo peso”, ressaltou.

Nascimento indica que existe um volume considerável de trabalhos que relacionam a poluição a problemas respiratórios e doenças cardiovasculares, mas que ainda há muito poucos que analisam as possíveis relações com o baixo peso em recém-nascidos.

Um dos trabalhos destacados pelo pesquisador foi coordenado por Nelson da Cruz Gouveia, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP), que indicou que a poluição do ar aumenta em 50% o risco de morte de recém-nascidos na cidade de São Paulo.

O estudo de Gouveia e Andréa Peneluppi de Medeiros, atualmente professora da Universidade de Taubaté, verificou que de uma amostra de 311.735 nascimentos, 4,6% dos recém-nascidos apresentaram menos de 2,5 quilos ao nascer.

Pesquisas importantes e pioneiras na área tem sido conduzidas há duas décadas por Paulo Hilário Saldiva, professor do Departamento de Patologia da FMUSP, que demonstraram, entre outras conclusões, que nos dias mais poluídos morrem mais bebês em gestação na capital paulista.

Saldiva coordenou o Projeto Temático “O impacto das exposições intrauterina e nas fases iniciais do desenvolvimento pós-natal aos poluentes atmosféricos no desenvolvimento de alterações adversas na vida adulta”, apoiado pela FAPESP e concluído em 2008, e atualmente é coordenador do Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), que no Estado de São Paulo são apoiados pela FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Projeto Temático.

“Estudar o baixo peso nos recém-nascidos é importante porque se trata de um dos principais fatores de risco. Ainda é bastante alta a prevalência dos risco de óbitos no primeiro ano de vida da criança”, disse Nascimento.

Mecanismo obscuro

Nascimento aponta que o mecanismo de atuação da poluição no baixo peso dos recém-nascidos ainda é obscuro. “Temos modelos de análise mostrando como o ozônio atua no trato respiratório, mas muito poucos em relação ao crescimento”, disse.

Mas o estudo lança algumas hipóteses. A poluição por ozônio poderia provocar um aumento na viscosidade do sangue, comprometendo o fluxo sanguíneo na placenta que leva nutrientes para o feto. Ou seja, o efeito do ozônio, que é um oxidante poderoso, pode envolver mecanismos inflamatórios.

“A gravidez é acompanhada por um aumento da ventilação alveolar. E a hiperventilação resulta no aumento da absorção do ozônio, com uma resposta inflamatória e a liberação de produtos de peroxidação lipídica e citocinas. Esses agentes podem afetar a circulação na placenta e colocar em risco o crescimento fetal”, indicou.

O ozônio é um poderoso oxidante que participa nas reações extra e intracelulares, com o envolvimento de importantes enzimas metabólicas. Ele contribui para o agravamento de doenças respiratórias preexistentes e para o aumento de hospitalizações e visitas a emergências durante as crises respiratórias.

“O ozônio é um poluente secundário. Ele é originado da ação da radiação ultravioleta nos poluentes da combustão dos motores de álcool, gasolina e diesel, por exemplo. E a alta concentração é registrada em picos durante o dia, entre 10 da manhã e 4 da tarde. Daí a total contra-indicação de atividade física nesses horários, mesmo em lugares arborizados como parques”, disse Nascimento.

O professor da Unitau conta que a pesquisa prosseguirá de forma ampliada. “Esse estudo foi realizado em um período de um ano. Agora vamos continuá-lo, estendendo o tempo para dois anos”, disse.

Para ler o artigo "Os poluentes ambientais são fatores de risco para o baixo peso ao nascer?", disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), de Luiz Fernando Nascimento e Douglas Moreira clique aqui.

Ibama quer a suspensão da licença ambiental concedida para Bunge e Yara extrairem fosfato na Mata Atlântica

Anúncio foi feito pelo superintendente substituto do Ibama, Kléber Souza. Segundo ele, o órgão federal não foi consultado e a LAP não poderia ter sido expedida.

Fonte: Jornal NotiSul, por Wagner da Silva, 26/09/2009

Grupos favoráveis e contrários à exploração de fosfato em Anitápolis debateram os prós e contras da atividade pretendida pela Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), de propriedade das multinacionais Bunge e Yara Brasil, duas das maiores empresas de fertilizantes do mundo.
A audiência pública, a primeira na Amurel, ocorreu nesta sexta-feira, em Braço do Norte, e serviu para confirmar como há divergência em torno do assunto e como será difícil chegar a um consenso.

Técnicos da IFC apresentaram, em vídeo, todo o projeto referente à possível implantação da mineradora no município serrano: dados ambientais, projeto de minimização de risco, planos emergências e sociais (profissionalização de mão-de-obra, alojamento de funcionários), entre outros, foram detalhados.
Mas nenhuma outra instituição foi mais criticada do que a Fundação do Meio Ambiente (Fatma). Nenhum representante do órgão compareceu à audiência. Diante disso, as afirmações do superintendente substituto do Ibama, Kléber Souza, ficaram sem resposta.

Ele acusa a Fatma de negligenciar o poder federal. “Em nenhum momento deste processo, o Ibama foi informado. Se houver qualquer postura da empresa que nos ignore, a IFC será multada e terá os equipamentos apreendidos. Para conceder uma autorização, é necessário a nossa participação, porque estamos acima da Fatma. Por isto, solicitamos a suspensão da Licença Ambiental Prévia (LAP), expedida pelo órgão catarinense”, anunciou Kléber.

Encaminhamentos
A audiência pública foi acompanhada por diversas lideranças municipais, inclusive de Anitápolis - onde o empreendimento poderá ser instalado - e Rancho Queimado.
Entre as deliberações, a principal delas é que será agendada uma reunião entre a comissão do meio ambiente da assembleia legislativa e membros de grupos representativos com o ministro de agricultura, Reinhold Stephanes, e do meio ambiente, Carlos Minc, para debater o uso de fertilizantes e investimentos na produção sustentável.


Técnicos da IFC, representantes de grupos e autoridades de vários municípios da Amurel e da serra catarinense participaram da audiência pública a respeito da instalação da IFC.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dinamarca testa posto solar de recarga de veículos elétricos

Mais parecido com um ponto de ônibus, o E-Move é uma estação de recarga para veículos elétricos, equipada com painéis fotovoltaicos que convertem a energia solar em eletricidade.
Fontes: Gizmodo Brasil e Fiat Mio


Pode esquecer aquele transbordante cheiro de gasolina. No que depender dos entusiastas da energia solar, os postos de combustível do futuro serão como o E-Move, um toldo no estilo ponto de ônibus, com oito painéis fotovoltaicos que poderão produzir até 2.000 kWh anuais.


Idealizado pelo dinamarquês Valentin Runggaldier, o E-Move pode recarregar simultaneamente oito pequenos veículos elétricos como bicicletas, motos e minicarros – veículos maiores certamente demandarão estações mais espaçosas. Segundo o site Inhabitat, o primeiro protótipo já está em testes, e os desenvolvedores planejam vender o produto para governos e clientes privados que queiram operar uma rede de recarga energética, mediante assinatura dos usuários.

domingo, 20 de setembro de 2009

Prefeito de Florianópolis está na lista de indiciados na Operação Moeda Verde

Cabe agora ao Procurador da República pedir abertura de ação criminal ou arquivamento
Fonte: Jornal de Santa Catarina, por Felipe Pereira, 18/09/2009

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, informou que o prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), e todos os outros envolvidos na Operação Moeda Verde podem ser considerados indiciados. Todos os suspeitos estão em liberdade.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira pela comunicação social do TRF-4 e teve como origem o gabinete do desembargador Nefi Cordeiro, encarregado de relatar o caso. A reinserção de Dário Berger na lista de indiciados é consequência da decisão de quinta-feira que manteve a Moeda Verde em Porto Alegre.

Mas o advogado de defesa do prefeito, Péricles Prade, saiu do TRF-4 com uma interpretação diferente. Ele entende que não houve apreciação da liminar que retirou o cliente da lista de indiciados e por isto ela continua valendo.

Agora, a Moeda Verde segue para o Ministério Público Federal de Porto Alegre. O procurador da República Paulo Gireli vai decidir se sugere o arquivamento ou pede abertura de ação criminal. Caso ele considere o material insuficiente pode pedir novas investigações.

O parecer do procurador será encaminhado para três desembargadores que definirão o futuro da operação. Se eles optarem por abrir uma ação penal finalmente começaria o julgamento. No entanto, não há prazos para a decisão.

A operação

O caso começou no dia 29 de julho de 2007, com o pedido de prisão preventiva de 22 pessoas suspeitas de participar de um esquema de compra e venda de licenças ambientais. Foram indiciadas 54 pessoas em Santa Catarina, entre empresários, agentes públicos e políticos.

Os crimes são contra o meio ambiente e o patrimônio genético; formação de quadrilha; falsidade ideológica; corrupção passiva; prevaricação; advocacia administrativa; crimes do sistema nacional de armas; tráfico de influência e corrupção ativa.

===

Saiba mais sobre a Operação Moeda Verde clicando aqui.

Mina vira alvo de protestos em SC

Empreendimento para explorar fosfato obteve aval de órgão de licenciamento, mas moradores são contra atividade
Fonte: Estadão, por Eduardo Nunomura, 20/09/2009


Há sete anos, Fernando Monteiro decidiu ir embora para sua Pasárgada, e assim batizou o sítio que escolheu, no meio da mata atlântica de Santa Catarina. Hoje, ele está triste, triste de não ter jeito, com a história da construção de uma mineradora perto de seu quintal. Mas, ao contrário do que imaginava o poeta Manuel Bandeira, Monteiro não é amigo do rei nem da Indústria de Fosfatos Catarinense (IFC), dona do projeto Anitápolis. A IFC quer explorar a maior jazida ainda intacta no País em uma área de 300 hectares, cercada de florestas, rios e pequenas comunidades. Monteiro e outros tantos lutam para barrar a obra.

Duas multinacionais, a Bunge e a Yara Brasil Fertilizantes, formaram a IFC e compraram 1,8 mil hectares na pacata cidade de Anitápolis. Há décadas sabe-se que naquele chão há o minério vital para o agronegócio. É o fósforo, identificado pela letra química P. Com o nitrogênio (N) e o potássio (K), forma o fertilizante NPK. O Brasil importa a maior parte do fósforo, porque é mais barato. Explorar jazidas como a de Anitápolis reduziria a dependência externa.

Monteiro é um paulistano que se refugiou na montanha. Casou-se com Regina Capistrano, mãe de Miguel, de 11 anos, e com ela teve duas filhas, as pequenas Mariana e Ana Clara. Eles compraram 5,5 hectares cortados por dois rios e nove nascentes d'água. Plantaram uma horta e construíram três cabanas para receber hóspedes. A pousada Sítio Pasárgada faz parte de um programa de inspiração francesa, a Acolhida na Colônia, onde turistas experimentam a vida no campo sem televisão, telefone ou internet. "Falo de rios limpos, rãs e matas intactas. As multinacionais dizem que vão preservar, mas a lógica delas é de quem só pensa em produzir", diz ele.

"A IFC não entende que a atividade de mineração seja destrutiva ao meio ambiente", rebate o diretor da empresa, Ademar Fronchetti, que espera obter o aval para as obras até o início de 2010. "Hoje, tanto as operações de mineração quanto os complexos químicos devem ser projetados visando condições de sustentabilidade, gerando riqueza e desenvolvimento, não só para o país, mas principalmente para a região onde está inserida."

AGRICULTURA ECOLÓGICA

O agroturismo é uma atividade referência em Anitápolis e nas cidades vizinhas das encostas da Serra Geral, uma vasta área de vales e montanhas banhada pela Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão. Mais de 30 propriedades aderiram ao Acolhida na Colônia, que gera renda extra aos agricultores, mas exige preservar nascentes e tratar o esgoto. Outra vocação é a agricultura orgânica, praticada por famílias como a Willemann, em Santa Rosa de Lima. Cenouras, beterrabas, brócolis, vagens, pepinos e cebolas são produzidos sem agrotóxicos ou fertilizantes e vendidos a supermercados de São Paulo. "O maior problema é que vão mexer com a água. Ela é tudo para nós", preocupa-se Alexandre Willemann.

Na beira do Rio dos Pinheiros, afluente do Rio Braço do Norte, um dos principais formadores da bacia do Tubarão, os primos Antonio José e Valdenir Coelho identificaram uma grande rocha branca e levaram um especialista para conhecê-la. Descobriu-se que era o carbonatito, proveniente de uma mina de fosfato. Era fim dos anos 1970, quando agricultores das redondezas plantavam batatas e colhiam superbatatas. Havia fosfato demais no solo.

A empresa Adubos Trevo, hoje da Yara Brasil, arrematou o terreno e, com o fantasma da mineração, Anitápolis conheceu o êxodo rural - dos 8 mil habitantes, hoje são 3,3 mil.

Em 1987, quando a Adubos Trevo sondava o terreno, a Organização das Nações Unidas cunhava o termo "desenvolvimento sustentável". Desenvolver e preservar, dois lemas-chaves para o futuro, tem hoje interpretações distintas em Anitápolis. Prefeitura, Estado e União defendem o projeto da IFC. Outros prefeitos, ambientalistas e o Ministério Público são contra.

Por ano, a mina da IFC deve produzir 1,8 milhão de toneladas de fosfato, 500 mil toneladas de super fosfato simples, 200 mil toneladas de ácido sulfúrico (usado na mineração) e descartado 1,2 milhão de toneladas de material estéril. A área de lavra virará uma cratera a céu aberto e terá vida útil de 33 anos. A produção usará a água captada no Rio dos Pinheiros.

A previsão é de gerar 1,5 mil empregos na obra que durará três anos e 450 para a operação. Na região, não há trabalhadores especializados. A IFC vem pagando cursos de capacitação pelo Senai. "A mineradora atrairá outras empresas que gerarão empregos", diz o prefeito de Anitápolis, Saulo Weiss. Se o projeto vingar, a cidade verá o orçamento passar de R$ 4 milhões para R$ 6,5 milhões. O Estado e a União arrecadarão outros R$ 7,5 milhões em tributos.

TRANSPORTE DE CARGAS

Os prefeitos Evanísio Uliano, de Braço do Norte, e Celso Heidemann, de Santa Rosa de Lima, afirmam que só souberam do empreendimento após o aval do órgão de licenciamento estadual. "Há uma população em pânico. É preciso mais audiências e uma consultoria independente que ateste a segurança da obra", diz Uliano.

O transporte das cargas, desde o enxofre para a mineração que virá importado pelo Porto de Imbituba até o destino final do fosfato em Lages, ocorrerá pelas rodovias BR-101, BR-282 e SC-407. A partir de Lages, o produto será escoado por ferrovia. O prefeito de Rancho Queimado, Evanísio Leandro, teme pelo vaivém de caminhões, que passam, em média, a cada dez minutos. Sua cidade possui mais de 30 condomínios com casas de fim de semana para moradores de Florianópolis.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aptera 2E – Google e seu carro elétrico

Fonte: Discovery, por Gilberto Reinaldo em 17/09/2009

O Google, através de sua Fundação Google.org, tem apoiado economicamente projetos para desenvolver novas fontes de energia e meios de transporte com foco em sustentabilidade e preservação do meio ambiente e, em mais uma iniciativa em parceria com a Aptera Motors e outros investidores tais como a Rockwell e Idealab, estão desenvolvendo um carro de dois lugares, com motor elétrico e híbrido, capaz de alcançar 140 km/h em 10 segundos, prometendo fazer 100 km com apenas 1 litro de combustível.

O veículo batizado de Aptera 2E tem lançamento previsto na Califórnia-EUA ainda em outubro deste ano, com um preço aproximado de 30 mil dólares. Quem quiser garantir o seu, o site já está recebendo cadastros no valor de 500 dólares para reserva. No site oficial são apresentadas características bem interessantes: conectividade com smartphones integrado ao sistema de som, desenho aerodinâmico baseado no corpo dos pássaros, metade do peso de um carro normal e resistência impressionante considerando o visual frágil do automóvel.

No site ainda é possível checar também características internas e externas do veículo futurista, além de uma lojinha virtual com artigos da marca.

Abaixo algumas fotos do site oficial:



quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Manifestação contra a tentativa de implantação da IFC (Indústria de Fosfatos Catarinense)

Prezadas cidadãs e prezados cidadãos catarinenses,

Uma manifestação contra a tentativa de implantação da IFC (Indústria de Fosfatos Catarinense) será realizada no próximo domingo (20/9), às 11 horas da manhã, no trevo da BR282 com a SC407, em Rancho Queimado (ver convite e mapa ao final desta postagem).

A IFC é um empreendimento conjunto entre as multinacionais Bunge e Yara que pretende instalar uma mineradora de fosfato a céu aberto em Anitápolis, Santa Catarina.

Tal empreendimento vai gerar diversos impactos sociais, ambientais e econômicos negativos a toda região, comprometendo especialmente o abastecimento de água, o turismo e a agricultura familiar, pois será construída dentro da bacia hidrográfica do rio dos Pinheiros, que faz parte da bacia hidrográfica do rio Braço do Norte, formada por 19 rios nos municípios de Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, Grão Pará, Braço do Norte e São Ludgero. Leia aqui a reportagem publicada recentemente na Revista Época.

O protesto é organizado pela Comitê das Nascentes, uma organização ambientalista criada na região que vai ser atingida caso a IFC seja de fato implementada.

Contamos com a sua presença!! Venha vestida(o) de verde!

Informações:
Comitê das Nascentes
Daiana Andréia Bastezini
Dir. de Projetos Especiais de Turismo
Rancho Queimado - SC
(48) 32750015- 8404.0081
Associação Montanha Viva
Projeto Nascentes da Serra




Mapa:

Exibir mapa ampliado

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sacolas biodegradáveis coloridas para incentivar a reciclagem

Caros amigos,
Este blog recebeu um comentário bastante interessante a respeito do tópico SACO É UM SACO.
O referido tópico trata da campanha lançada recentemente pelo
Ministério do Meio Ambiente para alertar sobre os problemas decorrentes do uso de sacolas plásticas. Solicitei autorização ao autor do comentário para transformá-lo em postagem do blog. Recebida a autorização, reproduzo abaixo, para permitir o debate.
Recomendo principalmente que vejam o link "Rota da Reciclagem".
Abraço,
Alexandre

====

por Trainspotting, do blog Solar Bike


Embora bem intencionada, a campanha contra as sacolas plasticas é um tiro no pé e um chute no saco. Explico: O Brasil produz 12 bilhões de sacolas/ano, ou seja, 66 sacolinhas plásticas por mês por habitante. Continuemos assim, mas as substituindo por sacolas biodegradávies, que geram biogás/energia em biogeradores juntamente com os resíduos orgânicos coletados seletivamente em todos os municípios brasileiros através de lei federal, com impulso do PAC.

Precisamos de lei federal para instalar aterros sanitários em todos os municípios e não deixar a coisa largada como está, pois sustentabilidade é questão estratégica de um país bacana e legal para se viver.

Paguemos um pau para o caso do Grupo Pão de Açúcar, que com as 89 Estações de Reciclagem, desde 2001, já recolheu mais de 15000 ton de materiais recicláveis.

Como esta experiência pode ser ampliada e replicada? Com sacolinhas plásticas fornecidas em supermercados e em farmácias, shoppings, feiras e etc!!!

Estamos falando de sacolas:
Verdes - Vermelhas - Azuis - Amarelas e Marrons, todas com um símbolo grandão de reciclagem e no centro deste os dizeres: Metal, Plástico, Papel, Vidro ou Orgânico, além de um quadradinho pequeno, bem pequeno com o nome do supermercado ou distribuidor das sacolas, ou nenhuma propaganda.

Desta forma, teremos sacolas que nos orientarão e estimularão a abraçar a reciclagem, levando os resíduos para os pontos de coleta da prefeitura, ferro-velho, estações de reciclagem nos supermercados ou diretamente nos aterros sanitários.

Viva as sacolas recicláveis coloridas!!!!

Na prática: Compre um coletor de lixo Recicla Fácil ou use as sacolas recicláveis coloridas que, caso a lei federal aqui proposta se torne real, serão produzidos pelas mesmas empresas que produzem os inúteis sacos plásticos utilizados atualmente na maioria dos supermercados.

Exemplo: O Lopes Supermercado tem gestores bem intencionados em questões ambientais, tanto que em suas sacolinhas brancas dedicam mais espaço a orientar os consumidores em como reciclar vidro, metal, papel, plástico e resíduo orgânico.

Como diferenciar uma sacolinha cheia de papel ou plástico descartados se a densidade/peso é praticamente a mesma? Usando sacolas coloridas!!!

O Presidente deu 30 dias para a CBF alinhar o calendário esportivo brasileiro com o europeu para nunca mais o Corinthians ou qualquer outro time ser 'desmontado' antes do término do campeonato, mas quanto tempo precisaremos para termos pessoas ecointeligentes para promulgar um lei que implante a coleta seletiva neste país e as sacolas recicláveis coloridas??

Ou precisaremos da Marina Silva para isso??

Forte abraço e boa sorte a todos!!

Veja também os links abaixo:

Rota da Reciclagem: Onde reciclar embalagens longa vida (Tetra Pak)

Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE)

Coletor de lixo Recicla Fácil

Modelos de sacolas/ferramentas para o exercício e prática da reciclagem

Termelétrica Bandeirantes a biogás de aterrro sanitário: premiação

Termelétrica Bandeirantes a biogás de aterro sanitário: no site da BOVESPA

Termelétrica Bandeirantes a biogás de aterro sanitário: localização

Inaugurado mais um parque eólico no Ceará

por Mariana Amaro, da INFO Online, 10/09/2009

Inaugurado mais um parque eólico no Ceará

Mais um parque eólico é inaugurado no Ceará. Foram investidos 500 milhões de reais na Central Eólica Praia de Formosa.

Localizada em Camocim, no Ceará, a usina tem 50 aerogeradores de 2,1 MW de potência, com capacidade de produzir 105 MW, o suficiente para abastecer uma cidade com 350 mil habitantes.

O empreendimento, da Siif Énergies, é o maior do nordeste brasileiro e eleva a produção nacional a 547 MW de potência instalada. Esse número ainda deve alcançar 900 MW até o final de 2009 se outras usinas com inauguração marcada para este ano forem terminadas.

Foram construídos cerca de 135 km de linhas de transmissão ligando a usina em Camocim à subestação na cidade de Sobral.

A maior usina eólica do Brasil e, na verdade, da América Latina, também será construída pela Siif Énergies. Localizada no Rio de Janeiro, a Central Eólica de Quintilha Machado terá potência de 135 MW.

Considerada uma das formas mais limpas de se obter energia, as usinas eólicas crescem a taxas anuais entre 20% e 30% e, segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, o país tem possibilidade de tirar até 143 GW de energia dos ventos, mais de 260 vezes o que existe hoje.

E-readers são mais verdes que livros

Por Mariana Amaro, da INFO Online, 02/09/2009

O Kindle, da Amazon: o aparelho pode evitar a emissão de 9 bilhões de quilos de CO2

SÃO PAULO – Mais uma vitória da tecnologia. Os e-readers poluem bem menos os livros de papel.

É o que consta no estudo The environmental impact of Amazon's Kindle, organizado pela Cleantech. De acordo com Emma Ritch, a coordenadora da pesquisa, não é apenas comprar um e-reader que ajuda o meio ambiente. Mas sim, o fato que leitores digitais substituem a compra de, em média, 22,5 livros.

De acordo com a Cleantech, em 2008, a indústria editorial americana foi responsável pela derrubada de 125 milhões de árvores, além de toda água desperdiçada durante o processo da fabricação de papel e da impressão.

Ainda segundo o estudo, os livros impressos tem a maior pegada de carbono na indústria editorial. A chamada pegada de carbono representa toda a quantidade de CO2 que foi emitida em todo o processo de industrialização do livro e dos componentes dele, como a tinta e o papel.

Além disso, é levado em conta o uso de combustíveis fósseis nos carros e caminhões que fazem o transporte do livro e dos seus componentes. De todos os livros entregues, entre 25% e 36% voltam para o fabricante, gastando ainda mais combustíveis fósseis. Depois disso há três caminhos que podem ser seguidos pelo editor: queimá-los, jogá-los no lixo ou reciclá-los.

Segundo os resultados do estudo, comprar três livros digitais por mês durante quatro anos produziria 168 kg de gás carbônico, comparado a 1074 kg de CO2 gerados pela compra do mesmo número de livros impressos durante o mesmo período. Para a Cleantech, a adoção de e-readers poderia evitar a emissão de 9 bilhões de quilos de CO2 até 2012.

Isto não significa, no entanto, que o e-readers não causam impacto ambiental. Como todos os produtos eletrônicos, os leitores digitais contém materiais tóxicos e, se não forem descartados da maneira correta, podem causar grandes problemas ao meio ambiente.

Para os ambientalistas, existe uma maneira ainda mais prática, econômica e sustentável para manter a leitura em dia: as bibliotecas públicas.

==

Nota do blog: Aproveitamos para reproduzir abaixo três comentários publicados no site da Info Online, a respeito do artigo acima:

* Mas ainda é um produto que não tem todo seu ciclo de vida projetado. Ele será vendido em massa, é de plastico e como todo eletrônico fica obsoleto e é jogado no lixo. Um e-reader só vai ser mais ecológico que um bom livro feito de papel de reflorestamento se tiver TODO O SEU CICLO DE VIDA planejado pelo fabricante. Eu como engenheiro digo: é possível criar os produtos de forma que no fim de suas vidas voltem ao fabricante. Com isso, o fabricante tem um feedback real do estado de seus produtos, pode aprimora-los e reaproveitar uma matéria prima que ele já certificou a qualidade.
enviado por: Bruno Ferreira Porto em 02/09/2009 - 18:12

* Mariana, "carbon footprint" não fica melhor como "rastro de carbono" ao invés de "pegada de carbono"? O rastro de carbono que um produto deixou em seu processo de fabricação. Footprint é pegada, mas também é rastro, e neste contexto "rastro" parece explicar mais facilmente o significado da expressão. Abração.
enviado por: Eder Gusatto em 02/09/2009

* Eder, faz sentido, porém, a tradução de "carbon footprint" como "pegada de carbono" já colou...
enviado por: fabio lima em 03/09/2009

Espelho do Google barateia energia solar

Fonte: Info Online, com informações da Reuters, 11/09/2009

Bill Weihl, chefe de energias limpas do Google: executivo espera desenvolver tecnologia viável que possa ser exibida aos demais departamentos da empresa dentro de dois meses.

SÃO FRANCISCO - O Google está decepcionado com a falta de ideias avançadas no setor de tecnologia ecológica nas quais seja possível investir.

Porém o gigante está trabalhando para desenvolver espelhos que poderiam reduzir o custo de construção de usinas de energia solar em 25% ou mais.

"Estamos estudando materiais muito incomuns para espelhos, tanto para a superfície reflexiva quanto para o substrato sobre o qual o espelho é montado," disse Bill Weihl, líder dos projetos de energia ecológica do Google, no Reuters Global Climate and Alternative Energy Summit, que aconteceu nesta semana em São Francisco.

O Google anunciou no final de 2007 que nos próximos anos investiria em empresas e pesquisas no ramo de produção de energia renovável e a preço acessível.

Os engenheiros da empresa estão concentrados na tecnologia térmica solar, pela qual a energia do sol é utilizada para aquecer uma substância que gera vapor capaz de acionar uma turbina. Os espelhos concentram os raios do sol na substância a aquecer.

Weihl disse que o Google está reduzindo o custo de produção dos heliostatos, os campos de espelhos que precisam acompanhar o movimento do sol, a pelo menos a metade, "mas idealmente a um terço ou um quarto."

"Tipicamente o que vemos é de 2,50 a 4 dólares (por watt) em custos de capital", explicou Weihl, "Com isso, uma instalação de 250 watts custaria entre 600 milhões e um bilhão de dólares. É muito dinheiro."

Isso equivaleria a preços de entre 12 e 18 centavos de dólar por quilowatt/hora.

O Google espera desenvolver tecnologia viável que possa ser exibida aos demais departamentos da empresa dentro de dois meses. Os testes precisarão ser acelerados para demonstrar o impacto de décadas de uso sobre os espelhos em condições desérticas.

"Ainda não chegamos lá", afirmou, "Mas tenho esperança de desenvolver espelhos mais baratos do que os usados pelas companhias que operam nesse mercado."

sábado, 5 de setembro de 2009

Fundo de energia solar tramita na Assembleia Legislativa do Ceará

Fonte: Jornal O Povo, 08/08/2009

O Governo do Estado do Ceará dá mais um passo para a criação do Fundo de Incentivo à Energia Solar (Fies). O projeto, antecipado com exclusividade por O POVO, dia 2 de maio, objetiva dar subsídios legais à instalação, consolidação e manutenção de usinas destinadas à produção de energia solar direta.

Conforme a mensagem do governador Cid Gomes, lida ontem (7/8) na Assembleia Legislativa, a intenção é tornar o Ceará líder na geração desta energia renovável, incrementar a receita do Estado e experimentar um incremento na oferta de emprego e renda.

O Fies será o primeiro mecanismo concreto de estimulo à geração de energia solar direta no Estado. Pelo projeto, o executivo fica autorizado a abrir crédito adicional no Orçamento 2009 de R$ 10 milhões, para despesas do instrumento de captação financeira.

A iniciativa do Fies faz parte do que o Governo chama de “Pró-Solar”.

Ainda de acordo com a mensagem do governador, o incentivo à energia solar é uma ação pioneira no Brasil e colabora para o desenvolvimento de fábricas de equipamentos de energia proveniente do sol, semelhante ao que ocorreu em países como Espanha, Grécia, Alemanha e Itália.

O Fies está ligado a Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece) e deverá ter os recursos administrados pela Secretaria da Fazenda (Sefaz).

===

Leia também:
Governo do Ceará destina R$ 10 mi para abrir clube de investimento
Projeto cria fundo para energia solar no Ceará

Energia renovável com as Ilhas Solares (Solar Islands)

Fonte: Meio Bit, Enviado por Ricardo Bicalho em 5/9/2009
[Texto em itálico refere-se ao texto modificado por este blog]

O uso de combustíveis fósseis ainda está longe de deixar de ser o principal componente da matriz energética mundial. No entanto, apesar de novos poços de petróleo continuarem sendo descobertos, com o consumo crescente, simplesmente não há reservas suficientes, até onde se sabe, para atender à demanda até o fim desse século.

O sol é uma forte de energia virtualmente infinita, abundante e suporta praticamente toda a vida na superfície. Petróleo nada mais é do energia solar fossilizada através de seres vivos, sedimentos, calor e pressão.

Energia solar ainda tem desafios como ser mais eficiente na conversão dos raios solares em eletricidade, suprir consumo noturno e necessidade de ocupar grandes áreas para chegar no limite do economicamente viável.


O Solar Islands é um projeto interessante na qual enormes ilhas flutuantes, com 5 km de diâmetro e 20 m de altura podem ser instaladas no mar ou até mesmo no deserto, como mostra o protótipo sendo construído nos Emirados Árabes Unidos. E ainda podem ser usados como unidades desalinizadoras. Um outro recurso muito escasso é água potável. No Oriente Médio, muita energia é gasta justamente a obtendo a partir do mar.

Aproximadamente 95% da superfície da usina solar será coberta com painéis coletores que vaporizam a água que movimenta turbinas. Ela pode ser também usada para gerar hidrogênio e queimá-lo depois. O resultado da queima é energia é mais vapor.

O protótipo é apenas uma pequena fração da ilha solar verdadeira e servirá para testar conceitos, melhorar o projeto e encontra-se em fase de conclusão.





O projeto é comercialmente viável em locais com pelo menos 350 dias de luz solar, ou seja, essencialmente na região equatorial oceânica e em desertos. Isso obviamente limita o local de instalação. Mas acredito que o Oriente Médio tenha deserto e luz solar de sobra.

Por último, um vídeo explicando os conceitos com música de fundo de elevador.



===

Leia também:
Ilhas solares prometem energia solar a preços competitivos